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A motivação nos alunos

Por:   •  27/10/2018  •  14.537 Palavras (59 Páginas)  •  241 Visualizações

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Dangereux.

Campo de acção

Processo da motivação na aprendizagem dos alunos da 4ª classe das turmas A,B,e C da Escola primária nº 2 Comandante Dangereux.

Perguntas científica

1- Quais são elementos básicos teóricos do processo da motivação que facilitam aprendizagem dos alunos da 4ª classe da escola Primária nº 2 Comandante Dangereux?

2- Qual tem sido a influência da motivação na aprendizagem dos alunos da 4ª classe da escola Primária nº 2 Comandante Dangereux?

3- Como tem sido a actuação do Professor neste processo da motivação na aprendizagem dos alunos da 4ª classe da escola Primária nº 2 Comandante Dangereux?

Tarefas científicas

1-Sistematizar os elementos teóricos básicos do processo da motivação que facilitam aprendizagem dos alunos alunos da 4ª classe da escola Primária nº 2 Comandante Dangereux.

2-Identificar a influência da motivação na aprendizagem dos alunos da 4ª classe da escola Primária nº 2 Comandante Dangereux.

3-Diagnosticar a actuação do professor no processo da motivação na aprendizagem dos alunos da 4ª classe da escola Primária nº 2 Comandante Dangereux.

CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA SOBRE O PAPEL DA MOTIVAÇÃO NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS

1.1- Teoria sobre a motivação

A partir dos anos 60, têm surgido na Psicologia várias teorias motivacionais que podem ser agrupadas sob o termo genérico de “teorias cognitivas da motivação”. Tais teorias consideram que a actividade cognitiva do ser humano é indissociável de sua motivação. O ser humano é activo na sua relação com o ambiente e movido pelo desejo de conhecer e compreender o mundo em que vive e também a si próprio, de modo a que possa prever os acontecimentos e orientar o seu comportamento (FONTAINE, 2005).

1.1.1- Teoria da Atribuição Causal

A Teoria da atribuição causal desenvolvida por Weiner (1985) coloca as cognições no centro do processo motivacional. Weiner enfatiza a capacidade espontânea do ser humano para refletir sobre os acontecimentos passados, de modo a tirar conclusões para orientar o comportamento futuro. De acordo com essa perspectiva, uma das principais motivações humanas seria a procura das causas dos acontecimentos, a fim de permitir maior compreensão e controle da realidade. Contudo, a teoria atribuicional assume que é impossível ter acesso a uma realidade objectiva visto que os nossos limites perceptivos e cognitivos nos obrigam a selecionar a informação e tratá-la de maneira incompleta.

A nossa representação da realidade é resultado de um processo de construção, socialmente determinado e necessariamente enviesado, e será em função dessa representação que cada um orientará o seu comportamento (FONTAINE, 2005, p. 77).

Por isso mesmo, a teoria atribucional interessa-se pelas causas às quais as pessoas atribuem os acontecimentos que lhe dizem respeito, especialmente aqueles relativos às experiências de sucesso e fracasso. Para poder reproduzir uma experiência agradável é importante perceber quais foram as causas da mesma. Além disso, a teoria defende que essa procura pelas razões dos acontecimentos ocorre com maior frequência quando a pessoa se confronta com acontecimentos negativos, atípicos ou inesperados (WEINER,1985).

É importante destacar que existe grande variação na maneira como diferentes pessoas interpretam uma mesma situação, de acordo com as informações que selecionam e com a forma pessoal de processá-las.

Assim, um fracasso a uma prova de avaliação escolar pode ser interpretado por certos alunos como sendo consequência de sua capacidade intelectual insuficiente, por outros, da falta de esforço, de problemas relacionais com o avaliador, ou ainda da fadiga ou da ansiedade no momento da avaliação, ou da falta de clareza das perguntas, etc. (FONTAINE, 2005, p. 79).

As diferentes maneiras como os indivíduos interpretam os acontecimentos, independentemente de corresponderem ou não à realidade, têm consequências emocionais e comportamentais importantes. Por exemplo, se um aluno pensa que foi mal na prova porque não tem capacidade intelectual suficiente, sentir-se-á mais desanimado a estudar para a próxima avaliação, ao passo que, se pensa que fracassou porque não havia estudado nada, tentará estudar mais para o teste seguinte (FONTAINE, 2005).

É possível analisar as diferentes causas ou explicações elaboradas pelas pessoas para explicar seus êxitos ou fracassos, de acordo com três dimensões básicas, as quais, por sua vez, estão directamente associadas às reacções cognitivas, emocionais e comportamentais observadas.

No âmbito acadêmico, factores como capacidade intelectual, grau de dificuldade da matéria e relação com o professor tendem a ser consideradas causas estáveis, enquanto a intensidade do esforço, fadiga, distracção, sorte, são consideradas instáveis (FONTAINE, 2005).

A constatação de que a motivação e a persistência na tarefa estão relacionadas a padrões atribucionais específicos tem levado à elaboração de programas de intervenção, visando desenvolver nos alunos a atribuição dos resultados a causas internas, instáveis e controláveis, como o esforço, por exemplo os resultados obtidos por esse tipo de intervenção têm sido parcialmente satisfatórios, uma vez que, embora as atribuições do fracasso à falta de esforço dos alunos tenham aumentado, assim como a sua persistência na tarefa e o nível de realização escolar, a generalização dessas atribuições a situações diferentes das utilizadas para o treino não foi conseguida. Além disso, atribuir o sucesso ao esforço implica menor atribuição à capacidade, reduzindo os efeitos benéficos desse tipo de atribuição para a auto-estima. Por outro lado, tal intervenção não se mostra adequada aos alunos que já se esforçam bastante e mesmo assim não conseguem bons resultados, pois apenas reforça a sua convicção de falta de capacidade (FONTAINE, 2005).

Adotando padrões atribucionais externos à escola para o mau desempenho dos alunos, como falta de esforço e capacidade, desinteresse e condições sócio-economicas da família, os professores acabam por desconsiderar a influência de seus próprios comportamentos no rendimento do aluno, o que os impede de buscar maiores conhecimentos em sua área e métodos e técnicas de ensino mais eficazes.

Apesar das atribuições causais poderem variar de pessoa para pessoa, é possível

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