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Relação Entre Afetividade e Inteligência

Por:   •  4/4/2018  •  10.229 Palavras (41 Páginas)  •  354 Visualizações

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"As relações afetivas se evidenciam, pois a transmissão do conhecimento implica, necessariamente, uma interação entre pessoas. Portanto, na relação professor-aluno, uma relação de pessoa para pessoa, o afeto está presente" (ALMEIDA, 1999).

O afeto desempenha um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem afeto não haveria interesse, nem necessidade, nem motivação; e conseqüentemente, perguntas ou problemas nunca seriam colocados e não haveria inteligência.

Podemos considerar de duas maneiras diferentes as relações entre afetividade e inteligência. A verdadeira essência da inteligência é a formação progressiva das estruturas operacionais e pré-operacionais. Na relação entre inteligência e afeto, podemos postular que o afeto faz ou pode causar a formação de estruturas cognitivas.

A afetividade tem um papel muito importante na educação, porque ela influi nas memórias, percepções e em ações fazendo que o aluno chegue a sua personalidade.

2 AFETIVIDADE E INTELIGÊNCIA

2.1 Conceitos básicos

Para Piaget (2005) a afetividade é um dos principais elementos da inteligência, é que afetividade pode ajudar no desenvolvimento do aluno, como também pode prejudicar pelo excesso dos pais, que ocorre na superproteção.

Através destes sentimentos citados se percebe a importância da inclusão da Afetividade na Educação Infantil. O afeto primeiramente vem através do professor, que utiliza de sua sensibilidade para comunicar-se criando um ambiente amável, conquistando assim a confiança da criança.

Piaget define a afetividade como todos os movimentos mentais conscientes e inconscientes não racionais (razão), sendo o afeto um elemento indiferenciado do domínio da afetividade.

Afirma ele, que o afeto é uma importante energia para o desenvolvimento cognitivo e estudos que integram suas pesquisas e também de Freud especificam que a afetividade influi na construção do conhecimento de forma essencial através da pulsão de vida e da busca pela excelência.

Piaget dedicou-se exclusivamente ao estudo do desenvolvimento cognitivo, especificamente, à gênese da inteligência e da lógica. Como efeito dos seus estudos concluiu a existência de quatro estágios ou fases do desenvolvimento da inteligência.

Em cada estágio há características privativas pelas quais a criança constrói o seu conhecimento.

Sensório motor (ou prático) 0 – 2 anos: trabalho mental: estabelecer relações entre as ações e as modificações que elas provocam no ambiente físico; exercício dos reflexos; manipulação do mundo por meio da ação. Ao final, constância/permanência do objeto.

Pré-operatório (ou intuitivo) 2 – 6 anos: desenvolvimento da capacidade imbólica (símbolos mentais: imagens e palavras que representam objetos ausentes); explosão lingüística; características do pensamento (egocentrismo, intuição, variância); pensamento dependente das ações externas.

Operatório-concreto – 7 – 11 anos: capacidade de ação interna: operação.

Operação: reversibilidade/invariância – conservação (quantidade, constância, peso, volume); descentração / capacidade de seriação / capacidade de classificação.

Operacional-formal (abstrato) – 11 anos... A operação se realiza através da linguagem (conceitos). O raciocínio é hipotético-dedutivo (levantamento de hipóteses; realização de deduções).

Essa capacidade de sair-se bem com as palavras e essa independência em relação ao recurso concreto permite: ganho de tempo; aprofundamento do conhecimento; domínio da ciência da filosofia.

As relações entre afetividade e inteligência podem ser vistas de duas maneiras diferentes. O apogeu da inteligência é a formação progressiva das estruturas operacionais e pré-operacionais.

O desejo de saber e a necessidade de compreender estão dentro da criança e vão se prolongar através das inúmeras perguntas que ela vai fazendo, pois a curiosidade e o prazer da descoberta e o conhecimento fazem parte da própria dinâmica da vida. “Para que uma criança “aprenda”, é necessário que ela tenha o desejo de aprender (...) nada nem ninguém pode obrigar alguém a desejar” (CORDIÉ, 1996:23).

É dever de o professor buscar alternativas que o aguce a curiosidade do aprender e compreender a importância das descobertas do ensino diário.

O professor deve conquistar a criança se expressando de forma agradável e moderada, oferecendo dentro do limite condições necessárias para que a criança tenha o desejo de aprender.

Segundo Piaget apud Balestra (2007, p.42) o professor é o elo fundamental, indispensável para estabelecer a interação quem aprende – objeto de conhecimento, e para que esta interação se dê os laços de confiança e afetividade entre aquele que ensina e aquele que aprende devem estar bem consolidados, pois “a afetividade deve ser vista como a força motriz que impele o sujeito para o conhecimento.”

Buscando um espaço de socialização o professor tem que elaborar dinâmicas de trabalho estimulando a criança ter autonomia e fazendo com que ela se sinta capaz de ter suas próprias escolhas, vivenciando num espaço coletivo de estímulos e reconhecimento individuais, permitindo a aprendizagem e superando desafios.

Falar de afetividade na relação professor-aluno na perspectiva Walloniana, é falar de emoções, disciplina, postura, do conflito eu-outro, uma constante na vida da criança – em todo o meio de qual faça parte – seja a família, a escola ou outro ambiente que ela freqüente.

No processo de ensino e aprendizagem, o comportamento da criança interfere no andamento da classe e do professor. O professor deve ser o mediador levando em conta as características individuais para ter equilíbrio e controle de conflitos e afetividades que fazem parte do processo da criança.

A prática pedagógica deve sempre priorizar as necessidades do educando, no momento em que o professor aplicar e entender o poder da afetividade, a criança terá maior absorção do ensino e controle da afetividade no seu dia a dia.

O ensinar é conceituado, de uma forma geral, como o ato que consiste na transmissão de conhecimento. Transmissão que supõe, necessariamente, um sujeito, o professor, que toma para si a função de ensinar a um outro sujeito, o aprendiz. O conhecimento, por sua vez, enquanto produto da história

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