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Relatorio Supervisionado em Ensino fundamental em Lingua Portuguesa

Por:   •  4/10/2018  •  2.170 Palavras (9 Páginas)  •  325 Visualizações

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SOBRE A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO

O tema ou atividade que mais chamou atenção nas observações realizadas foi Jogo da memória de pronomes

Este tema ou atividade foi escolhido por que: reconhecer a função dos pronomes para a construção de sentidos nas diferentes situações comunicativas

Esta atividade foi desenvolvida da seguinte forma pelo (a) professor (a): Antes do início do jogo, fazer uma breve revisão sobre a função dos diferentes tipos de pronomes (na construção de sentidos em diversas situações comunicativas). Em seguida, organizar a turma em pequenos grupos e entregar o envelope com as cartas do jogo. Se preferir, entregue as folhas e peça que os alunos recortem as cartas e confeccionem os envelopes. No final do jogo, os alunos podem produzir as regras e uma síntese sobre o estudo realizado.

Coloquei apenas um exemplo de cada classificação e escolhi trechos de música, mas o interessante é apresentar pelo menos dois exemplos de cada tipo de pronome e escolher trechos de textos trabalhados em aula

Quem me chamou Quem vai querer voltar pro ninho Redescobrir, seu lugar

E o que foi prometido, Ninguém prometeu

"Você É algo assim É tudo pra mim É como eu sonhava, baby.

Instruções para o jogo (sugestão): colocar todas as cartas com exemplos viradas para baixo e as de classificação no canto da mesa, para serem compradas. Definir quem iniciará o jogo. Em seguida, o aluno deve comprar uma carta com exemplo. Se o exemplo corresponder à carta de classificação comprada, ele marca ponto e/ou joga novamente. Essas regras podem ser criadas pelos próprios alunos. Essa atividade foi realizado após estudos sistemáticos sobre os pronomes.

Aspectos teóricos que orientam a atividade descrita:. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (PCN), pode-se considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa, como prática pedagógica, resultantes da articulação de três variáveis: o aluno; os conhecimentos com os quais se opera nas práticas de linguagem; a mediação do professor. O primeiro elemento dessa tríade — o aluno — é o sujeito da ação de aprender, aquele que age com e sobre o objeto de conhecimento. O segundo elemento — o objeto de conhecimento — são os conhecimentos discursivo-textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais de linguagem. O terceiro elemento da tríade é a prática educacional do professor e da escola que organiza a mediação entre sujeito e objeto do conhecimento. [ênfases adicionadas] (BRASIL/ MEC/SEB, 1998: 22).

Tomando-se a linguagem como atividade discursiva, o texto como unidade de ensino e a noção de gramática como relativa ao conhecimento que o falante tem de sua linguagem, as atividades curriculares em Língua Portuguesa correspondem, principalmente, a atividades discursivas: uma prática constante de escuta de textos orais e leitura de textos escritos e de produção de textos orais e escritos, que devem permitir, por meio da análise e reflexão sobre os múltiplos aspectos envolvidos, a expansão e construção de instrumentos que permitam ao aluno, progressivamente, ampliar sua competência discursiva. (BRASIL/MEC/SEB, 1998:27)

Especialmente nos últimos vinte anos, o ensino de gramática na escola tem sido motivo de muitas discussões que ultrapassaram, inclusive, os muros da escola. Tais discussões chegaram a gerar uma falsa questão sobre a relevância ou não de se ensinar gramática. Como bem coloca Antunes (2003: 88), a questão é falsa porque não se pode falar nem escrever sem gramática. O que deve mover as discussões é, na verdade, qual gramática ensinar, o que implica, também, refletir sobre como ensinar. Em outras palavras, não se trata de discutir se devemos ou não ensinar gramática na escola, mas de pensar na seleção de conteúdos que sejam relevantes para o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos, uma vez que entendemos a linguagem como forma de interação. Assim, o que se critica no ensino de gramática é a seleção de um conteúdo pautado na concepção de língua como um sistema inflexível, imutável, que resulta em uma gramática descontextualizada, baseada em compêndios gramaticais ligados a uma tradição normativa muito distante dos usos reais da língua escrita ou falada — até mesmo pela atual parcela da sociedade que se auto define como bons falantes da língua portuguesa; uma gramática das palavras ou frases fragmentadas, isoladas dos interlocutores; uma gramática das classificações e nomenclaturas, do certo e do errado, distante da vivência da língua que se vê nos textos orais e escritos, formais e informais que circulam nas diferentes esferas sociais e de atividade humana. Assim como os PCNs, entendemos que para os alunos ampliarem a sua competência discursiva não se pode mais restringir os estudos da língua a essa matéria gramatical. É preciso irmos além e descobrirmos o que está abaixo dessa “ponta do iceberg” (Bagno, 1999: 09) a que chamamos de gramática normativa:

A língua é um enorme iceberg flutuando no mar do tempo, e a gramática normativa é a tentativa de descrever apenas uma parcela mais visível dele, a chamada norma culta. Essa descrição, é claro, tem seu valor e seus méritos, mas é parcial (no sentido literal e figurado do termo) e não pode ser autoritariamente aplicada a todo o resto da língua — afinal, a ponta do iceberg que emerge representa apenas um quinto do seu volume total. Mas é essa aplicação autoritária, intolerante e repressiva que impera na ideologia geradora do preconceito linguístico.

O papel da escola é, mais do que reforçar habilidades e comportamentos já existentes, contribuir para que os alunos desenvolvam novas capacidades que lhe possibilitem desenvolver sua competência linguística, interagindo de forma adequada diante de textos de diferentes esferas sociais e, principalmente, nas situações nas quais as normas mais prestigiadas são solicitadas, a escola não pode se furtar a ensiná-las, pois são elas que estão presentes nas situações formais públicas, nas entrevistas de emprego, nos meios de comunicação, nas esferas políticas.

Considera-se importante a observação desta atividade para o desenvolvimento da prática do professor:

7. Reflexões sobre o estágio de Regência

Durante a realização do estágio, além das observações e participações do estagiário nas aulas do professor que o acompanha, há também a possibilidade de realização da regência.

Nesse caso, o estagiário assume

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