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Economia politica

Por:   •  13/9/2017  •  1.698 Palavras (7 Páginas)  •  506 Visualizações

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No quarto fragmento, intitulado: Gênero, subjetividade e cultura do trabalho, Tiriba afirma que o homem está a todo o momento estabelecendo relações econômicas, relações estas advindas de suas outras relações. A relação dos homens entre si e com a natureza. A maneira como ele age sobre a natureza, transformando- a e adequando-a a sua vida, o que podemos chamar de trabalho. E essa adequação, é o que Tiriba, citando Codo, chama de subjetividade, ou seja, caracterizar o trabalho a si - dá-lhe a nossa face. Porém o que a autora deseja ressaltar, é o caráter dessas relações e de que maneira os processos de formação humana contribuem para fortalecer a preponderância do trabalho sobre o capital, já que existe uma diversidade de atividades e estilos de trabalho, o que leva uma diversidade de culturas do trabalho, que apresentam a maneira como o homem se faz homem no espaço tempo em seu percurso histórico e dentro deste percurso, os diversos elementos conformadores que interferem na formação e constituição humana e na sua maneira de fazer e pensar a economia.

Sendo economia proveniente do grego Oikos, que significa casa, o que dizer dos “sem-teto”? Eles também fazem economia?

No quinto fragmento, a autora declara que para os moradores-trabalhadores de rua, casa pode ser/estar em qualquer praça, marquise ou calçada, e que eles reaproveitam o lixo da elite, criando variadas estratégias de trabalho e de sobrevivência. No entanto o seu fazer econômico, se encontra na perspectiva econômica, pois estes, estão à margem da sociedade, logo entram na estatística da informalidade, a mesma informalidade em que se encontra a economia popular, a economia doméstica, a velha arte ou técnica de administra as tarefas do lar, a economia que encontramos nas periferias da cidade. No entanto essa divisão entre o que é “trabalho formal” e “trabalho informal” nada mais é do que uma forma de controle do Estado sobre o empreendimento econômico.

Ao excluir a economia popular, as ciências econômicas, como afirma Tiriba, concentram-se apenas nas atividades econômicas que estimulam a competitividade do mercado de trabalho, tornando esses atores sociais invisíveis e transformando-os em modelos a não serem seguidos, pois dentro da perspectiva neoliberal, o estereótipo é de um estilo de vida, onde de pobreza é tratada como falta de empenho e preguiça, pois quem deseja “ser alguém na vida” precisa se esforçar.

Sendo assim, a autora, conclui, que o processo educativo deve se apresentar no contexto das relações econômicas vivencias pelos alunos, como meio de desvendar os segredos da economia capitalista e proporcionar reflexões que levem a um novo fazer econômico, que os oriente a outras maneiras de produzir, distribuir e consumir, tendo como perspectiva uma nova cultura do trabalho, uma nova cultura econômica.

2) Com base nos textos Economia política: da origem à crítica marxiana, de José Paulo Netto e Marcelo Braz, e História do pensamento econômico (pp. 25-84) de Hunt, responda as seguintes questões:

a) que movimentos precursores do socialismo surgiram antes do século XIX?

De acordo com o texto de Netto, com a nova posição tomada pela burguesia, que antes lutava em busca de uma sociedade igualitária, ao estabelecer seu domínio, abandona seus ideais emancipadores da cultura ilustrada (igualdade, liberdade e fraternidade) e mantém uma postura de conservação. As classes que antes lutavam ao lado da burguesia, agora passam a ser por ela dominadas e buscam retomar tais ideais, fazendo surgir os movimentos de classes sociais, revelando um novo cenário de confrontos, agora composto pela burguesia versus a classe trabalhadora (proletariado). Um primeiro movimento revolucionário, surgido na Inglaterra, conhecido como movimento ludista, lutava contra a mecanização das indústrias, mas logo foi derrotado e em seguida substituído pelo movimento cartista, que se fundou na luta pela inclusão política da classe operária e baseava-se em cartas escritas pelos radicais intitulada Carta do Povo, e enviada ao Parlamento Inglês.

Neste contexto, a Economia Política Clássica entra em crise e surgem duas novas linhas teóricas: uma investigada pelos pensadores da classe burguesa e outra pelos intelectuais da classe operária. As primeiras teorias originaram o socialismo utópico, onde a classe trabalhadora expressa uma ideologia própria, com um pensamento liberal, criticado por Marx e Engels, como sendo insuficientes para sustentar uma ideologia libertadora.

b) Que críticas Marx e Engles fazem ao socialismo utópico?

Marx objetiva auxiliar na organização do proletariado, afim de que houvesse uma ruptura da dominação deste pela classe burguesa. Para este fim ele acreditava que era necessário conhecimento rigoroso da realidade social, baseada numa perspectiva onde a verdade e a objetividade fossem cerne, pois desta maneira, o conhecimento não sofreria com interesses de classes, não pode ser baseada numa concepção utópica, como estava vinculada a cultura ilustrada. Essas teorias segundo Marx e Engels, "não atribuem ao proletariado qual quer autonomia histórica, qualquer movimento político próprio". Perceberam que o socialismo utópico, não possuía uma ideologia que provesse condições para libertar o proletariado, não encontrando uma ciência social e leis sociais que fomentasse as condições necessárias de uma igualdade social.

c) Que críticas Marx elabora sobre o pensamento econômico de Adam Smith?

Marx, apoiado por Engels analisa a sociedade burguesa e conclui que esta não é uma organização natural; é uma forma de organização social histórica, transitória. A crítica de Marx vem como superação da Economia Política clássica, incorporando suas conquistas, mostrando seus

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