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Povos do Mediterrâneo ao Planalto Asiático

Por:   •  10/3/2018  •  4.398 Palavras (18 Páginas)  •  247 Visualizações

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econômico, o regime monárquico implicou a organização da burocracia e a sedimentação das diferenças sociais, com definição de uma aristocracia de uma pequena elite proprietária.

Para sustentar as estruturas do Estado, como manter o luxo da corte e as guerras, foi preciso aumentar os impostos, explorar da mão de obra de camponeses livres e escravos, isso gerou descontentamento e numerosas revoltas sociais.

Fragmentação da sociedade

Com essas revoltas, Roboão o filho e sucessor do rei Salomão não conseguiu manter o Estado unificado, o que ocorreu a divisão das tribos hebraicas do norte e do sul. As tribos do norte não aceitavam Roboão como rei, então eles fundaram o Reino de Israel cujo seu rei era Jeroboão e sua capital era em Samaria. Já o Sul liderou o Reino de Judá com o seu rei mesmo e sua capital em Jerusalém.

Com as revoltas e a divisão do reino, os hebreus foram conquistados pelos assírios e babilônicos em 586 a.C liderados por Nabucodonosor que escravizou-os.

Com a conquista da mesopotâmia pelos persas, os hebreus conquistaram a sua independência em 539 a.C, mas em 300 a.C foram dominados pelos macedônios e foram esmagados pela força do Império Romano, onde foram obrigados a deixar a região e se dispersaram pelo mundo.

Monoteísmo hebraico

A religião monoteísta do povo hebraico foi determinante na formulação da história cultural da sociedade ocidental. O processo cultural da religião entre os hebreus não envolvia adoração a vários deuses, antropozoomorfismo, magia, astrologia, oferendas, mas apenas a um único Deus. Em VIII a.C a religião se consolidou com a ajuda dos profetas.

A religião monoteísta contribuiu para formação de três grandes religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

Fenícios

A trajetória dos fenícios foi bem diferente dos hebreus, de origem semita em 3000 a.C estavam instalados em uma região entre as montanhas e o Mediterrâneo Oriental, nos territórios do Líbano e uma pequena parte da Síria. Em razão das dificuldades geográficas da região e limitado por Estados mais poderosos instalados na Crescente Fértil, os fenícios se tornaram marinheiros e comerciantes.

Organizaram um Estado centralizado, com autonomia das cidades, que disputam o poder, eram politicamente independentes, cada um tinha seu próprio governo e sua forma administrativa. O comércio realizado no portos, era a atividade econômica mais importante e determinava a ascensão e a hegemonia política das cidades. As cidades que alcançaram o predomínio comercial e político foram Biblos, Sídron e Tiro.

Com o declínio de Creta, que mantive por muito tempo o domínio sobre o Mediterrâneo em 1200 a.C, os fenícios tornaram-se os mais importantes comerciante. Eles estabeleceram contatos entre a Europa, o norte da África e a Ásia, negociando diversos produtos como: tapetes, cavalos, tecidos, púrpura, joias e ervas aromáticas, criando assim rotas de navegação e núcleos de comércio por todo o mediterrâneo.

As atividades comerciais exercidas pelos fenícios os ajudaram a desenvolver habilidades para fazer contas, medir, pesar e desenvolveram uma escrita mais fácil que os hieróglifos e mais ágil que a cuneiforme, então desenvolveu o alfabeto, que ficou conhecido por gregos e romanos, sendo usado até hoje.

Nascimento do Mundo Ocidental

Grécia: formação e transformações

O mundo grego abrangia terras continentais e insulares. A Grécia Insular era formada por muitas ilhas no Mar Egeu, entre as quais Creta, Rodes, Eubeia e Lesbos. A Grécia Continental ocupava a Península Balcânica, a costa da Ásia Menor e o sul da Itália.

A história da Grécia divide-se nos seguintes períodos:

-Homérico – do século XII ao século VIII a.C. organização das comunidades rurais.

-Arcaico – do século VIII ao século VI a.C.- formação das cidades-estados(pólis ou poleis)gregas

-Clássico – do século V ao século IV a.C.-apogeu da cultura grega

-Helenístico – do século IV ao século I a.C.-declínio das pólis e domínio da Macedônia sobre a Grécia.

O período anterior ao Homérico é o Pré-Homérico ou Pré-Grego, porque se trata da realidade histórica que antecedeu à formação do povo e da cultura grega.

Período Pré-Grego: Creta e Micenas

Localizada ao sul do Mar Egeu, a ilha de Creta se tornou o mais importante centro comercial e cultural do Mediterrâneo, interligando Europa, África e parte do Oriente. Economicamente diversificada, a sociedade Creta mantinha uma rica agricultura e produzia manufaturados têxteis, metalurgia, cerâmica e sua economia girava em torno do comercio exportador.

Por volta de 2000 a.C, os cretenses chegaram a fundar várias colônias continentais. O controle político desse império marítimo e comercial estava nas mãos da elite comercial. O lendário rei Minos era o representante maior dessa talassocracia e por isso a civilização cretense também é conhecida como minoica.

Creta era sede de pequenos reinos centralizados, passou a ser governada por seu maior centro urbano, Cnossos, onde se destacavam pelas construções dos palácios e templos.

Por volta de 1400 a.C os aqueus invadiram Creta e destruíram Cnossos, pondo fim a cultura cretense. Com a destruição da talassocracia, os espaços do comércio marítimo no Mediterrâneo foi ocupado pelos fenícios.

O contato dos aqueus com os cretenses deu origem a sociedade aqueia de Micenas, que ocupou lugar de destaque no comércio e na produção artesanal.

Os aqueus invadiram o litoral ocidental da Ásia Menor e destruíram a cidade de Troia. Esse episódio serviu de base para a composição da Ilíada, poema épico atribuído ao poeta grego Homero. Eles foram divididos em diversos reinos independentes, governados por uma pequena nobreza militar e religiosa, uma das características de suas cidades eram os castelos e templos fortificados, as acrópoles para facilitar a defesa.

O fim do domínio aqueu se deu com a invasão dos dórios, povo guerreiro, assim como jônios e eólios eram populações de origem indo-europeia que se fundiram e formaram o povo grego.

Período Homérico

Período compreendido entre a invasão dórica e a organização da sociedade grega em comunidades de grandes famílias são as Ilíadas e a Odisseia,

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