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Projeto de Prática de Alfabetização e Letramento

Por:   •  21/2/2018  •  1.743 Palavras (7 Páginas)  •  470 Visualizações

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dizer que Relatório Reflexivo é o ato de expor através da escrita ou oralmente, uma situação que primeiramente observamos, depois analisamos, e por fim relatamos (momento onde nos cabe apresentar nosso ponto de vista sobre o ocorrido). No relatório as perguntas da entrevista não poderão aparecer. Elas apenas servirão para a reflexão que deverá ser feita durante a construção do relatório reflexivo.

1° Etapa: As contribuições da Alfabetização na Perspectiva Histórico-Cultural.

As considerações propostas por Vygotsky revelam que a mediação possibilita a constituição de processos mentais superiores. Uma atividade é mediada quando é socialmente significativa, e a fonte de mediação pode ser um instrumento que regula a ação do indivíduo sobre objetos externos; um sistema de símbolos, que medeia processos psicológicos de o próprio ser humano; ou a interação com outros seres humanos.

Vygotsky deu especial atenção ao estudo de signos como mediadores, entendidos como algo que representa ideias, situações ou objetos; o signo tem função de auxiliar a memória humana, utilizado para lembrar, registrar ou acumular informações. Durante o desenvolvimento cultural da criança, o signo e o instrumento, ambos caracterizados por sua função mediadora, se inter-relacionam conforme o homem interage com o mundo.

As inquietações de Vygotsky sobre o desenvolvimento da aprendizagem e a construção do conhecimento perpassavam pela produção da cultura, como resultado das relações humanas. Por conta disso, ele procurou entender o desenvolvimento intelectual a partir das relações histórico-sociais, ou seja, buscou demonstrar que o conhecimento é socialmente construído pelas e nas relações humanas.

Para Vygotsky, o homem possui natureza social, uma vez que nasce em um ambiente carregado de valores culturais: na ausência do outro, o homem não se faz homem. Partindo desse pressuposto, o autor criou uma teoria de desenvolvimento da inteligência, na qual afirma que o conhecimento é sempre intermediado. Nesse contexto, o homem constitui-se enquanto tal a partir da relação que estabelece com o outro, enquanto ser social. Assim, “a cultura se torna parte da natureza humana”.

A psicogênese da língua escrita, de Emília Ferreiro, é uma teoria que tenta descrever coerentemente o que é comum a todos os processos individuais de alfabetização.

A construção de conhecimento não é linearmente cumulativa, o sujeito constrói hipóteses que são reformuladas frequentemente. E é através desse processo que o sujeito se apropria da escrita e de si mesmo, como usuário-produtor da escrita.

A contribuição da Psicogênese da língua escrita para a alfabetização.

Ferreiro e Teberosky, psicolinguistas argentinas, iniciaram em 1974 uma investigação, partindo da concepção de que a aquisição do conhecimento se baseia na atividade do sujeito em interação com o objeto de conhecimento e demonstram que a criança, já antes de chegar à escola, tem ideias e faz hipóteses sobre o código escrito, descrevendo os estágios linguísticos que percorre até a aquisição da leitura escrita.

Assim, as autoras desenvolveram sua pesquisa com fundamentos psicolinguísticos quando recapitulam o construtivismo, deixando claro que a teoria piagetiana acumulava pesquisas insuficientes para dar conta da linguagem, tendo aí um papel marginal na constituição das competências cognitivas, fazendo com que buscassem, na psicolinguística, fundamentos para a investigação da psicogênese da língua escrita. A descoberta do processo de aquisição da língua escrita, por crianças, levou Ferreiro a indagar se sua pesquisa aplicada a adultos analfabetos encontraria os mesmos resultados.

2° Etapa: Discussão Teórica sobre a prática da alfabetização construtivista.

É possível perceber, nas entrelinhas das questões formuladas pelos professores, uma grande preocupação com o fazer da sala de aula, com o como trabalhar a teoria para poder refazer o fazer cotidiano, dando conta, ao mesmo tempo, dos alunos e das questões que cada professor tem em relação ao construtivismo. Isto se justifica na medida em que o professor efetivamente tem problemas reais, pois ele está ali com quarenta alunos, comprometido politicamente com eles, em função do papel social básico da Escola: fazer com que as crianças aprendam o que nela foram buscar. Mais especificamente: que as crianças se alfabetizem naquele sentido de penetrar no pensamento letrado, de ser um indivíduo letrado.

O referencial teórico da Psicogênese da língua escrita leva-nos a entender que a escrita é uma reconstrução real e inteligente, com um sistema de representação historicamente construído pela humanidade e pela criança que se alfabetiza, embora não reinvente as letras e os números. A criança alfabetiza a si mesma e inicia essa aprendizagem antes mesmo de entrar na escola, e seus efeitos prolongam-se após a ação pedagógica, período durante o qual, para conhecer a natureza da escrita, deve participar de atividades de produção e interpretação escritas, tendo o professor o papel de mediador entre a criança e a escrita, criando estratégias que propiciem o contato do aprendiz com esse objeto social, para que possa pensar e agir sobre ele. A mediação do alfabetizador não o desobriga de seu papel de informante sobre as convenções do código escrito. Ele pode aproveitar o subsídio dos alfabetizados ou mesmo de alunos da classe que estejam em níveis mais avançados de escrita e que possam ser informantes das relações a serem descobertas pelos que se encontre em fases de escrita mais primitivas.

Fundamentalmente a aprendizagem é considerada, pela visão tradicional, como técnica. A criança aprende a técnica da cópia, do decifrado. Aprende a sonorizar um texto e a copiar formas. A minha contribuição foi encontrar uma explicação, segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa. Essa criança não pode se reduzir a um par de olhos, de ouvidos e a uma mão que pega o lápis. Ela pensa também a propósito da língua escrita e os componentes conceituais desta aprendizagem precisam ser compreendidos. (FERREIRO, 1985, p. 14).

3ª etapa: Reflexão e registro da percepção docente.

Professor Pedro.

1) Qual concepção de aprendizagem que fundamenta sua prática alfabetizadora (tradicional, construtivista, etc)?

R: Construtivista.

2) Por que você utiliza tal concepção

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