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PROJETO DE ENSINO GETÚLIO VARGAS: O TIRO QUE ENTROU PARA A HISTÓRIA .

Por:   •  22/11/2018  •  2.914 Palavras (12 Páginas)  •  442 Visualizações

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O país dependia do mercado externo, mas não tinha como manter as políticas anteriores abre mão do processo de importação e amplia o setor industrial, criando novos empregos, para o trabalhismo se consolidava ai as leis do trabalho.

A política de Vargas buscava atingir o seu eleitorado e isso acontecia da forma de sensibiliza-lo. Este homem capitalizava as reivindicações dos grupos ou organizações fez disso sua política, sua promoção pessoal e investiu no meio de divulgar a sua imagem e seus feitos, nasceria então a DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).

Vargas ficou conhecido como um mito, como o pai dos pobres e sabia como domina-los, a massa parecia ser desinformada, os operários manipulados e assim garantia o crescimento econômico com os alicerces das indústrias nacionais. Vargas também fazia sua propaganda por meio do radio, buscava atingir populações distantes, utilizava a hora do brasil.

Seu governo foi marcado também por resistência os militares tiveram grande importância na consolidação da Revolução de 1930, nos principais cargos do governo estavam os tenentes que foram designados representantes do governo para assumirem o controle dos estados, essa medida tinha como meio anular a ação dos antigos coronéis e sua influência. Dessa forma há uma grande tensão entre as velhas oligarquias e os militares interventores. A oposição a Vargas de centrou em São Paulo que apelava ao povo paulistano lutar contra o governo e elaborar uma Assembleia Constituinte. Teve se então a chamada Revolução Constitucionalista de 1932. E Tendo derrotado a oposição, Getúlio convoca eleições para a Constituinte, porém os principais militares do governo perderam seu espaço com os desgastes com os conflitos paulistas e em 1934 uma nova constituição foi promulgada. Esta constituição dava maiores poderes ao poder executivo, com medidas democráticas e bases da legislação trabalhista, aprovou o voto secreto e o voto feminino. Vargas garantia se por meio dessa resolução e o apoio da maioria do Congresso mais um mandato seria ele o Governo Constitucional, uma política voltada para ideais como o fascista introduzido na Itália por Mussolini, defendido pela Ação Integralista Brasileira (AIB), e o democrático a Aliança Nacional Libertadora (ANL), que era partidária à reforma agrária, a luta contra o imperialismo e a revolução por meio da luta de classes. A ANL partindo desse espírito revolucionário e com as orientações do comunismo soviético, tenta um golpe contra o governo de Getúlio Vargas. Em 1935, alguns comunistas brasileiros iniciaram revoltas dentro de instituições, mas devido à falha de articulação e união entre os outros estados, a chamada Intentona Comunista, foi controlada pelo governo. Porém depois dessa experiência Getúlio revela estado de sitio faz uma perseguição aos seus adversários e desarticula a AIB, e ainda consegue anular a eleição que deveria acontecer em 1937, com mais um golpe o chamado plano Cohen ele anula a constituição de 1934 dissolvendo o poder legislativo

“No dia 10 de novembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas, que havia assumido o poder em 1930, reuniu o ministério e, diante dos microfones da Radio Nacional, através do programa A Hora Do Brasil, apresentou ao país uma nova constituição.” (FERREIRA, 2010. p. 15.)

Segundo as palavras do presidente, “a ordem constitucional de 1934, vazada nos moldes claros do liberalismo e do sistema representativo, evidenciaria falhas lamentáveis, sob esse e outros aspectos. A Constituição estava evidentemente antedatada em relação ao espírito do tempo. (Vargas, 1938-1945, p 21 apud Ferreira, 2010, p 15), isso representaria o Estado novo, um novo período diz o autor Ferreira para a história do Brasil atrelado ao movimento que teve o ponto de partida em 1930, um período de ditadura na História do Brasil. Getúlio neste momento tem o apoio do Exército e de outras forças antidemocráticas, mas e o povo? O povo foi comunicado por meio do rádio que havia acontecido um golpe.

“a mudança política produziu um redimensionamento do conceito de democracia norteada por uma concepção particular de representação politica e de cidadania; a revisão do papel do Estado se completou com a proposta inovadora do papel do líder em relação às massas e apresentação de uma nova forma de identidade nacional: a identidade coletiva.” (FERREIRA, 2010. p. 110.)

Para Ferreira o Estado Novo se deu sendo como uma política de massas que se preparou desde o inicio da década. A partir do golpe de estado o seus representantes almejavam a legitimação e apoio dos setores da sociedade, a propaganda, que veiculada pelos meios de comunicação estavam voltados justamente para a população e mais além a integração politica das massas visava o controle de novas bases. Ferreira destaca que o Estado novo tem sido objeto de estudo de muitos historiadores e que este estudo esteja ligado a compreender o fenômeno do autoritarismo no Brasil e faz uma critica quanto aos historiadores do passado que diziam que este momento foi pacifico. “O regime militar contribuiu para o questionamento desse mito e incentivou os estudiosos de nossa história a revisitarem um passado ainda recente a Era Vargas.” (Ferreira, 2010). Buscavam entender esse período. Em novembro de 1937 Vargas fixou a censura aos meios de comunicação, reprimiu a atividade política, perseguiu e prendeu seus inimigos políticos, adotou medidas econômicas nacionalizantes. Franscisco Campos um dos ideológicos mais importantes do estado novo interpretou o regime como uma decorrência politica e necessária. O Brasil participou da Segunda Guerra Mundial contra os países do Eixo, esta participação foi responsável pela contradição do governo Vargas que dependia economicamente dos EUA e possuía uma política semelhante à alemã, porém com a derrota das nações nazi fascistas há um crescimento para a oposição ao governo de Vargas, os soldados iam pra guerra lutar pela democracia, mas seu país não era democrata. Assim, a batalha pela democratização do país ganhou força. O governo foi obrigado a remitir os presos políticos, mais a frente de constituir eleições gerais, que foram vencidas e apoiadas pelo governo, sendo então o novo presidente do Brasil o general Eurico Gaspar Dutra. Seria o fim da Era Vargas, mas não o fim de Getúlio, que em 1951 voltaria à presidência pelo voto popular e para voltar ao poder, utiliza uma estratégia e fica afastado do poder ele assumiu entre os anos de 1945 e 1947, de forma pouco atuante, o cargo de senador federal. Já nas eleições de 1950, retornaria ao cenário político utilizando de alguns dos velhos bordões e estratégias que elogiavam seu antigo governo, como falamos no inicio

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