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História, Cultura e MODA: a indumentária feminina da Bella Époque.

Por:   •  19/10/2018  •  1.665 Palavras (7 Páginas)  •  241 Visualizações

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Com isso podemos citar a segunda onda do feminismo que se desenvolve posteriormente a época relatada a cima na década de 60 até 80, que veem as desigualdades culturais e politicas das mulheres ligadas às estruturas de poder sexista. ”A nova fase identificava o problema da desigualdade como a união de problemas culturais e políticos, encorajando as mulheres a serem politizadas e combaterem as estruturas sexistas de poder.” (GASPARETTO) Onde o preconceito e a discriminação ligada à exaltação exagerada de um sexo, nesse caso o masculino, que irá tratar de forma indigna o gênero feminino. Censura a roupa que a mulher usa, emprega estereótipos através do mesmo.

É como se o caráter da pessoa estive ligado essencialmente e unicamente à roupa que veste, é o mesmo caso de estereótipo em relação a meninos que residem em favelas, de que todos serão bandidos, por que nasceram e se criaram lá, e muitas vezes usam roupas simples. É uma questão de aceitar as diferenças e saber conviver com elas, são inúmeras as situações em que a roupa é fator determinante para julgar a personalidade da pessoa sem conhecê-la.

Podemos refletir as mudanças através da ótica de cada período como o tempo da Bella Époque aonde a mulher ia para as praias com sapatos, meias, extremamente coberta, e hoje a liberdade da mulher do biquíni. Ou ainda as roupas extremamente grossas que elas usavam importadas da Europa no verão de um RJ, que é extremamente quente, e atualmente os shorts, saias, sandálias que usa, até mesmo em seu próprio trabalho. Claro que para a época era algo elegantíssimo, mas era uma forma de expressar que a mulher sempre deveria estar bem arrumada, cabelos impecáveis, senão nem um moço olharia para ela, e é algo que vemos ainda em nosso tempo.

Por fim chegando a nosso século atual, XXI, captamos dois grandes momentos o fortalecimento do capitalismo, e a grande ascensão da internet que nos traz uma imensa orla de quantidade e diversidade do estilo da roupa feminina. A mulher que inicialmente pertencia ao lar, é dona de si, trabalha, vive na correria. Grandes mudanças que ocorreram graças às lutas feministas e evoluções de pensamento onde mulher consegue estudar, ser uma profissional tão boa quanto o homem, ou melhor.

Temos aqui a veneração pelo corpo perfeito, musculoso, definido, que fazem com que homens e mulheres passem horas a fio em academias buscando esse padrão de beleza da sociedade. Exercícios pela busca de saúde são perfeitamente aceitáveis, agora por um padrão de beleza, que lhe é imposto, onde a magreza e o corpo definido reinam, encontramos pelo contrário mais doenças e transtornos do que feitos bons à saúde.

Podemos citar ainda a influência midiática sob as roupas, estilos, decorações, ornamentações que ditam o novo padrão de belo da sociedade brasileira do século XXI, através de representações em novelas de grifes, objetos que fazem ser desejados e indispensáveis a uma mulher. Ressaltando ainda a grande quantidade de propagandas destinas a mulheres e crianças que são os alvos principais de anúncios e outdoors.

A própria propaganda como instrumento de manobra para ressaltar e relembrar o que é BELO na sociedade.

Através dessa apresentação de como as roupas mudam conforme a sociedade evolui vemos que a cultura é dinâmica. E as roupas de antigamente são bases para as inovações futuras, a sociedade antiga deixa o subsídio para a nova ir se formando. Lembrando ainda a reflexão de Terry Eagleton (2005) “todas as culturas estão envolvidas umas com as outras; nenhuma é pura e isolada, todas são hibridas.”. Então influem em como as outras vão se modificando.

Fica claro a perspectiva da influência francesa parisiense na Bela época, que era uma cultura diferente, a exaltação do que é belo, e como algo diferente vai se impregnando na cultura brasileira, não só no modo de se vestir. Citando Kury, Hargreves e Valença para demonstrar que o homem é um ser cultural, sendo tudo que faz uma relação com o meio que vive.

Os homens e mulheres são animais como todos os outros que habitam o planeta Terra, porém são os únicos que possuem cultura. Isto quer dizer que suas ações não são guiadas unicamente pelos instintos biológicos de sobrevivência e de reprodução. Suas ações seguem a lógica própria de cada cultura, ou seja, os diferentes grupos humanos criam para si sistemas de crenças e de valores que dão sentido às suas vidas e orientam as suas condutas. Por exemplo, todas as sociedades humanas definem o que elas acham certo ou errado, bom ou mau, bonito ou feio. Não existe um sistema de valores que seja válido para todos os seres humanos do planeta. (2000:9)

Podemos afirmar que não é possível existir uma cultura sem que haja uma organização social, portanto, é apenas a partir da constituição de uma sociedade, composta de um grupo de pessoas que esta é produzida e, ao longo do tempo, transformada. Barnard analisa o pensamento de Carlyle para quem na visão dele “considera os trajes como tendo papel na produção e reprodução da sociedade.”. (2003:79 apud 1987:48). Logo as vestimentas são parte integrante de qualquer organismo social e, por conseguinte, da sua produção cultural.

Referências Bibliográficas :

CRUZ, Grazielli. Publicado em Moda Feminina. Disponível em: http://www.modafeminina.com.br/post/112-a-evolucao-da-moda-feminina/

MARINHO, Carmem, Publicado em Senac. Disponível em: www.pe.senac.br/ascom/faculdade/edital/.../a_relacao_cultura_moda.pdf

FRANÇA, Fabiane. Publicado em UEM. Disponível em: http://www.urutagua.uem.br/014/14franca.PDF.

FERREIRA, Cintia; BETTA, Edineia. Disponível em: http://www.modadocumenta.com.br/anais/anais/5-Moda-Documenta-2015/04-Sessao-Tematica-Historia-da-Indumentaria-e-da-Moda/Edineia-e-Cintia_Moda_Documenta_2015_FamiliaRenaux.pdf

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