Fichamento Conflitos e Guerras
Por: kamys17 • 24/11/2018 • 1.486 Palavras (6 Páginas) • 341 Visualizações
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“No tempo das revoluções, ou melhor, depois da derrota de Napoleão [...] os governos das grandes potências tiveram o maior cuidado em evitar conflitos de maior importância entre si, já que a experiência havia mostrado que grandes guerras e revoluções caminham juntas”. (p.88)
“A geração posterior a 1848 foi uma era de guerras e não de revoluções. Algumas delas foram de fato o produto de tensões internas, ou de fenômenos revolucionários ou quase-revolucionários”. (p.88)
“[...] as únicas questões internacionais que contavam eram as relações entre as cinco grandes potências europeias, cujos conflitos pudessem resultar em guerras de maior importância, os seja, Inglaterra, Rússia, França Áustria e Prússia [...]”. (p.89)
“Por mais de 30 anos depois da derrota de Napoleão em 1815, nenhuma das grandes potências havia usado armas entre si, limitando suas operações militares à supressão da subversão doméstica ou internacional, a vários conflitos locais, nem para se expandirem no resto atrasado do mundo”. (p.89)
“As décadas subsequentes viriam a ser bastante diferentes”. (p.89)
“Enquanto as ambições francesas estivessem situadas bem longe, não afetavam particularmente o sistema de poder europeu; mas quando elas tomavam lugar onde as potências europeias estivessem exercitando sua rivalidade, vinham trazer perturbação ao que já era um equilíbrio bastante delicado”. (p.90)
“O primeiro dos mais importantes resultados desta perturbação foi a Guerra da Criméia (1854-56), o acontecimento mais próximo a uma guerra geral européia entre 1815 e 1914”. (p.90)
“Mas antes e durante a fase seguinte da desintegração turca, na década de 1870, o conflito entre potências deu-se essencialmente como um jogo entre dois poderosos e velhos contendores, Inglaterra e Rússia, os outros não desejando ou não podendo intervir de outra forma que não fosse simbólica”. (p.90)
“Os resultados diplomáticos diretos da guerra foram temporários ou insignificantes [...]. Os resultados políticos de longo alcance foram mais sérios”. (pp.90-91)
“O mapa político do resto da Europa viria em breve a ser transformado, processo este facilitado, se não tornado possível, pelas alterações do sistema de poder internacional precipitadas pelo episódio da Criméia”. (p.91)
“Em resumo, com a exceção da Inglaterra, todas as "potências" européias foram substancialmente – em muitos casos até territorialmente – modificadas entre 1856 e 1871, e um novo grande estado, como cedo viria a ser reconhecido, tinha sido fundado: a Itália”. (p.91)
“[...] a década de 1860 foi uma década de sangue”. (p.92)
“O que fez com que este período da história fosse relativamente tão sangrento? Em primeiro lugar, o próprio processo de expansão capitalista global que multiplicava as tensões no mundo não-europeu, as ambições do mundo industrial e os conflitos diretos e indiretos dali surgidos”. (p.92)
“[...] a transferência do sul americano, do império informal da Inglaterra (da qual a indústria do algodão era o pendente econômico) para a nova e definitiva economia industrial dos Estados Unidos. Pode-se considerar esta transferência como um passo precoce mas gigantesco no caminho que, no século XX, levaria a totalidade das Américas da dependência britânica para a dependência americana”. (p.92)
“A Guerra do Paraguai pode ser vista como parte da integração da bacia do Rio da Prata na economia mundial da Inglaterra [...]”. (p.92)
“[...] nesta era clássica de liberalismo econômico, a competição comercial estava mais próxima de independência frente a qualquer apoio governamental do que nunca, antes ou depois”. (p.92)
“[...] estas guerras agora podiam ser promovidas com a nova tecnologia do capitalismo”. (p.93)
“As guerras asiáticas e latino-americanas permaneceram substancialmente pré-tecnológicas, exceção feita às pequenas incursões de forças europeias”. (p.93)
“A tecnologia moderna colocava qualquer governo que não a dispusesse a mercê de qualquer outro que a possuísse”. (p.93)
“Nas Américas havia apenas um poder sem rival, os Estados Unidos que, como já vimos, não se aventurava na área da real rivalidade entre potências”. (p.94)
“[...] a expansão da industrialização produziu outras potências essencialmente industriais e capitalistas além da Inglaterra: os Estados Unidos, a Prússia (Alemanha), e muito antes disso, a França, tendo o Japão se somado mais tarde. Segundo, o progresso da industrialização fez com que, de forma crescente, a riqueza e a capacidade industrial viessem a ser os fatores decisivos no poderio internacional, diminuindo assim a posição relativa da Rússia e da França e aumentando a da Prússia (Alemanha)”. (p.94)
“De mais a mais, a estrutura formal internacional passou a divergir da estrutura real. A política internacional tornou-se política mundial, na qual pelo menos duas potências não-europeias iriam intervir de fato, embora isso não fosse evidente até o século XX”. (p.94)
“Nossa própria geração, que pode olhar para trás no momento que escrevemos e ver quase 30 anos sem guerras entre as grandes, ou mesmo médias
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