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Politica

Por:   •  21/3/2018  •  1.489 Palavras (6 Páginas)  •  237 Visualizações

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No Vale do Jequitinhonha, uma das expressões desta adequação a modernização imposta pelo estado, se deu através da concessão de terras públicas das chapadas para as grandes plantações de eucalipto para produzir carvão para as demandas do pólo siderúrgico implantado em Sete Lagoas, Betim, Ipatinga. Com isto vira carvão o cerrado nativo e sua rica e diversificada flora. A partir daí muitas famílias de agricultores começam a sentir uma diminuição das águas e suas minas afetando as atividades agrícolas e a agricultura familiar, embora as médias pluviométricas tenham se mantido no mesmo nível das décadas anteriores.

Outra prática que se tornou comum foi a queima do cerrado para fazer carvão e para melhoria da renda.

Paralelamente vai entrando na região o pacote tecnológico da “Revolução Verde” que baseado em sementes híbridas, insumos industriais e mecanização, fazem aos poucos que o agricultor se torne dependente da agroindústria. Isto significa uma mudança de racionalidade e de forma de pensar e estruturar a produção. Para muitos agricultores familiares, significa perda de autonomia e uma dependência e subalternidade ao mercado, ao governo, aos técnicos e perda de um conhecimento e autonomia construída ao longo de séculos de envolvimento com o ambiente. Este modelo de desenvolvimento excludente agravou as condições sócio econômicas das populações locais e as elites passaram a utilizar o discurso de que a pouca adoção das tecnologias e insumos industriais aliada às constantes secas, é que eram causadores do atraso da região. Mas as médias pluviométricas anuais, não alteraram significativamente16 e o que se configurou com o processo desenvolvimentista foi um processo de deterioração dos recursos naturais como a biodiversidade, solo e águas.

Os agricultores do Vale e de Itinga tem assistido um processo de redução do volume de água da maioria das micro bacias, afetando significativamente o Rio Jequitinhonha que a cada ano tem seu leito com menor profundidade nos períodos secos do ano.

Já Flavia Maria Galizon, As políticas de modernização foram implementadas no Vale do Jequitinhonha, a partir de uma leitura, conclusões e planejamentos vindos de fora da região, com objetivos de redimir o Vale da pobreza e subdesenvolvimento.

Conforme estudos de Ribeiro, antes da década de 50, o Vale do Jequitinhonha, não mereceu atenção política por parte do estado que limitava a intervenções pontuais e pouco significativas. A divisão geopolítica de Minas dividia o Vale em três regiões: Itacambira, Alto Jequitinhonha e Mucuri, não resultando em planos e programas regionais, mas em ações isoladas em alguns municípios do Vale e sem contribuir para uma integração da região.

As primeiras atenções especiais, segundo estudos de Ricardo Ribeiro, foram a criação de Grupos de Trabalho em 1957 para levantamentos sócio econômicos e estudos diagnósticos para a região.

Em 1960, o Presidente Juscelino Kubischek, político da região, nascido em Diamantina criou um Grupo de Trabalho do Vale do Jequitinhonha com o objetivo de “estudar a economia da região e propor medidas para o seu desenvolvimento”17. Mas este Grupo não logrou êxito nos seus intentos. Esta iniciativa foi retomada.

Dentro destes contextos, se elaborará um projeto que possa despertar em professores e alunos, uma visão ampla de políticas sociais e educacionais no vale do Jequitinhonha. Embora exista um processo social de gestão participativa do desenvolvimento local em construção de relevante importância para o município percebe-se uma necessidade maior de investir na formação de capital social nos aspectos sócio políticos, técnicos. Neste aspecto é necessário considerar a importância das Escolas Famílias Agrícolas e no trabalho que ela já vem desenvolvendo, mas da necessidade de maior atenção e articulação destas unidades com os processos políticos locais.

CONCLUSÂO

Os autores citados têm os requistos necessários para o desenvolvimento sobre a contribuição na formação política da população de Minas Gerais, e as marcas desta na história, cultura e sociedade.

Leila Amaral, é mestra em história, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, e autora livros e artigos, políticos e social

Caio Prado Junior, foi historiador, geógrafo, escritor, político e editor brasileiro. As suas obras inauguraram, no país, uma tradição historiográfica identificada com o marxismo, buscando uma explicação diferenciada da sociedade colonial brasileira.

Flávia Maria Galizoni é Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1988), mestre em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (2000) e doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2005). É Professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Entre 1990 e 1996 trabalhou como assessora técnica do Centro de Assessoria aos Movimentos Populares do Vale do Jequitinhonha (Campo-Vale). Desde 1999 desenvolve atividades em parceria como o Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica (CAV). Tem experiência na área de Antropologia, Sociologia e Extensão Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: regimes agrários, água, populações tradicionais, agricultura familiar, semiárido, migrações, ambiente, agroecologia, gestão de bens e recursos comuns

REFERENCIAS

AMARAL,

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