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Eugenia e Preconceito: Desenvolvido a partir do uso das TICS

Por:   •  19/3/2018  •  5.249 Palavras (21 Páginas)  •  379 Visualizações

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Agora entrando no tema, decidimos dividi-los em tópicos, para uma mais fácil organização e compreensão do assunto, contendo um tópico final referente ao uso das TICS na educação, abaixo segue o primeiro tópico:

Desenvolvimento

Origens da Eugenia

Antes de iniciarmos exibiremos um vídeo aos alunos, como forma de avaliarmos seus conhecimentos prévios:

https://www.youtube.com/watch?v=RavrvVJU57k

Feminismo, aborto, eugenia e racismo

Iniciando o assunto, podemos dizer que os ideais eugênicos modernos estão ligados a antiguidade, nos casos de incestos nas antigas realezas, com o objetivo de preservar a linhagem pura, como nos faraós do antigo Egito, monarquias africanas e havaianas, realeza européia. Os padrões de beleza da Grécia antiga, o exemplo de força do exército espartano, ideais absorvidos pelos romanos e mais tarde pela Alemanha nazista. O estado de Esparta já adotava medidas de purificação, com um conselho de anciãos examinando os recém nascidos, observando a força e vigor dos bebes, os considerados fracos eram descartados, somente os fortes devem sobreviver.

Segundo Oliveira, um dos primeiros usos do termo raça remontam ao século XIII.

“Um caso inicial do emprego de ‘raça’ para fins de segregação e exclusão social, que já envolvia uma confluência natureza-cultura, é a doutrina católica da pureza do sangue, que data pelo menos do século XIII[...] Quando se introduziu a doutrina da pureza do sangue, destinava-se a segregar os cristãos dos não-cristãos, especificamente dos muçulmanos e dos judeus [...] No final do século XVIII, essa preocupação com as diferenças ‘raciais’ entre os seres humanos se transformou nas primeiras formulações daquilo que agora é convencionalmente conhecido como racismo científico”. (2003, p. 52).

No século XVIII, em 1778 Charles Linné ( botânico, zoólogo e médico suéco), ficou conhecido como “pai da taxonomia”, ao classificar o ser humano em seu livro Systema Naturae (1735), nos grupos que se seguem:

A) Homem selvagem. Quadrúpede, mudo, peludo.

B) Americano. Cor de cobre, colérico, ereto. Cabelo negro, liso espesso; narinas largas; semblante rude; barba rala; obstinado, alegre,livre. Pinta-se com finas linhas vermelhas. Guia-se por costumes.

C) Europeu. Claro, sanguíneo, musculoso. Cabelo louro, castanho ondulado; olhos azuis; delicado, perspicaz, inventivo. Coberto por vestes justas. Governado por leis.

D) Asiático. Escuro, melancólico, rígido. Cabelos negros; Olhos escuros, severo, orgulhoso, cobiçoso. Coberto por vestimentas soltas. Governado por opiniões.

E) Africano. Negro, fleumático, relaxado. Cabelos negros, crespos; pele acetinada; nariz achatado, lábios túmidos; engenhoso; indolente, negligente. Unta-se com gordura. Governado pelo capricho. Segundo Pratt (1999,p.68 apud Nishikawa, 2009,p.6).

Estas idéias sempre foram utilizadas para justificar a dominação de um povo sobre outro, durante as grandes navegações nos séculos XV e XVI, em que o Europeu supostamente levou Deus e a civilização para os povos do novo mundo. Sendo posteriormente adaptado para o neocolonialismo na África e Ásia, durante a segunda metade do século XIX, sempre acarretando em conseqüências desastrosas para o colonizado.

Agora vamos entender o que seria este darwinismo social. A eugenia no entendimento atual, data da segunda metade do século XIX, após o lançamento do livro origem das espécies, do naturalista Charles Darwin. Foi um primo de Darwin, chamado Francis Galton (antropologista, meteorologista, matemático e estatístico) que inaugurou a tentativa de se melhorar o ser humano, utilizando a teoria da evolução das espécies, no que ficaria conhecido como Darwinismo Social. Galton utilizava a técnica biométrica, para justificar seus estudos, em especial as medidas faciais e cranianas, seu primeiro trabalho escrito e publicado foi Hereditary Talent and Character (1865).

Agora abriremos um parêntese durante a aula expositiva para a inserção do primeiro vídeo, feminismo, aborto, eugenia e racismo que terá a descrição de seu link mais adiante, na seção Processo de desenvolvimento.

Essas teorias foram fortes até o fim da segunda guerra mundial, com a descoberta das atrocidades cometidas pelos nazistas e o julgamento de Nuremberg, a eugenia acabou perdendo credito, sendo atualmente considerada uma “pseudociência”, mas infelizmente não podemos dizer que não existam mais adeptos de tais idéias. Ainda é possível encontrar vários resquícios (nem todos baseados nos argumentos do passado), a própria ONU alerta para o crescimento do racismo e intolerância religiosa na Europa Ocidental.

Eugenia no Brasil:

O mito da “democracia racial”

Durante muitos anos, principalmente por causa do livro Casa Grande e Senzala(1933), do escritor Gilberto Freyre, o Brasil foi considerado um país onde a escravidão aconteceu de forma diferente, um país onde praticamente não existiu preconceito, sendo a mistura entre os diferentes povos foi benéfica para todos, pretendemos mostrar que isto não foi uma verdade.

Segundo Freyre não haveria distinção de raças no território brasileiro:

“Em vão se procuraria um tipo físico unificado”, notava há anos em Portugal o Conde Herman de Keyserling. O que ele observou foram os elementos os mais diversos e os mais opostos, “figuras com ar escandinavo e negróides”, vivendo no que lhe pareceu uma “união profunda”. “A raça não tem aqui papel decisivo”, concluiu o arguto observador. E já da sociedade moçarabe escrevera Alexandre Herculano: “População indecisa no meio dos dois bandos contestadores [nazarenos s maometanos], meia cristã, meia sarracena , e que em ambos contava parentes, amigos, simpatias de crenças ou de costumes”. (2003, p.67)

Pelo viés europeu os trópicos, sempre foram considerados um lugar onde o calor e a miscigenação das raças, se constituíram em fatores degenerativos, que impediriam o desenvolvimento do país, buscando contornar a situação foi grande o incentivo para vinda de imigrantes brancos, com o objetivo de substituir a mão de obra negra. Podemos dizer que esta tentativa de “enbranquecimento” da nação, era inspirado pelos estudos “científicos” em voga nos meios acadêmicos

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