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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Por:   •  2/10/2018  •  10.097 Palavras (41 Páginas)  •  230 Visualizações

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RESUMO

A escolha deste tema deu-se por observar que a cada ano os alunos ingressam na escola com problemas de indisciplina, e tem-se como objetivo refletir e contribuir sobre um grande problema emergente nas escolas. Pois, essa indisciplina leva os professores a considerarem que os alunos apresentam falta de concentração e dificuldade no processo de aprendizagem. A maioria das escolas enfrenta esse sério problema. No primeiro momento serão aprofundados os conhecimentos sobre as causas da indisciplina e, sobretudo, conhecerão as raízes dos problemas daqueles que são rotulados de indisciplinados e no segundo momento enfatiza-se a importância do posicionamento dos professores em relação ao conceito de escola e a comunicação do seu ambiente social, os métodos de alfabetização, a distribuição espacial das carteiras ocupadas pelos alunos nas salas de aula. Confirmar-se-á que o silêncio não é sinônimo de disciplina ou garantia de uma alfabetização positiva, assim como outras formas de distribuição espacial das carteiras que torne o ambiente mais acolhedor e propício ao desenvolvimento do conhecimento.

Palavras-Chave: indisciplina, indisciplina escolar, alfabetização, autonomia.

1 INTRODUÇÃO

A indisciplina escolar sempre foi um obstáculo ao bom andamento pedagógico, porém, hoje as escolas passam por um momento crítico, uma vez que, essa situação vem se agravando progressivamente. Ocorrências diárias, dentro e fora das salas de aula refletem-se na família e em outras instituições da sociedade. Por outro lado, a indisciplina escolar pode ser vista como um mero reflexo de uma sociedade com “liberdade de expressão”, que acaba impactando dentro da sala de aula na alfabetização desses alunos.

Diante da presença e da dificuldade de alfabetizar, os professores tem que enfrentar essa situação. É lamentável dizer que vem refletindo em nosso país graves problemas. Os motivos da indisciplina podem ser extrínsecos à aula, tais como problemas familiares, inserção social ou escolar, excessiva proteção dos pais, carências sociais, forte influência de ídolos violentos, etc. Nestes casos o professor pouco pode fazer.

A desmotivação do aluno e o desinteresse explícito por aquilo que se pretende ensinar ou qualquer outro comportamento inadequado, por vezes não são mais do que chamadas de atenção ao professor sobre os seus métodos de ensino ou sobre as estratégias de relação na aula.

Está muito difícil conseguir a disciplina na escola, assim, muitos professores indecisos e angustiados pensam até mesmo em desistir da profissão, além dos baixos salários, ainda tem que agüentar desaforos e desrespeito dos alunos em sala de aula, que muitas vezes não estudam.

Atualmente, o grande foco da crítica e da atribuição de responsabilidade pelos problemas da indisciplina na escola é o aluno, e em particular, sua família que muitas vezes desorientadas, com a categoria de valores invertidas em relação à escola, transferem responsabilidades suas para a escola.

A família não está cumprindo sua tarefa de fazer a iniciação da civilização, em estabelecer limites e desenvolver hábitos básicos na educação de seus filhos, pois, o aluno traz para a aula os valores e atitudes que foi aprendendo até aquele momento, dentro de suas próprias casas.

A indisciplina pode ser um reflexo da ausência de condições para uma adequada educação familiar. Com efeito, a família tem um papel importante na educação, pois dela dependem, de certo modo, a sociedade e a escola.

Diante deste contexto, a discussão do tema tornou-se importante, pela oportunidade de aprofundar-se no assunto sobre os problemas disciplinares existentes e as possíveis soluções que podem ser encontradas para lidar com eles no ambiente escolar.

CAPÍTULO I

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DISCIPLINA E INDISCIPLINA: CONCEITOS

As questões disciplinares na escola têm sido um grande palco para discussões. A situação de disciplina na sala de aula nunca esteve tão complicada quanto nos dias de hoje. Na visão de Tiba (1996), disciplina está ligada à felicidade, e esta é importante para o crescimento civilizacional do homem e, com certeza, um valor social importante.

A sociedade, como um dos espaços onde os seres humanos aprendem, constitui, aliás, segundo muitos teóricos da educação, um lugar privilegiado de ensino/aprendizagem. A família e a sociedade constituem aquilo que é tradicionalmente chamada “a universidade da vida” onde o homem aprende empiricamente. Tal como o espaço familiar, também a sociedade pode influenciar os indivíduos pela negativa, ou pela positiva, e essa influência pode ser maior ou menor de acordo com a faixa etária, personalidade de cada indivíduo e ambiente que o rodeia. Neste espaço, há algo que o sujeito cognoscente pode e deve aprender e que contribui para a alteração da sua conduta, tanto num sentido positivo como negativo. A disciplina e a indisciplina são inerentes a qualquer sociedade, de modo que os indivíduos que compõem a sociedade humana estão sujeitos a presenciá-las, praticá-las ou optar por uma e rejeitar a outra. Em qualquer uma dessas opções, os indivíduos, como componentes importantes da sociedade, são influenciados por ela. Certo é que, antes de os indivíduos entrarem numa instituição escolar passam primeiro pela família e pela sociedade que, como já foi dito, são, também, espaços importantes e decisivos no processo de ensino/aprendizagem e, sendo assim, chegam às instituições escolares com alguns pré-requisitos que podem influenciá-los positiva ou negativamente (NUNES, 2006).

Segundo o Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa (1993), conceito de indisciplina “[...] se refere ao procedimento, ato ou dito contrário à disciplina. O que acarreta também desobediência às normas estabelecidas, desordem e rejeição ás regras. Dificuldades de assumir ou respeitar as regras impostas por outrem, em certas circunstâncias coletivas”.

A indisciplina é, sem dúvida, perturbadora do ambiente escolar e um dos grandes obstáculos ao processo de ensino e aprendizagem.

Tiba (1996, p. 117) define disciplina como “o conjunto de regras éticas para se atingir um objetivo. A ética é entendida, aqui, como o critério qualitativo do comportamento humano envolvendo e preservando o respeito ao bem estar biopsicossocial”.

O autor aponta como causas da indisciplina

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