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Preconceito Linguístico: O Que é Como se Faz: (A desconstrução do Preconceito linguístico)

Por:   •  7/5/2018  •  1.331 Palavras (6 Páginas)  •  291 Visualizações

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A língua escrita seria pedagogicamente dizendo, uma tentativa de analisar uma língua falada. Sendo essa análise realizada pelo leitor, considerando sua escolarização e seu perfil sociolinguístico. Assim quem escreveu chícara ao invés de xícara não fez isso porque quis errar, mas sim porque quis acertar. Esses “erros” de ortografia são constantes por serem casos em que é necessário fazer uma análise da relação fala/escrita. No entanto, uma pessoa com nível de escolaridade mais avançado, saberá que somente analogia não será suficiente como base para a língua escrita.

Há uma explicação lógica para tudo aquilo que é considerado erro pela gramática tradicional. Assim, os paragramaticais podem falar de “erros comuns”. Portanto, os gramáticos conservadores atribuem esses “erros comuns” ás pessoas, qualificando-as como “ignorantes”. A postura a ser tomada é conhecer o porquê essas regras estão levando os falantes da língua a usar X onde seria Y.

5. Então vale tudo?

Usar a língua oral ou escrita requer equilíbrio, ou seja, uma forma adequada e aceita para cada situação. Levando em conta o lugar que se está, as pessoas com as quais se encontra e o momento apropriado. Em uma situação formal, usa-se uma linguagem formal; se é um momento informal, uma linguagem mais descontraída.

6. A paranoia ortográfica

O foco do professor ao corrigir um texto de um aluno é localizar primeiramente os erros ortográficos. Ora, conhecer a ortografia não tem nada haver com conhecer a língua, a ortografia não faz parte da gramática da língua e sim de um ato institucional por parte do governo, sendo incoerentes levando as pessoas a se confundirem, gerando uma distinção social, com um domínio por parte dos letrados sobre os iletrados.

Assim, considera-se que a escrita foi uma das causas mais importantes do surgimento de civilizações modernas, do desenvolvimento científico e tecnológico.

È indicado quando receber um texto de alguém, procurar o objetivo daquelas palavras, respeitando a opinião do outro e encorajando-o a expressar suas ideias sem preconceito.

7. Subvertendo o preconceito linguístico

Não é possível acabar com o preconceito linguístico de uma só vez, mas, é possível aos professores como formadores de opinião exercerem alguns atos para contribuição contra o preconceito.

Primeiro: que cada professor de língua obtenha maior conhecimento e informação, assumindo uma posição de cientista e investigador, abandonando a doutrina gramatical incoerente.

Segundo: Levando a crítica da realidade em sala de aula.

Terceiro: mostrar para os pais, diretores, que assim como a ciência evolui, a ciência da linguagem também evolui que, houve no Ministério da Educação um avanço com a implantação dos “Parâmetros Curriculares Nacionais” atualizando e renovando o ensino da língua portuguesa.

Quarto: assumir uma nova postura, refletindo a necessidade de renovar as velhas doutrinas.

Dez Cisões para um ensino de língua não (ou menos) preconceituoso

1. È necessária conscientização de que todo falante nativo de uma língua sabe sua língua, pois desde que nasceu aprendeu, por isso temos que aceitar a ideia de que não existe erro de português.

2. Existem diferença de uso em relação à regra proposta pela gramática.

3. Não se pode confundir erro de português com erro de ortografia. A ortografia é artificial enquanto a língua é natural. A ortografia por ser política, de tempos em tempos muda, em 1899 era Egypto, em 1999 ficou Egito.

4. Se as pessoas (inclusive cultas) estão usando regras diferentes às da gramática, é porque há uma nova regra se sobressaindo a antiga. Então o problema está com a regra tradicional, e não com as pessoas.

5. È errado classificar um fenômeno gramatical de erro. Isso porque a língua muda e varia. O que hoje é considerado errado, no passado já foi certo, exemplo: no português medieval existia o verbo leixar, que na verdade hoje é deixar, isso hoje é considerado um erro, mas na verdade com o passar do tempo, apenas o que mudou foi a pronúncia.

6. A língua portuguesa não vai bem nem mal, ela simplesmente segue seu rumo.

7. Devemos respeitar a variedade linguística de qualquer pessoa, pois ela nos contribui enquanto seres humanos.

8 e 9. Nós somos a língua que falamos, para os falantes de português, a diferença entre ser e estar é clara: eu

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