Fichamento: A Revolução das Elites: Conflitos Regionais e Centralização Política.
Por: Hugo.bassi • 28/1/2018 • 5.317 Palavras (22 Páginas) • 490 Visualizações
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C. Incorporação dos jovens tenentes nas questões políticas e pela absorção da parte de seu programa político.
- Isso tudo gera uma nova classe política que emerge ao poder em meio a crise de 1929 com grandes repercussões no Brasil e assim permitir selar a entrada deles em cena com um programa de ideias modernas que os legitimam;
- Em resumo sem grandes mudanças de classes as renovações introduzidas mostram uma aceleração do tempo histórico que apressa transformações já iniciadas e afrouxa as contenções a que vinham sendo submetidas.
- Importante notar a vocação centralizadora e intervencionista na reforma constitucional de 1926, da mesma forma que os direitos trabalhistas e a modernização do exército vinha sendo promovidos. Sobretudo o poder concentrado nas mãos do presidente da república vai desencadear a crise na sucessão quando se quebra o pacto oligárquico para as eleições de 1930. Isso nada mais é que reflexo de tendências que serão ampliadas pelos vencedores após a revolução de 1930.
- Teias de relações pessoais, lealdades e compromissos que se criam entre o número reduzido de membros das elites políticas e assim garantes nos bastidores do governo a coesão suficiente para a sua permanência, o controle e a continuidade do poder. Por isso destaca-se que dependendo da conjuntura histórica e da composição social, etária, regional do grupo pode ser o foco que vai iniciar mudanças não revolucionários, mas pelo menos modernizantes no plano econômico, político e social.
Tese principal da autora: Da diversificação de atores e ideias, resultam os confrontos do pós revolução de 1930 que alcançam seu ponto crítico com a crise de 1932 e sendo acomodados com o golpe de 1937.
Ou seja, as estratégias de centralização comandadas por Vargas e Góis Monteiro têm sua origem na formação das alianças que conduz ao resultado final.
2. Dialética revolucionária
- A industrialização e a urbanização que se ampliam com a primeira guerra mundial criam divergências que a oligarquia não sabe absorver. A república velha incentivava, portanto, mas não resolvia as expectativas de participação política
- A resposta a esse crescimento é a expansão do setor publico que transmite a margem do liberalismo e do federalismo oligárquico. A crise gerada pela sucesso presidencial em 1930 é indicador do empenho de SP para igualar seu poder político em conjunto com a prosperidade econômica de que é beneficiado.
- Marcondes Filho (PRP) – Critica o imobilismo e o tradicionalismo que dominavam o PRP e deste modo a liderança governista revelava-se incapaz de atender as demandas de um novo eleitorado, que vai ser atraído facilmente pela agressividade e dinamismo do partido oposicionista (PD);
- A convivência próspera dos interesses paulistas com a república velha faz reunir os descontentamentos sociais para um sentido antigovernista e populista, levando a rumos que contrariam e ultrapassam o sentido inicial do conflito que era oligárquico e regional.
1º Tempo: Oligarquia contra oligarquia
- Processo revolucionário: Sucessão presidencial.
- A sucessão não vai ser apenas indicio de descontentamento de três estado (MG, SP E RS), mas também reflexo de divergências que atingem as mais antigas e representativas lideranças da república velha. Os políticos mais atingidos são muitas vezes os que envelhecem com o regime que ajudaram a implantar. Trata-se de um conflito que envolve com os centros nervosos das elites da 1º república.
- Linha de frente oposicionista em um primeiro momento:
- Epitácio Pessoa;
- Artur Bernardes;
- Venceslau Brás;
- Borges de Medeiros;
- Assis Brasil;
- Afonso Pena Jr.
- Afrânio de Melo Franco.
- Melo Viana
- Porta-vozes formais desses líderes: Governadores em exercício.
- Cabe a eles postular cargos ou opinar no processo sucessório, compondo as alianças de governo conforme a importância das unidades estaduais.
- Condutores do ritual formal da crise e que também aceleram ou freiam a conspiração revolucionária. A palavra final parte deles. Quem são?
- Antônio Carlos
- Olegário Maciel
- Getúlio Vargas
- João Pessoa
- Grupo Auxiliar – Atua como mediador estratégico na articulação política entre os comandos estaduais dissidentes. Seus acessos direto aos patriarcas, governadores, por meio de suas relações pessoais e cargos de confiança ajudam a acelerar os entendimentos para a dissidência oligárquica. Quem são:
- João Neves da Fontoura
- Batista Luzardo
- Antunes Maciel
- Lindolfo Collor
- Osvaldo Aranha
- Flores da Cunha
- João Daudt de Oliveira
- José Bonifácio
- Francisco Campos
- Odilon Braga
- Carlos Pinheiro Chagas
- Djalma Pinheiro Chagas.
- Esses atores de imediato não queriam modificações nas regras do jogo político, mas sim usar destas regras em beneficio próprio e de seus estados para ter um poder de decisão que se deslocava dos governos estaduais mais influentes para a presidência da república. Esse deslocamento coincidia com a mudança do poder de Minas para São Paulo e que afetava o equilíbrio primitivo
- O fracasso das negociações em 1929 revela algumas mudanças importantes no equilíbrio das forças dos estados hegemônicos;
A. Ofensiva Paulista: No sentido de consolidar sua almejada hegemonia político no plano federal e garantir a continuidade de sua política econômica
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