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Proposta de Ensino da Língua Inglesa

Por:   •  21/6/2018  •  4.021 Palavras (17 Páginas)  •  394 Visualizações

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O ensino de LE ainda na infância é sustentado na suposição de que, nesta fase, os alunos têm um aprendizado melhor, comparado à aprendizagem de um adulto. Esta teoria é embasada pela hipótese do período crítico. De acordo com essa proposta teórica, após a puberdade, a aquisição da linguagem se torna mais difícil. Entretanto outros autores como Assis-Peterson & Gonçalves, Brewster, Ellis & Girard (apud ROCHA, 2008, p.16), divergem desta crença, afirmando-a como uma hipótese empírica Há também aqueles como Cameron (2001) que preferem os pressupostos que afirmam que o contexto na qual a criança está inserida, condicionado a objetivos sólidos, garante um efetivo aprendizado (ROCHA, 2008). É imprescindível que este processo seja conduzido por professores preparados para este trabalho, assegurando, desta forma, a efetiva aprendizagem dos alunos. A interação aluno/professor também se torna importante neste processo (CAMERON, 2001). Este pensamento está em consonância com a teoria vigotiskiana. De acordo com Vigostisky (1996) o desenvolvimento da criança perpassa por dois processos: a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) e a zona de desenvolvimento real (ZDR). Para Vigostisky (1996) o desenvolvimento humano está intrinsecamente ligado às interações social, ou seja, o sujeito não alcança o desenvolvimento sozinho, é necessária a presença do outro. Todas as funções cognitivas aparecem duas vezes no desenvolvimento cultural da criança: primeiro no nível social e, mais tarde, no nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicologicamente), e depois dentro da criança. (FINO, 2001, p.3) Neste pensamento, o conceito de ZDP se encaixa no primeiro nível, o social. Neste nível, a criança necessita de um parceiro mais experiente. O professor exerce papel fundamental no desenvolvimento do aluno, ele é quem vai mediar à interação criança e conhecimento. É com a ajuda de um adulto ou par mais capacitado que a criança desenvolve suas capacidades e alcança a autonomia desejada para executar determinadas tarefas de forma independente. Quando a criança atinge esta autonomia ela está em um nível de desenvolvimento real.

Existe a crença de que quanto mais cedo a criança ingressar na aprendizagem de línguas mais facilmente ela irá aprender. Mas não é somente a idade que interfere no ensino, há também outras condições biológicas e contextuais para que ele aconteça. Se em um determinado local não houver instrumentos que possibilitem o ensino, então esse indivíduo estará fadado a um insucesso, de nada adianta começar a fazer uma língua logo cedo, se não há suporte para finalizá-lo. Assim, não basta apenas ceder a possíveis pressões que acontecem independente de onde possam proceder.

O ser humano está apto para aprender uma nova língua, assim como ele aprende a sua língua materna, ele consegue aprender outra. Pesquisas recentes na área têm mostrado que o que falta hoje na sala de aula, é a satisfação do profissional e formação continuada para os mesmos, falta de políticas públicas, condições de trabalho e o interesse do aluno (ROCHA, 2008, SANTOS, 2009). Para que as crianças se sintam em sintonia com o objeto de estudo, o professor pode lançar mão de músicas, rimas, jogos, imagens, mímica, produções, dramatizações, dentre outras atividades, na hora de planejar suas aulas, visando à participação do maior número de alunos, proporcionando-lhes condições de uma aprendizagem participativa e significativa (CAMERON, 2001). A língua é um dos veículos responsáveis por transmitir a nossa cultura e junto com ela os seus valores. O aprendizado de uma segunda língua durante a formação escolar, proporciona ao aluno um maior envolvimento com os conhecimentos. O professor que se sujeita a difundir uma segunda língua ao aluno deve-se atentar para a diversidade cultural que ele encontrará em uma sala de aula e, a partir disso, escolher os métodos mais apropriados para orientação da aprendizagem daquela turma e obter melhores resultados.

O professor fundamenta suas ações com concepções que para ele são corretas. Essas concepções e como o professor faz uso delas dentro de sala é que vão ser determinantes na motivação, no interesse e na expansão cultural do aluno. Abaixo segue uma breve conceituação de abordagens, metodologias e pós-método.

Faz-se necessário que haja as competências na formação do professor para saber que abordagem usar. Cabe a cada professor escolher a melhor abordagem, para que não haja interferência inconsciente de estímulos que foram marcados durante o momento da aprendizagem de cada indivíduo. Segundo Almeida Filho (1998, p. 17), “a abordagem é um grupo de disposições, conhecimentos, crenças, pressupostos e eventualmente princípios sobre o que é linguagem humana, Língua Estrangeira, e o que é aprender e ensinar uma língua-alvo”. Richard e Rodgers (2001) descrevem a abordagem como sendo um conjunto de princípios e opiniões que podem ser usados como base para o ensino de uma língua.

Já os métodos, conforme assevera Almeida Filho (1998) são as distintas e reconhecíveis práticas de ensino de línguas com seus respectivos correlatos, a saber, o planejamento das unidades, os materiais de ensino produzidos e as formas de avaliação do rendimento dos aprendizes. Isto é, o professor precisa escolher as práticas para se abordar na sala de aula, com materiais e atividades que possam ajudar no momento da aprendizagem, bem como na apreciação do resultado final da turma e do professor.

O pós-método significa a busca por um método que seja a melhor alternativa como método, é a autonomia do professor. Na era pós-método o professor tem a possibilidade e capacidade para mudar a sua metodologia de ensino, caso a mesma não esteja sendo satisfatória.

Segundo Kumaravadivelu (apud ABRAHÃO, 2000) a condição pós-método envolve três atributos inter-relacionados: a busca de uma alternativa para o método e não um método alternativo; a autonomia do professor e um pragmatismo baseado em princípios. O autor considera que o professor construa teorias pessoais de ensino e estratégias inovadoras para os diferentes tipos de público e condições de contexto em que esteja trabalhando, porque o professor tem potencial para lidar com limitações impostas pelo contexto institucional e possui habilidade para desenvolver uma abordagem crítica que lhe permite a auto-observação, a auto-análise e a auto-avaliação do seu trabalho, assim construindo a relação teoria e prática. É necessário que a língua inglesa seja abordada de diversos planos, com diferentes propósitos e abordagens, para que possa facilitar o aprendizado dessa nova língua. O domínio completo da língua inglesa requer

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