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O Estilo de época

Por:   •  9/12/2018  •  573 Palavras (3 Páginas)  •  398 Visualizações

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menos exigente.Isto é,antes dessa obra,a poesia cabralina primava-se pelo hermetismo e intelectualismo aspectos que mantêm o grande público distante do texto assim constituído.Desde que foi levado ao palco,esse texto só conheceu o sucesso,ainda mais quando foi interpretado por Paulo Autran(no papel de seu José,mestre carpina)e musicado por Chico Buarque de Holanda(principalmente em Funeral de um lavrador).

João Cabral,em uma entrevista,comenta que esse texto foi a coisa mais relaxada que escreveu.

Fruto de uma pesquisa sobre o folclore pernambucano,Morte e vida Severina,segundo o autor confessa,em trechos extraídos do antigo pastoril de Pernambuco,mais exatamente,em Pereira da Costa.Observa por exemplo,que retrabalhou os textos pesquisados,tornando as ciganas mais pessimistas do que as que existiam no texto matriz.Confessa também que se aproveitou muito das literaturas ibéricas,dali tirando inspiração para os monólogos do retirante.Morte e vida Severina é considerado auto de natal pernambucano.Ora,o autor,é uma espécie de gênero dramático,muito apreciado na Idade Média,caracterizado pelo fundamento religioso e moralizante.O auto é constituído de apenas um ato(ato=auto),possui linguagem popular e busca estabelecer alegorias sobre a redenção do gênero humano.O autor se inspirou nos autos pastoris,manifestação do folclore nordestino versando sobre um ato de comemoração religiosa e gesto de consagração da sociedade.O crítico Benedito Nunes vê em Morte e vida um auto dentro de outro,ou seja,o retirante Severino é espectador do auto de natal do filho do mestre carpina,ocorrendo inclusive identificações;

*Mulher do povo=anjo da anunciação

*Vizinhos=anjos adoradores e reis magos

*Mocambo=presépio

*Seu José=São José

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