Moradia, violência, lazer e entretenimento
Por: eduardamaia17 • 2/11/2017 • 852 Palavras (4 Páginas) • 391 Visualizações
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O estudo abordado neste texto diz respeito ao turismo e gentrificação na Zona Portuária da Cidade do Rio de Janeiro em detrimento aos interesses dos moradores. Ele avalia criticamente os possíveis impactos decorrentes da implantação do projeto de conservação urbana da Área Portuária carioca, proposto pela Prefeitura da Cidade e denominado sugestivamente como Porto Maravilha. A “zona portuária” é formada pelos bairros da Saúde, Gamboa, Santo Cristo e parte do Centro, além do próprio cais porto da Cidade. Esses fatores a marcaram gradativamente como local de atividades pouco nobres, apesar de consideradas econômica e socialmente necessárias para a Cidade, bem como de lugar de alojamento de população marginalizada, sendo, por isso, perigoso, insalubre e proibitivo à freqüência da elite carioca.
Na zona portuária do Rio podemos considerar que existe hoje uma massa de moradores invisíveis, moradores de rua, ou mesmo os moradores das comunidades pobres do entorno, que não estão contidos nos projetos de reestruturação urbana. Ou que não serão contemplados com as novas moradias ou poderão ter acesso às novas áreas de lazer, pois estas não estão sendo pensadas para a classe baixa. Mas, contraditoriamente, como afirma Lefebvre, trata-se do espaço onde se realiza a reprodução das relações sociais, o que reflete no encarecimento da vida em todas as suas instâncias, e, porque não dizer, mais uma vez condicionando o acesso ao lazer à situação econômica. Trata-se de exaltar o conflito existente entre a vida cotidiana e suas necessidades de reprodução.
Referência bibliográfica
Santos, T. B. B., & Elicher, M. J. (2013). Turismo e Produção do Espaço na Cidade do Rio de Janeiro. Revista Turismo em Análise, 24(3), 654-675.
www.portomaravilhaparaquem.wordpress.com/2012/05/06/uma-olhar-critico-a-zona-portuaria-do-rio-de-janeiro/ acessado em 20/11/2015
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