A Ludicidade
Por: Carolina234 • 7/5/2018 • 2.360 Palavras (10 Páginas) • 464 Visualizações
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Rosamilha (1979, p.77), diz que:
A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artifício, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo de seus instintos naturais, aliados e não inimigos.
O lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Sendo assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa.
Piaget afirma que não há desenvolvimento da criança sem o lúdico. Ela precisa brincar para crescer, precisa do jogo como forma de equilibrio entre ela e o mundo que a rodeia.
O lúdico é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo e motivação. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário.
Se faz necessário o respeito ao tempo da criança ser criança, sua maneira inteiramente original de ser e estar no mundo, de vivê-lo, descobrí-lo, conhecê-lo, tudo simultaneamente. É preciso quebrar alguns paradigmas que foram criados ao longo do tempo.
O brinquedo não é só um presente ou um agrado que se faz à criança, é investimento em crianças sadias do ponto de vista psicosocial. Ele é a estrada que a criança percorre para chegar ao coração das coisas, para desvendar os segredos que lhe esconde um olhar surpreso ou acolhedor, para desfazer temores, explorando o desconhecido.
Em seus estudos sobre o desenvolvimento infantil e a aprendizagem, Negrine (1994), afirma que "quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história,construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica" (NEGRINE, 1994, p. 20), comprovando assim que o brincar pode ser usado como uma ferramenta facilitadora para a aprendizagem, baseada em experiências vividas.
“[...] o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo”. (CARVALHO, 1992, p. 28).
“O lúdico é o parceiro do professor, já que desenvolve habilidades e leva a criança a fazer novas descobertas através de suas experiências” (MALUF, 2003, p. 29).
A Contação de Histórias e a Aprendizagem
Ler, refere-se em apropriar-se de forma harmoniosa do conhecimento do outro, de maneira que possa criar sua própria concepção do assunto. Do ponto de vista pedagógico, a leitura auxilia no desenvolvimento cognitivo: o mundo dos livros não é apenas o mundo da comunicação e da linguagem em seu sentido amplo, mas sim um instrumento capaz de trabalhar com a emoção e a capacidade de interação humana. A leitura facilita o aprendizado.
Significa apropriar-se de forma consentida do conhecimento do outro, de maneira que possa produzir sua própria concepção do assunto. Do ponto de vista pedagógico, a leitura contribui para que o aluno possa desenvolver suas habilidades cognitivas.
O professor é considerado um importante interventor quanto a relação da criança com a leitura. Ele deve motivar o aluno à leitura e levar o aluno ao hábito de ler e, de preferência com prazer.
Estudos nos mostram o quanto o hábito de ler ajuda na formação psicológica, cognitiva e psicomotora daquele que a pratica. A leitura por sua vez proporciona a criança viajar pelo mundo do faz de conta, pois o universo infantil é cheio de ludicidade e por meio desta prática professor e alunos se integram para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça satisfatoriamente.
De acordo com a proposta, onde era preciso escolher uma história para contar em público, que foi “A Beterraba”:
Certo dia o vovô plantou uma beterraba e disse-lhe:
- Cresça beterraba, cresça e fique bem doce ! Cresça beterraba, cresça e fique bem forte !
A beterraba cresceu - doce, forte e grande ... ENORME !
O vovô então foi retirá-la da terra. Puxava, puxava, mas não conseguia retirá-la...
O vovô então foi chamar a vovó para lhe ajudar.
A vovó segurou no vovô, o vovô segurou nas folhas da beterraba, e puxaram...puxaram...mas não conseguiram retirar a beterraba da terra.
Então a vovó foi chamar a netinha para ajudá-los.
A netinha segurou na vovó, a vovó segurou no vovô, o vovô segurou nas folhas da beterraba, e puxaram, puxaram..mas não conseguiram arrancar a beterraba da terra .
A netinha então foi chamar o cachorrinho para ajudá-los. O cachorrinho segurou na netinha, a netinha sagurou na vovó, a vovó segurou no vovô, o vovô segurou nas folhas da beterraba, e puxaram, puxaram, puxaram...mas não conseguiram arrancar a beterraba da terra .
O cachorrinho então foi chamar o gatinho para ajudá-los. O gatinho segurou no cachorrinho, o cachorrinho segurou na netinha, a netinha segurou na vovó, a vovó segurou no vovô, o vovô segurou nas folhas da beterraba , e puxaram...puxaram...puxaram...mas não conseguiram arrancar a beterraba do chão...!
O gatinho então foi chamar o...RATINHO para ajudá-los !
O ratinho segurou no gatinho, o gatinho segurou no cachorrinho, o cachorrinho segurou na netinha, a netinha segurou na vovó, a vovó segurou no vovô, o vovô segurou nas folhas da beterraba e...puxaram...puxaram...puxaram...e..PLUFT ! conseguiram arrancar a beterraba da terra !
"Vuuuuu! Vuuuuu! Vuuuuu! O vento contou , soprou e espalhou: todos juntos somos forte ...! Vuuuu! Vuuuu! Vuuuu !"
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