Preconceito de orientação sexual
Por: Rodrigo.Claudino • 15/1/2018 • 2.643 Palavras (11 Páginas) • 443 Visualizações
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Por se tratar de um assunto tão presente em nosso cotidiano o grupo optou em buscar evidências, constatações, relatos em determinados setores da sociedade com o objetivo de explorar e demostrar este tema de alto grau de importância.
- O Preconceito sobre Orientação Sexual
- Conceito de Orientação Sexual.
Afinal o que é orientação sexual? O termo “orientação sexual” é considerado mais apropriado do que “opção sexual” ou “preferência sexual”, pois ambos sugerem que o indivíduo teria escolhido a sua forma de desejo.
Pesquisas têm identificado diversos fatores biológicos que podem estar relacionados ao desenvolvimento da orientação sexual, incluindo os genes, hormônios pré-natais e a estrutura do cérebro humano. A investigação científica atual procura encontrar explicações biológicas para a manifestação de uma determinada Orientação Sexual.
“Orientação Sexual” é um conceito que surge na década de 1980 e a partir de então a sua utilização é considerada pelo movimento gay. Surge para substituir as ideias de “preferência” e “opção” sexuais. Para situar como o conceito chega e é apropriado no Brasil é esclarecedora a declaração do antropólogo Peter Fry, publicado no estudo de Cristina Câmara que diz que “a orientação sexual simplesmente descreve o que uma pessoa acabou gostando em matéria de parceiros sexuais. Uns acabam gostando de pessoas do mesmo sexo, outros de pessoas do sexo oposto, outros de ambos, e, quem sabe, outros de ninguém, ou de outras coisas” (FRY apud Câmara, 202, p. 102).
Tornou-se uma obsessão por parte de muitos tentarem explicar as causas da homossexualidade, uma pesquisa de 2008 divulgada por meios de comunicação afirma que cientistas Suecos encontraram provas mais sólidas de que a sexualidade não é uma opção, mas uma característica biológica. Eles descobriram que os cérebros de dos gays é similar ao das mulheres heterossexuais e o cérebro das lésbicas é similar ao dos homens heterossexuais. Tendo como prova estudos com imagens de ressonância magnética (SOUSA FILHO, 2009, p. 61).
Considerando essa nova descoberta as discussões são inúmeras, até porque a ideia de um cérebro gay ou lésbico não é nova, outros especialistas já propunham esta tese. Temos como exemplo o cientificista Gunther Dörner que trabalhou estudando cérebro de ratos e concluiu que poderia alterar a identidade de gênero, quando se interferia em partes do seu cérebro. Toda essa ideia reforça a crença do cérebro homossexual, de que gays e lésbicas seriam os “invertidos” e que isso está escrito em seus cérebros.
- Preconceito sobre orientação sexual no ambiente de trabalho.
Na sociedade contemporânea, as fronteiras e padrões sociais são cada vez mais contestados e encontram-se cada vez mais fragmentados (Bauman,1998, 2001; Castells, 1999).
No ambiente de trabalho o tema orientação sexual, é por várias vezes muito complexo, pois ainda não sabemos lidar com as diversas formas de sexualidade que temos em nosso meio.
Embora as relações organizacionais, tentem romper as barreiras de um modelo burocrático na criação das estruturas hierárquicas mais leves e fluídas, um ambiente neutro e impessoal é muito difícil de ser construído dentro das organizações.
Costa (2007) defende que a discriminação de trabalhadores no local de trabalho pode ser direta e indireta. “A discriminação direta pressupõe um tratamento diferenciado proibido. Já na indireta o objetivo discriminador não é explicito” (Costa, 2007:91). Por exemplo, a não concessão e interdição da lei, ao não incluir a possibilidade de união estável entre gays, é forma de discriminação direta. Contudo as piadas, comentários inapropriados, as ridicularizações e humilhações realizadas no ambiente de trabalho relacionadas aos homossexuais constituem uma forma de discriminação indireta.
As questões ligadas às diversidades culturais nas organizações, a homossexualidade é vista e analisada em um contexto de socialização por hora muito conservador, onde um ambiente conservador não viabiliza, a maioria dos casos, onde a revelação da opção sexual é minoritária. Constata- se que os homossexuais se sentem obrigados a viver em uma de dupla personalidade, onde revelar o homossexualismo é minoritário, onde o segredo se torna angustiante ao ponto de sentir medo e recolhimento.
Com isso o homossexual tem uma vida com sérios danos, principalmente no cunho psicológico, onde sempre há o temor de que a pessoas descubram seu lado homossexual. “É um fator determinante para as possibilidades de acesso, permanência e condições de trabalho. A necessidade de transformar as condições nas quais elas se inserem e estão inseridas constitui-se em um desafio relevante para a construção de novas relações sociais (Diesse, 2013, p.1) ”.
- Preconceito sobre orientação sexual no ambiente familiar.
Sabemos que o preconceito devido à orientação sexual está presente em todos os lugares, inclusive dentro de casa. A revelação da homossexualidade não é uma tarefa fácil, pois se está sujeito a todo tipo de preconceito, reação, e até mesmo julgamento por parte de pessoas próximas, inclusive as que moram sob o mesmo teto.
Após a revelação, existem famílias que impõem aos filhos que não contem a mais ninguém sobre a homossexualidade, outras tratam como uma doença e procuram ajuda, enquanto algumas tratam os filhos com carinho e amor, mas com a condição de que não se discuta mais o assunto dentro de casa. Todas essas reações são formas de preconceito, pois pedido ao filho que finja ser algo que não é tanto dentro de casa quanto fora dela, é uma forma de não aceitação, e de esconder a real condição do familiar. Quase todos os dias, jornais e revistas mostram as mais diversas reações de famílias quando ficam sabendo da orientação sexual de seus filhos.
Túlio Ribeiro*, 14 anos, sempre foi mais próximo do pai do que de sua mãe. Por isso, contou primeiro para ele que não se identificava com o gênero feminino, e sim com o masculino. Sua mãe vivia perguntando se ele gostaria de ser um garoto, mas a resposta veio por uma carta que ela leu escondida. Infelizmente, a reação foi um comportamento agressivo. Túlio só descobriu que a mãe havia descoberto sua condição por meio de sua psicóloga. Em outubro do ano passado, ele recebeu a mãe na escola e os dois acabaram brigando no corredor. Foi quando pararam de se falar. Agora,
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