A Guerra Fria e a Escalada nos Conflitos Regionais

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Devido a estreita visão americana e soviética no campo das relações internacionais, os compeliam a operar de forma binária, de modo que qualquer “vitória” de um dos campeões de uma das duas ideologias significava uma incomensurável perda para a superpotência “derrotada”. Isso se dá, principalmente pela a interferência externa por parte desses protagonistas globais, impedidas de confrontar diretamente por meio das próprias armas, uma vez que como os avançados armamentos termonucleares possuídos por ambos assegurarem uma destruição mutua neste caso. Então, as guerras por procuração travadas neste período somente representavam um conflito no “campo ideológico”, onde o objetivo não eram vantagens matérias que poderiam ser obtidas com o conflito em si, mas sim uma vitória subjetiva nos termos da expansão de sua zona de influência e consequente esfera/modelo econômico.

Também é importante ressaltar, ao meu ver, que inúmeras intervenções em nível global fazem com que sejam necessários uma grande quantidade de recursos econômicos e políticos em ambos países. Esse “investimento” que não necessariamente proporcionaria um retorno dos recursos empreendidos. Tal realidade levaria a deterioração da situação política e econômica, visto que muitas das vezes esses conflitos se arrastariam sem uma resolução e mesmo que se chegasse a uma, não haveria um retorno que compensassem esse dispêndio.

Penso que, também mas não somente, devido a essas questões, o atrito causado por essas intervenções, em consonância como outros fatores, engendraram as condições que levaram a uma mudança na visão de como as superpotências encaravam o conflito em que se encontraram. Tal mudanças, de forma lenta, que os conflitos não mas fossem polarizados entorno dessa ótica binaria e rígida, engendrando, aos poucos, as condições que levaram à dissolução da União Soviética e ao fim da Guerra Fria.

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