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Escola dos Annales

Por:   •  8/2/2018  •  1.391 Palavras (6 Páginas)  •  372 Visualizações

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Peter segue falando do período em que se encontravam diariamente, 1920 a 1933, a nomeação de ambos e o local de trabalho foram de extrema importância para o movimento, mais importante foi o fato de estarem cercados por um grupo interdisciplinar.

Após a primeira guerra mundial, quem incialmente teve a ideia de criar uma revista foi Febrve, porém com muitas dificuldades acabou que o projeto foi abandonado, Bloch retomou a iniciativa e obteve sucesso. Em 15 de janeiro de 1929 houve a primeira publicação, nela explicava que a revista havia sido planejada muito tempo antes e que lamenta as barreiras existentes.

A partir 1930 o grupo de Estrasburgo separou-se, Febvre em 1933 e Bloch em 1936. “Pouco a pouco os Annales converteram-se no centro de uma escola histórica. [...]” (p. 42), entre o período de 1930 e 1940, Febvre escreveu a maioria dos seus ataques aos especialista canhestros e empiricistas e defendendo “um novo tipo de história”. Bloch teve uma carreira curta, morreu em 1944, fuzilado pelos alemães. Terminando o capítulo numa análise sobre a obra de Febvre.

O terceiro capítulo aborda sobre a segunda geração dos Annales, denominada “A era de Braudel”. Após a morte de Lucien Febrve, Fernand Braudel passou a assumir a liderança dos Annales. Não há como falar de Braudel sem citar sua digníssima obra: “Felipe II e o Mediterrâneo”, seu tese foi interrompida no período em que foi contratado para lecionar na universidade de São Paulo, onde na volta, conheceu Febvre que propôs que o nome de sua tese deveria ser “Mediterrâneo e Felipe II”, tal tese foi publicada quando Braudel já estava na liderança dos Annales.

O mediterrâneo é um livro de grandes proporções, tendo em torno de 600 mil palavras, Braudel pouco tinha a dizer sobre história das mentalidades, atitudes ou valores, em sua obra seu maior foco são as mudanças econômicas, sociais ocorridas a longo prazo e também se preocupava em situar indivíduos e eventos num contexto. Braudel apresenta a geo-história como diz Burke “A verdadeira matéria de estudo é essa história “do homem em relação ao seu meio”, uma espécie de geografia histórica ou, como Braudel preferia denominar, uma “geo-história” (p. 54), para Braudel a geografia e o tempo são indispensáveis influências na história.

Umas das mais importantes contribuições de Braudel foi à inovação no conceito de tempo, que para ele é controlado entre eventos de curta e longa duração. A desestabilidade ameaçava a continuidade da revista, que ainda guardava sinais da centralidade de Bloch e Febvre, tendo em vista isso, Braudel que passou a assumir a liderança, propôs uma renovação dos Annales, com isso recrutou jovens historiadores. Então, a revista passa ganhar ares de escola, as perspectivas dos historiadores recrutados moldaram a nova fase dos Annales. Braudel influenciaria toda uma geração os estudos que não seguiam suas perspectivas, em partes eram influenciados.

Conclusão/Opinião pessoal

O autor expõe o texto de uma forma concisa e coerente a trajetória da historiografia dos Annales e suas contribuições, não se contentado apenas com a historiografia produzida pelo movimento, Peter em sua obra apresenta uma mini biografia dos principais integrantes dos Annales, atenuando também as principais obras de tais integrantes.

O livro de Burker não é o único a aborda o tema, no entanto é o livro mais bem sucedido do que esse movimento foi e significou para história e para os historiadores. A ideia de interdisciplinaridade foi algo que fez com que a história tivesse um grande avanço, e fez com que historiadores futuros se voltassem para tal ideia, o livro de Burker e a história dos Annales são de suma importância para historiadores, por que dessa obra podem ser retirados inúmeros conhecimentos que levaram a mudança no pensamento e na forma de escrever história e serão levados para toda a vida de um discente. Se hoje a história e tão vasta, devemos isso ao movimento que revolucionou a historiografia, principalmente aos seus fundadores, Bloch e Febvre, que abriram um leque de possibilidades e ideias para a criação de um história problema que vem trazendo frutos até nos dias atuais. Como o autor, Peter Burke disse: “A historiografia jamais será a mesma”, nisto ele tem toda razão.

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