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Estilo Brasileiro de Administrar

Por:   •  19/11/2017  •  2.216 Palavras (9 Páginas)  •  367 Visualizações

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O bom desempenho das MPEs na década apenas confirmou a sua importância na economia. Em 2010, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 99% dos estabelecimentos, 51,6% dos empregos formais privados não-agrícolas no país e quase 40% da massa de salários.

Segundo o IBGE (2003, p. 19), “as MPE’s vêm aumentando gradativamente sua participação no segmento de comércio e serviços, cuja representatividade passou de 95,5%, em 1985, para 97,6%, em 2001”. Esse crescimento ocorreu com maior intensidade nas empresas comerciais, refletindo a possibilidade do pequeno investidor se estabelecer nessa atividade, em função da menor exigência de investimento e de requisitos de qualificação profissional mais baixo. Por outro lado, este segmento empresarial, organizado na forma de mercearias, quitandas, pequenos mercados, sapatarias, lojas de roupas, bazares, armarinhos, etc., atende à demanda de necessidades básicas do consumidor, estando normalmente estabelecido próximo ao local de moradia, o que implica maior dispersão no Território Nacional (IBGE, 2003).

As pequenas empresas desempenham um importante papel em nosso país. Além de relevância sócio-econômica, oferecem contribuições em todos os campos. Para Santos et al., (2008, p. 63), as principais contribuições das MPE’s são:

- Estímulo à livre iniciativa e à capacidade empreendedora;

- Relação capital/trabalho mais harmoniosa;

- Possível contribuição para a geração de novos empregos e absorção de mão de obra;

- Efeito amortecedor dos efeitos do desemprego;

- Efeito amortecedor das consequências das flutuações na atividade econômica;

- Manutenção de certo nível de atividade econômica em determinadas regiões;

- Contribuição para a descentralização das atividades econômicas em especial na função de complementação às grandes empresas;

- Potencial de assimilação, adaptação, introdução e, algumas vezes, geração de novas tecnologias de produtos e de processos.

Analisando o contexto e as contribuições das MPE’s, pode-se inferir que as pequenas empresas contribuem para o desenvolvimento econômico do país assim como para o desenvolvimento de grandes empresas por meio da terceirização.

As MPE são fontes geradoras de emprego e renda, sendo consideradas o motor do desenvolvimento econômico de uma sociedade, uma vez que, por uma questão natural, os seus negócios tendem ao crescimento, são estimuladores de competência e como consequência, produzem grandes trocas nos participantes dos mercados e na política de preços e são permanentes fontes de inovação, já que sua necessidade de descobrir e desenvolver novas oportunidades em mercados que se encontram estancados obriga estas empresas a terem a inovação como uma prática constante, como uma condição imprescindível para a obtenção das devidas condições para a competitividade (CÂNDIDO; ABREU, 2000, p. 4).

Para Dolabela (1999), é também características das pequenas e médias empresas a sua dependência da comunidade local, que poderá ou não estar dotada de fatores importantes de aceleração do desenvolvimento como, por exemplo, um ambiente favorável ao empreendedorismo, a vontade de uma comunidade de implementar redes de negócios, instituições de apoio, obtenção de financiamentos com facilidades, etc. Com isso, o nível local é entendido como o meio ambiente imediato das pequenas e médias empresas, onde elas nascem e se formam, encontram recursos humanos e materiais dos quais depende o seu funcionamento, seu dinamismo e o estabelecimento de sua rede básica de relações.

Em pesquisa do IBGE (2003, p. 20-21), foram apresentadas as principais características das micro e pequenas empresas:

- Baixa intensidade de capital;

- Altas taxas de natalidade e de mortalidade: demografia elevada;

- Forte presença de proprietários, sócios e membros da família como mão-de-obra ocupada nos negócios;

- Poder decisório centralizado;

- Estreito vínculo entre os proprietários e as empresas, não se distinguindo, principalmente em termos contábeis e financeiros, pessoa física e jurídica;

- Registros contábeis pouco adequados;

- Contratação direta de mão-de-obra;

- Utilização de mão-de-obra não qualificada ou semiqualificada;

- Baixo investimento em inovação tecnológica;

- Maior dificuldade de acesso ao financiamento de capital de giro; e

- Relação de complementaridade e subordinação com as empresas de grande porte.

Como visto, as micro e pequenas empresas possuem uma administração centralizada e uma estrutura muito simples. Não há presença de nível hierárquico, o que permite o contato direto entre proprietários e empregados, facilitando o desenvolvimento de informações importantes.

2.2 CONTROLE GERENCIAL E CONTÁBIL

Controle Gerencial para Simons (2000, p. 188), “São rotinas e procedimentos formais, baseadas em informação, utilizadas pela gerência para manter ou alterar padrões de atividade organizacional”. De acordo com Maximiano (2004, p. 422):

Utiliza formas mais práticas exemplificando a forma de monitoramento e controle estratégico para maior rendimento e eficácia no processo gerencial. Acompanhar e avaliar a execução da estratégia deve ser feito com base nos mesmos indicadores do planejamento estratégico (seja ele da participação dos clientes, até a evolução do faturamento).

A atual configuração da economia na globalização e a transformação dos dados em informação fazem com que os controles contábeis se tornem imprescindíveis para a gestão empresarial e para alcançar os resultados esperados. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa são registradas em livros próprios, estes tem várias finalidades como: registrar compras, vendas, controle de estoque, lucros ou prejuízos. Há os livros fiscais, exigidos pelo fisco Federal, Estadual e Municipal (mais comuns: registro de entradas, saldos, inventário, apuração de ICMS, IPI, lucro real, entre outros) e há os livros contábeis que são

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