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A Pré-história

Por:   •  31/1/2018  •  2.055 Palavras (9 Páginas)  •  280 Visualizações

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assunto ao qual não se costuma atribuir muita importância.

A História pareceria, então, um interesse esquisito de alguém muito estranho. Contudo, para os historiadores, ela carrega uma série de outras possibilidades e entendimentos, faz pensar sobre como e porque as coisas acontecem, como os acontecimentos se efetivam e produzem a realidade, quais as tensões em jogo, quais as vontades presentes.

A História não é um simples conhecimento daquilo que já se passou e perdeu importância ou validade. Para os historiadores são justamente outras possibilidades de explicar o universo social que provocam o fascínio, e mostram que a História vai além desse estranho gosto pelo passado morto.

Quando um historiador escolhe um tema de estudo, passa a recolher materiais sobre o assunto sobre o mesmo. A matéria-prima do historiador é as fontes como: documentos oficiais do Estado, publicações em geral (livros, revistas, jornais), depoimentos de pessoas, documentos de polícia, laudos médicos, roupas, canções, fotografias, filmes, pinturas, desenhos e vestígios arqueológicos, enfim, indícios a partir dos quais o profissional de História tentará conhecer melhor seu tema e responder às perguntas que faz esse tema.

Pré-história:

Antes da formação dos povos, isto é, antes da Antiguidade, os homens viviam tão atrasados que não possuíam a escrita. Sabemos de sua existência e do seu modo de vida pelos utensílios e instrumentos encontrados, como facas, machados e restos de habitações, algumas chamadas lacustres, pois eram construídas sobre estacas, nos leitos dos lagos. Essa época, anterior à Antiguidade, e em que o homem ainda não conhece a escrita chama-se Pré-história.

São dos tempos pré-históricos os monumentos megalíticos (palavra grega que significa pedras gigantescas), pois eram feitos com grandes blocos como os dolmens (mesas de pedra) e os meníres, pedras dispostas em posição vertical, formando, muitas vezes extensos alinhamentos. São também da Pré-história os sambaquis ou ostreiras: amontoados de cascas de ostras, deixados pelo homem primitivo. Citam-se ainda os vasos de barro e as inscrições lapidares, isto é, feitas na pedra, reproduzindo principalmente, em curiosos desenhos a figura de animais.

No começo da Pré-história os utensílios e as armas eram de uma pedra, o sílex, apenas lascada. O homem do período da pedra lascada ou paleolítico vivia da caça da pesca e da coleta do mel e de frutos silvestres. Era também troglodita, palavra que significava habitante da caverna. No fim desse período o homem empregou o osso na confecção de muitos objetos, como arpões, anzóis e agulhas. Inventou-se ainda o arco e a flecha, arma de arremesso conhecida por quase todos os povos selvagens. Também foi usado pelos civilizados: durante a Idade Media, tiveram os ingleses a fama de excelentes arqueiros e, numa guerra contra a França (guerra dos cem anos), chegaram a derrotar a cavalaria francesa.

Mas a maior descoberta do período paleolítico foi a de produzir fogo. É possível que, durante muito tempo, o homem primitivo tenha procurado conservar o fogo que encontrou, talvez provocado pelo raio ao cair na mata ressecada ou pelo atrito de duas pedras entre folhas secas num dia de muito calor. Mesmo depois que o produziu, evitava que se apagasse, pois eram muito penosos os processos conhecidos para obtenção da chama.

Quando o homem começou a polir a pedra, já possuía certo adiantamento: começa então o período neolítico ou pedra polida. Foi no neolítico que se usou o barro para fazer vasos, panelas e outros utensílios domésticos, o que deu origem à indústria da cerâmica. Com o barro começou também a arte da construção. Depois de haver vivido, durante milhares de anos, como troglodita (habitante de caverna), o homem primitivo, já no período neolítico, passa a fazer a sua morada: primeiramente levanta as paredes num traçado de ripas ou paus roliços: depois cobre esse traçado com barro, ao qual mistura palha para dar maior resistência à massa. Esse é ainda hoje o processo usado na construção de casas modestas pelo interior do Brasil.

Pertencem ainda ao período neolítico as aldeias lacustres ou palafitas, agrupamentos de casas, geralmente construídas nos leitos dos lagos e ligadas à margem por uma ponte. Também na América se encontram palafitas, mas muitas delas eram construções recentes dos índios da época do descobrimento (Idade Moderna). Os espanhóis viram essas palafitas no Norte da América do Sul, no lago de Maracaibo: lembraram-se então de Veneza, cidade da Itália, onde há casas edificadas sobre ás águas e deram ao país o nome de Venezuela, palavra espanhola que significa Veneza pequena.

No período neolítico o homem fez notáveis progressos: a maior deles foi a prática da agricultura. Ao contrário da caça e da pesca, sempre de resultados duvidosos, a atividade agrícola garantiu ao homem primitivo maior bem-estar, permitiu que ele guardasse reservas para o futuro e fixou-o ao solo, tornando-se sedentário. Contudo, houve também no período neolítico os que se dedicavam ao pastoreio e continuaram nômades, sempre à procura de novas pastagens. Somente pôde haver pastoreio depois que o homem conseguiu domesticar certos animais como o boi, o carneiro e o cavalo além do cachorro.

Outra conseqüência da domesticação dos animais foi o aparecimento do primeiro tipo de transporte terrestre: o objeto que se queria transportar era colocado sobre as pranchas ou diretamente atrelado ao animal que o arrastava. A prancha primitiva ainda se pode ver hoje nos trenós, usados para deslizar sobre o gelo. Mais tarde o homem do neolítico imaginou colocar sob a prancha a roda e, desse modo criou o carro. Na América o índio não conheceu a roda nem o carro porque não havia o animal de carga: o bisão na América do Norte permaneceu selvagem e o Ihama, dos Andes, não suporta grandes pesos.

Outra grande invenção do período neolítico foi o tecido, pois foram encontradas rocas (instrumentos de fiar) nas aldeias lacustres. Para inventar o tecido o homem primitivo inspirou-se provavelmente no que viu na natureza: o ninho do pássaro, a teia da aranha ou a fibra traçada do coco. Como matéria-prima empregou o algodão (Egito), o linho e a lã do carneiro.

Somente muito mais tarde o homem primitivo substituiu o uso da pedra pelo metal. Primeiramente utilizou o cobre, cujo nome se deriva de Chipre, ilha do mar Mediterrâneo, onde ele era muito abundante. Nem sempre, porém, era o cobre encontrado puro na natureza; para separá-lo de outros minerais, tiveram a idéia de recorrer ao fogo. Surgiu assim a metalurgia, uma das mais importantes invenções de todos os tempos: o metal, reduzido

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