A Possibilidade para construção de novos conhecimentos em letramento
Por: kamys17 • 23/11/2018 • 6.174 Palavras (25 Páginas) • 310 Visualizações
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Considera-se que no campo da educação existam práticas de alfabetização que se apresentam mecânicas, formais e repetitivas. Essas atividades, na maioria das vezes, são apresentadas à criança, pelos professores, como única estratégia de ensino. Muitas vezes a criança sequer sabe o significado de algumas atividades, apenas segue a um modelo de alfabetização que cumpre a função maçante e cotidiana em sala de aula. A escolha do tema se justifica por entender que as práticas docentes desenvolvidas no processo de alfabetização precisam ser revistos e melhorados, oportunizando às crianças uma aprendizagem significativa e que lhe permita autonomia para prosseguir seguramente seus estudos.
Desde os primeiros anos, as crianças exploram e conhecem os elementos da linguagem visual e musical, pintando, esculpindo, criando, apreciando trabalhos de outras crianças e de artistas consagrados e visitando exposições, assistindo TV, acessando a internet, entre outras, ela está em contato com um mundo ativo, que não para de informar, por isso a escola também necessita inovar em sua prática.
Para uma educação psicomotora, na escola, é necessária a superação de dificuldades escolares, tentando preparar um ambiente adequado para exibir os métodos pedagógicos renovados ajudando a criança a desenvolver da melhor forma possível suas atividades motoras que levem ao letramento infantil.
O problema que se apresenta é: como a escola, através do professor, pode estimular as crianças a aproveitar de todas as possibilidades desenvolvidas de maneira a aprender na Educação Infantil?
A alfabetização depende essencialmente da prática docente e o letramento, se liga à alfabetização, como algo interligado, enraizado, arraigado, dos estímulos que esta possa agregar aos conhecimentos que a criança já possui dos contextos sociais aos quais integra em sua vida extraescolar. Como objetivo geral, este trabalho busca: dar a todas as crianças a liberdade de experimentar os sinais escritos, num ambiente rico em leituras e escritas diversas. Os objetivos específicos são: escutar alguém lendo em voz alta e ver os adultos escrevendo; tentar escrever; tentar ler e escrever utilizando dados contextuais; reconhecer semelhanças e diferenças nas séries de letras; brincar com a linguagem para descobrir semelhanças e diferenças sonoras.
Sabendo que a educação é um processo contínuo e que a criança está sempre aprendendo, entendeu-se como relevante realizar este estudo, no sentido de refletir sobre como alfabetizar, qual a melhor prática a ser utilizada na alfabetização na educação de crianças.
Os conteúdos envolvem atividades de coordenação motora, bem como leitura e atividades com desenhos. O professor é o principal responsável por esta atividade, ele tem a responsabilidade de transmitir conhecimentos, facilitando a capacidade de aprendizagem da criança.
As atividades são desenvolvidas no espaço da sala de aula e em todos o professor motiva os alunos a participar. Os recursos didáticos utilizados são: giz de cera, papel cenário, livros imagéticos, CD e aparelho de som.
A avaliação envolve a participação dos alunos nas atividades propostas.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este trabalho foi redesenhado a partir de alguns autores e suas concepções em relação ao tema “práticas de alfabetização na Educação Infantil”, levando-se em consideração seus estudos e pesquisas em relação ao assunto.
Soares (2003) destaca as concepções de alfabetização e letramento em seu trabalho intitulado “Letramento e alfabetização: as muitas facetas”. Trabalho este apresentado no GT Alfabetização, Leitura e Escrita, durante a 26ª Reunião Anual da ANPEd, realizada em Poços de Caldas, MG. Na oportunidade indica aos educadores/alfabetizadores que é necessário entender que a alfabetização ocorre de forma imprevisível e que é importante estar preparados para essas facetas a que se refere.
Ferreiro (2011), em sua obra “Reflexão sobre Alfabetização” reforça a necessidade de não se optar por um ensino-aprendizagem alfabetizador “opressor”, coercitivo, mas de forma natural, estimulante em que se trabalhe a leitura e a escrita de maneira diversificada.
Freire (2011) atenta, em seu livro, “Alfabetizando leitura do mundo, leitura da palavra” que a palavra é a porta de entrada para que o aluno possa conhecer o mundo e se reconhecer parte dele, transformando-o. Ler a palavra é ler o mundo a sua volta.
Piaget (1985) indica em sua obra “A equilibração das estruturas cognitivas” que é preciso estimular a criança desde nova aos conhecimentos e ao que eles trarão de novidade a sua vida. Nessa abordagem fala do brincar, do cuidar e de como os estímulos aproximam as crianças da aprendizagem prazerosa.
Camargo (2012) em seu livro “Desenvolvimento Infantil e Processos de Aprendizagem e Ensino: alguns olhares e contribuições” envolve a necessidade de mediação do professor e da sua preparação/formação para a alfabetização.
Castanheira, Maciel e Martins (2009) nos reportam, em seu artigo “Alfabetização e letramento na sala de aula” ao planejamento como melhoria nas práticas de alfabetização, destacando que não é necessário muita coisa para que a criança na Educação Infantil aprenda, esta fase é o início do processo.
Kramer (1985) em seu artigo intitulado “O papel social da Pré-escola” destaca que a educação no âmbito infantil é base para o Ensino Fundamental (a que na época se configurava como 1º Grau). A criança precisa ser orientada, precisa receber informações e conhecimento para que não tenha dificuldades pela frente.
Coelho (2010) destacam, em seu artigo “O Processo de Letramento na Educação Infantil” indicam que alfabetizar deve caminhar junto com o letramento, pois é relevante que a criança compreenda o que lê e leve esse conhecimento para a vida. Faz algumas concepções de alfabetização e letramento até alcançar a ideia de que as ações se complementam.
Libâneo (1994) insere, em sua obra “Didática”, momentos relevantes do planejamento e de sua relevância à prática docente na alfabetização na escola. Sua ideologia confere subsídios à organização que o professor/alfabetizador deve ter em suas aulas.
Soares e Batista (2005) em sua obra Caderno do professor, “Alfabetização e Letramento” propõem teoria e atividades que indicam a alfabetização e o letramento como consequência de uma prática responsável, que aproxima as crianças do conhecimento em relação
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