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Utilazação dos espaços públicos para lazer

Por:   •  26/4/2018  •  2.366 Palavras (10 Páginas)  •  314 Visualizações

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Praça N. Sra. da Penha em foto de 1908. Ao fundo, o Externato São Vicente de Paulo, das irmãs vicentinas, ainda um edifício térreo, antes da reforma. Este era o único caminho para qualquer viajante que fosse do sul ao norte do país, de S. Paulo à então capital, Rio de Janeiro.

Porém, outra história sobre a fundação da Penha é contada, diz-se de um viajante que pernoitou em uma colina para descansar, ele tinha na bagagem uma imagem de Nossa Senhora da Penha. Seguiu viagem no dia seguinte, mas logo sentiu falta da santa, voltando para buscá-la. Partiu e léguas a frente, percebeu novamente a ausência da imagem. Encontrando-a outra vez na colina, o viajante concluiu que aquele fora o local escolhido pela santa para ficar, então construiu uma capela.

A fundação da Penha é incerta, mas a data mais citada é a de 5 de setembro de 1668, quando foi concedida uma sesmaria ao padre Mateus Nunes da Siqueira que, conforme esclarece o próprio documento, já possuía uma fazenda no local e que havia, por iniciativa de seu irmão, o padre Jacinto Nunes da Siqueira, construído uma capela para Nossa Senhora da Penha. O primeiro documento de fé data de 1667, referente a uma doação em testamento à igreja.

Segundo Maria Cândida Vergueiro Santarcangelo, no livro Penha de França 1668-1968, também a primeira igreja da Penha pode ter sido construída mais cedo do que a data oficial indica. “Muitos moradores deixavam a vontade expressa de serem sepultados na Igreja de Nossa Senhora da Penha de França, como era costume de outrora. Alguns testamentos datavam da primeira metade do século 17, o que faz supor que a capela tenha sido erguida entre 1630 e 1650”. Curiosamente, permanece gravada no pórtico de entrada da igreja a data 1682. De acordo com Bomtempi, essa inscrição foi feita na reforma de 1937. “Nessa época, não haviam documentos que comprovassem a verdadeira data de fundação” (SANTARCANGELO, 2011).

Os moradores cultivam até hoje a devoção a Nossa Senhora da Penha, reunindo-se anualmente para festas, realizadas no dia 8 de setembro, dia da natividade da santa.

Conforme MARQUES (1999), esta e a origem primeira do bairro:

[...] Se os jesuítas procuravam locais estratégicos para seus aldeamentos – e é correto supor que procuravam - a colina, cerca de oito quilômetros a leste de Piratininga, não poderia ser negligenciada. Pois, como ressaltou Aroldo de Azevedo, em sua tese para ingressar como professor na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, “a colina da Penha ergue-se, com destaque, no meio de regiões baixas e de várzeas”.

A “individualidade geográfica” – também palavras do Professor Azevedo - é ressaltada pelas colinas próximas - como a do Cangaíba - e pelos cursos d’ água que circundavam o aldeamento - o Tietê e os ribeirões Guaiaúna, Aricanduva e Tiquatira, com seus afluentes. (MARQUES, 1999, P. 12).

A Penha de França, ou simplesmente Penha, é um distrito da região leste da cidade brasileira de São Paulo. O bairro é conhecido pelos inúmeros templos das mais diversas religiões. A arquitetura da região também chama a atenção de quem passa pelo bairro, é possível ver construções típicas do século XIX, com uma área de 11.3 km², população de 120.000 hab., a densidade demográfica 104,14 hab. por km², renda media de R$ 1250,00 o IDH de 0,865 .[ 1]

1 - Fonte: IBGE - Censos demográficos 1980, 1991, 2000 e 2010 - Elaboração: SMDU/Deinfo, disponível em http://infocidade.prefeitura.sp.gov.br/htmls- acesso as 07h00 - 30/10/2016.

- Ocupação do espaço de laser e esportes

Por falta de espaço público de laser nos bairros periféricos na cidade de são Paulo, como em outras grandes metrópoles brasileiras, resta ao povo menos favorecido utilizar

para a pratica de esporte e laser as áreas de várzeas disponível para a população, fator este gerado pela especulação imobiliária, de quem produz o espaço urbano (CORREA, 1989), analisa as causas da segregação do espaço urbano:

[...] o espaço urbano capitalistas – fragmentado, articulado, reflexo, condicionante social, cheio de símbolos e campo de lutas – é um produto social resultado de ações acumuladas através do tempo, engendradas por agentes que produzem e consomem espaços. São agentes sociais concretos, e não um mercado invisível ou processos aleatórios atuando sobre um espaço abstrato. (CORREA, 1989 p. 11)

Essa situação é agravada, sobretudo se considerarmos que as camadas mais pobres da população vêm sendo, afastadas dos serviços e dos equipamentos específicos – justamente as pessoas que não podem contar com as mínimas condições para a prática de esporte em uma academia com profissionais de educação física para a orientação.

- Área de lazer e esportes no piscinão Rincão

A área em questão esta localizada entre as estações Penha e Vila Matilde, possui aproximadamente 100.000 m² e é de propriedade pública. Após as obras do metro a área permaneceu desocupada, um matagal abandonado eventualmente cortado para receber espetáculos circenses.

[pic 2]

A falta de espaços de lazer e pratica de esporte fez com que a população do entorno e mobilizasse através das associações do bairro e conseguisse a concessão de uso do espaço para atividade de lazer.

Aos poucos foram instalados pela comunidade, campo de futebol, com vestiários, quadra poliesportiva para futebol society, quadra poliesportivas para voleibol, quadra de futebol de área, quadra coberta de malha, pista de bicicrosss, playground, pista de Cooper, lanchonetes com área coberta, instalações sanitárias, área coberta com mesas para jogos.

[pic 3]

Parque Rincão

O local de lazer, batizado “Parque do Rincão”, passou a ser frequentado por cerca de 1000 pessoas diariamente, além de ser usado para aulas de educação física e lazer das escolas e creches mais próximas.

Apesar das mobilizações contra o projeto do piscinão Rincão, este foi executado, e o projeto dos equipamentos de lazer previstos, não foram executados, ficando exposto o esgoto e demais detritos ao céu aberto.

[pic 4]

Fonte - oolhoarmado.wordpress.com/2008/10/25- acesso em 15/9/2016

No caso especifico do piscinão Rincão, após um abaixo assinado

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