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Letramento

Por:   •  25/1/2018  •  2.012 Palavras (9 Páginas)  •  497 Visualizações

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Dentro do campo das muitas faces daleitura nos centramos no trabalho com

literatura. Lajolo (2001) salienta que, a literatura é porta para variados mundos que nascem das várias leituras que dela se fazem. Os mundos que ela cria não se desfazem na última página do livro, na última frase da canção, na última fala da representação nem na última tela do hipertexto. Permanecem no leitor, incorporados como vivência, marcos da história de leitura de cada um. Tudo o quelemos nos marca.

Entretanto, não podemos confundir arte – contemplação, com entretenimento no

sentido de alienar-se. De enxergar a literatura como passa tempo, ou ainda, como fuga da realidade, como possibilidade de ausentar-se da vida e passar a viver no imaginário. A condição artística ou estética da literatura deve ser pensada e apresentada aos sujeitos como possibilidade de “pensar a dimensão do objeto artístico, enquanto lugar em que o sujeito que experimenta a arte encontra nela um espaço para construir sua identidade, e não como um objeto de consumo para divertir-se”(BRITTO, 2003:113).

Nosso trabalho está embasado nesses conceitos, pois acreditamos que a leitura pode ser um rico instrumento no processo de ensino-aprendizagem, desde que se respeite seu suporte original e não o faça como simples objeto de técnico de ensino, e tão pouco como artifício de redenção daqueles que o dele usufruem como se o ato de ler por si só pudesse levar o indivíduo a ser mais crítico. Pois sabemos que para que isso ocorra o professor, ou aquele que vai mediar este processo, deve se ater a metodologia a ser trabalhada e ainda estar ciente do nível cognitivo dos educandos.

Sabemos que têm sido feitos grandes avanços nessa matéria: têm-se estudado a escola, suas condições de funcionamento, a formação de seus professores, as causas de fracasso da clientela principalmente nos primeiros anos de escolarização. No entanto, sempre restam aspectos problemáticos e, principalmente, os de natureza mais estritamente pedagógicos, como no caso da reflexão sobre o aprendizado da escrita nas normas urbanas de prestigio (expressões agora usadas para designar os falares urbanos que, numa comunidade linguística desfrutam de maior prestigiam político, social e cultural e, por isso estão associados à escrita).

Então, apesar do avanço considerável na compreensão teórica dos processos de alfabetização e letramento, não tem sido evitado que o fracasso no início da escolarização ultrapasse os limites de um problema educacional para constituir-se em um problema sociopolítico de trágicas dimensões.

O interesse despertado pelo tema da alfabetização e letramento produziu um aumento significativo de seminários, artigos, livros, pesquisas e teses que têm procurado difundir e aprimorar esse tipo de pesquisa e essa inovação conceitual na pedagogia da alfabetização e do letramento. Enfatizamos que não queremos propor uma nova forma de estudar o ensino/aprendizagem da língua escrita na norma urbana de prestigio, nem receitar novas técnicas. Nosso interesse é para um trabalho pedagógico que mostre um alfabetizar letrando que se aproxime do processo natural do desenvolvimento psicológico da criança, acompanhando a maturação dos processos cognitivos envolvidos por outro lado, que não situe esses processos exclusivamente alfabetizando, mas nas relações sociais mais complexas que supõem a formação dos conhecimentos como ‘construção” social e coletiva, estreitamente vinculada aos usos sociais da linguagem.

Sabemos dos grandes avanços quando nos referimos ao processo de linguagem podemos destacar na atualidade as informações que os recursos tecnológicos tem nos contribuído para que pudéssemos ter acesso à densidade de informações que transitam por meio de vários gêneros textuais, na medida em que o crescimento dessas informações instaura uma aglutinação de fragmentos nesse universo híbrido de linguagem.

As inovações tecnológicas, permeadas cada vez mais na sociedade contemporânea, modificam as relações e a comunicação estabelecida, alterando consequentemente as práticas de linguagem. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) ampliam as possibilidades do uso da linguagem e exigem dos sujeitos sociais habilidades cada vez mais avançadas de letramento (ROJO; MAURO, 2012). Diante da amplitude de possibilidades de uso de material didático/pedagógico disponível nas mídias digitais, e considerando que estas promovem modificações nas atividades linguístico- cognitivas dos usuários, deve ser dada atenção especial, a partir dessas inovações tecnológicas, ao processo de ensino- aprendizagem de Língua Portuguesa, cuja metodologia do ensino modifica-se, adequando-se e tentando suprir as novas necessidades dos discentes frente a essas mudanças. Nos meios digitais, circulam, em um verdadeiro embate de paradigmas, valores, saberes, competências, novas teorias e metodologias acerca da aprendizagem humana (PASSARELLI, 2007).

Na verdade sabemos da dificuldade didática voltada para a compreensão da leitura e produção de texto no ensino de Língua Portuguesa principalmente,atualizarem-sea fim de suprir as habilidades de leitura e de escrita para a comunicação por meio das mídias digitais.Hoje, boa parte das escolas da rede pública está equipada com laboratórios de informática e equipamentos móveis (tablet, ipad etc.), todavia, o número de professores que se utiliza dessas inovações tecnológicas ainda é pequeno. A própria escola dificulta esse acesso, tanto pela burocracia excessiva na liberação dos aparelhos, como na falta de vontade política para mantê-los em bom estado de uso, fato comprovado pela grande quantidade de laboratórios inativos e computadores danificados. Sem contar que poucos professores dominam os recursos tecnológicos existentes nas escolas.

O que se observa, na realidade, é que os nossos educandos Muitos discentes já criam seus próprios vídeos, movie maker, slides e imagens para apresentar seminários das diversas disciplinas, ou seja, já se apropriaram das multissemioses do mundo digital. Levando-se em consideração essas discussões, acredita-se que, diante da necessidade de se desenvolver uma leitura crítica que vai além do que está dito no contexto, a escola precisa incorporar a suas práticas de leitura e escrita os textos multimodais, tendo em vista que isso implica, inicialmente, em compreender o que ocorre no contexto tecnológico em que os jovens estão inseridos por meio das suas interações via internet.

Dessa forma, em virtude do grande impacto nos multiletramentos, a questão da multimodalidade não

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