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A Possibilidades de Conhecimento

Por:   •  4/6/2018  •  1.482 Palavras (6 Páginas)  •  312 Visualizações

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Desse modo, a única ressalva sobre verdade e na qual se fundamenta a filosofia cética é que os acontecimentos do universo estão completamente fora do alcance intelectual humano.

- O Subjetivismo e Relativismo

Pode-se dizer que de certa forma o ceticismo, o subjetivismo e o relativismo e o andam juntos, pois enquanto o primeiro prega a inexistência de uma verdade absoluta, os outros dois defendem que há, porém de forma limitada. O subjetivismo defende que a verdade existe de forma individual, e vai depender do sujeito que a julga. O relativismo, como o próprio nome diz, defende que a verdade é relativa, sendo ela limitada aos fenômenos externos bem como a influencia do meio ambiente entre outros fatores determinantes ali contidos.

Hassen (2000, p.30) pensa que “no fundo, subjetivismo e relativismo são ceticismos, pois também negam a verdade, não diretamente, mas indiretamente, na medida em que contestam sua validade universal”.

Mais um fator comum entre as três correntes doutrinárias é o fato de se contradizerem. Enquanto o ceticismo afirma que “não há verdade absoluta” o subjetivismo diz que “toda verdade é subjetiva” e o mesmo acontece com o relativismo que defende que “toda verdade é relativa”. Ao assegurarem essas afirmações acabam por questionarem as mesma, pois já que não há verdade, ou ela é subjetiva ou relativa, as suas defesas não seriam totalmente verdade.

- O Pragmatismo

Constituída a partir da palavra grega pragma, que tem haver com prática, com excelência, busca pela utilidade, o pragmatismo foi constituído nos Estados Unidos no final do século XIX e tem como característica principal a defesa de que a verdade só pode ser alcançada através de consequências obtidas por meio da prática.

Para os pragmáticos as ideias são provisórias, e as relevâncias das informações dependem da relação entre o sujeito e o ambiente, dessa forma as verdades podem sofrer alterações e se tornarem variáveis.

O pragmatismo chega a esse deslocamento valorativo do conceito de verdade porque parte de uma determinada concepção da essência humana. Para ele, o homem é, antes de mais nada, um ser prático, dotado de vontade, ativo, e não um ser pensante, teórico. Seu intelecto está totalmente a serviço de seu querer e de seu agir. (HESSEN, 2000.p 21)

Com essa corrente, o pragmatismo se posiciona contra o dogmatismo e defende que o raciocínio deve ser conduzido a partir de métodos científicos através da observação de fenômenos, do questionamento, dos testes práticos e de revisões de teorias. Porém não se pode deixar de frisar o fato errôneo no qual o pragmatismo desvaloriza a capacidade do pensamento humano, apesar de fazer referência à conexão constante entre o conhecimento e a vida. Para Hessen (2000, p.32) “essa relação estreita entre conhecimento e vida, porém, não nos deve desencaminhar, instigando-nos a desconsiderar a autonomia do conhecimento e a fazer dele uma simples função vital”.

- O criticismo

Uma vez que o criticismo apoia e rejeita algumas afirmações do empirismo e do racionalismo necessário é que se tenha um breve conhecimento sobre de que se tratam os mesmos.

O empirismo é uma corrente doutrinária que defende que a experiência é a única forma pela qual o ser humano pode alcançar o conhecimento, ou seja, a tentativa e erro. O racionalismo por sua vez, de acordo com Infopédia,(2013) “consiste em acreditar nas ideias inatas e no raciocínio lógico, através da razão. É, de certo modo, a própria filosofia desde a sua origem pois, de facto, a razão é a condição de todo o pensamento teórico”.

Em seu livro Crítica da Razão Pura (2009), Kant defende que todo conhecimento se inicia através da experiência, ou seja, não existia conhecimento precedente à experiência, no entanto, não é somente de experiência que o conhecimento se origina, ele também é composto daquilo que recebemos das impressões e daquilo que a nossa faculdade cognoscitiva lhe adiciona.

Tendo isso em vista, podemos dizer que o criticismo descarta verdades ou certezas absolutas, ele avalia as possibilidades e limites do conhecimento submetendo esses fundamentos a uma prévia crítica de forma racional.

De acordo com Hassen (2000) Kant chegou a essa conclusão depois de ter passado pelo dogmatismo e pelo ceticismo, tendo esses dois como unilaterais, já que um tem “uma confiança cega na capacidade da razão humana”, e o outro por sua vez “a desconfiança prévia, contra a razão pura”. Para ele, o Criticismo supera as duas unilateralidades.

A crítica da razão conduz, por fim, necessariamente, à ciência; o uso dogmático da razão sem crítica conduz, pelo contrário, a afirmações infundadas, que sempre podem ser contraditadas por outras não menos verossímeis, o que conduz ao ceticismo. (KANT,2009,p.11)

O criticismo é, portanto um estudo sistemático precedente ao ato de conhecer e as formas usadas para alcançar tal conhecimento. Hassen (2000) afirma ainda que se comparado as outras possibilidades de conhecimento, o ponto de vista do criticismo se mostra ser mais o maduro, já que seus métodos de atividades de

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