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À importância de tradutor/intérprete de LIIBRAS na sala de aula regular. Reflexão sobre a Estrutura e Organização da Educação Brasileira

Por:   •  23/9/2018  •  3.298 Palavras (14 Páginas)  •  402 Visualizações

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A inclusão dos deficientes auditivos na escolar regular vem sendo abordada a partir de diferentes perspectivas, dentre elas os direitos da pessoa com deficiência e o exercício da cidadania. Essas pessoas foram então excluídas da sociedade e seus direitos, principalmente os de acesso ao trabalho e educação, foram desrespeitados.

Na concepção piagetiana, a criança constrói a compreensão do modo como o mundo funciona, primordialmente, por meio de suas ações. Passa, então, por uma série de estágios que seguem uma sequencia fixa, sendo os principais deles: sensório motor.

Para o aluno surdo, é fundamental a presença de um intérprete de libras para mediar a comunicação em sala de aula. No entanto, não é possível incluir o aluno surdo em uma sala de aula regular apenas com a presença do intérprete. Para que o processo de inclusão seja consolidado, deve-se criar um ambiente favorável, no qual, o aluno surdo possa desenvolver suas potencialidades. Neste sentido, é preciso que o sistema de educação disponibilize para as escolas, os recursos necessários a este processo. Ainda neste o processo de aprendizado no âmbito escolar, poucas crianças ouvintes tem acesso a oralidade, a maioria é então privada de atividades que envolvem a linguagem, o que também ocorre no âmbito escolar, dificultando o processo de aprendizado da leitura e escrita.

Neste contexto, o tradutor /interprete de libras como a função de estimular a aprendizagem juntamente com o apoio do professor regente da sala, promovem atividades padronizadas que focalizem a imitação, usando cartazes, jogos alfabéticos em que todos os alunos possam se interagir para inclusão desta criança.

Embora os estudos multiculturais estiverem em destaque na atualidade, especialmente nos meios acadêmicos, o conceito não se manifesta com a mesma intensidade no âmbito das práticas pedagógicas concretas, o que demonstra o caráter monocultura e homogeneizador que ainda está muito arraigado à Escola.

Com este objetivo, o de promover a reflexão sobre as práticas pedagógicas que podem ser aplicadas a fim de que as diferentes culturas e identidades possam ser discutidas e manifestadas no ambiente escolar, este trabalho se apresenta como um desafio profissional, antecipando aos educadores, ainda em processo de formação, os processos que envolvem o trabalho com uma sociedade cada vez mais diversificada, em todas as áreas.

O modelo de educação bilíngue contrapõe-se ao modelo oralista porque considera o canal viso gestual de fundamental importância para a aquisição de linguagem da pessoa surda. E contrapõe-se à comunicação total porque defende um espaço efetivo para a língua de sinais no trabalho educacional; para que cada uma das línguas apresentadas ao surdo mantenha suas características próprias e que não se "misture" uma com a outra.

Para Lacerda (1998), as três principais abordagens de educação de surdos (oralista, comunicação total e bilinguismo) coexistem com adeptos de todas elas nos diferentes países.

Cada qual com seus prós e contras, essas abordagens abrem espaço para reflexões na busca de um caminho educacional que de fato favoreça vantagens e desvantagens no desenvolvimento pleno dos sujeitos surdos, contribuindo para que sejam cidadãos em nossa sociedade.

A possibilidade da inclusão é a oportunidade de mudar atitudes, pois é só quando nos deparamos com nossos próprios limites que vemos o quanto é importante buscar alternativas para configurar de forma adequada uma educação inclusiva de qualidade.

E tudo isso porque vivemos e aprendemos de forma diferente, cada um tem uma visão de mundo própria e com um significado que é fruto de suas associações. Fundamentado em ressalvas da realidade e de processos educacionais de alunos que apresentam necessidades auditivas, assim como no acompanhamento de criança com essas necessidades especial no ensino regular, tenta discutir formas, possibilidades de uma formação mais adequada.

Passo 2: Proposta De Mudanças

O papel do professor é facilitar a aprendizagem, aberto às novas experiências, procura compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto realização.

Conforme a Sistema (Lei) foi materializado desde 1961, com a Lei nº 4.024/61 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 8.692, acrescentando-se ainda outros esforços tomados neste sentido, em períodos anteriores.

As crianças, durante os primeiros anos de vida, necessitam de atendimento individual, na relação um-a-um. O aprendizado requer tempo e atendimento às necessidades cognitivas e sociais da criança e ausência de uma língua comum entre o surdo e ouvinte fica prejudicada, pois como próprio o autor Piaget defende que neste primeiro anos a criança copia tudo que o adulto, pai faz como uma forma de se comunicar.

Após essa faixa etária admite-se o atendimento coletivo com grupos de no máximo dez alunos. Assim a criança desenvolve as atividades em grupo, favorecedoras do seu crescimento social, e possibilitadoras de novos conhecimentos. A criança, ao ver a outra fazendo a atividade, sente-se estimulada a fazer também. No grupo a criança amadurece, começa a respeitar os direitos dos colegas, a dividir e compartilhar, na luta pelos seus interesses.

Para um bom desenvolvimento é preciso que se faça na escola um trabalho de orientação sistemática com um terapeuta, voltado especialmente para o professor, ajudando-o a superar e suprir as dificuldades ocasionadas pelas necessidades auditivas. Essas orientações básicas devem ser dadas não só oralmente, mas também por escrito, como por exemplo:

- Explicar o que é necessidade auditiva;

- Explicar no audiograma, qual o grau de necessidade auditiva do aluno e o que isso representa para seu desenvolvimento quanto à linguagem e a aprendizagem.

- Esclarecer sobre a proposta de abordagem aural-oral.

- Orientar sobre as estratégias terapêuticas como voz, atenção, expressões verbais e comportamentais.

- Solicitar que a criança seja posicionada próximo ao lugar onde o professor permanece a maior parte do tempo.

- Pedir para que a criança não fique sentada diante da janela, pois ela pode precisar de apoio visual, ou mesmo recorrer a leitura orofacial para melhor entender a situação.

- Orientar quanto à iluminação, que deve ser um fator favorável à criança destacando o professor e os colegas, devendo vir

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