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NOVO SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Por:   •  12/1/2018  •  5.318 Palavras (22 Páginas)  •  424 Visualizações

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Antes de atingir este ponto o projeto de classificação gerou várias publicações provisórias, denominadas “Aproximações”, iniciando-se em 1980 com a Primeira Aproximação, em seguida a Segunda Aproximação em 1981, a Terceira em 1988 e a Quarta Aproximação em 1997. A atual publicação (1999) encerra esta seqüência de aproximações e constitui a primeira edição do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, liberada para o uso em levantamentos de solos, no ensino e na pesquisa.

É importante ressaltar que os aperfeiçoamentos e os ajustes continuarão, à medida que o sistema for sendo utilizado e acompanharão, como sempre, a evolução do conhecimento na área de Ciência do Solo e disciplinas correlatas.

Organização e Lógica do Sistema

A presente edição do sistema é o início de uma nova fase de classificação dos solos brasileiros, cuja estrutura e organização acompanha os padrões taxonômicos mais correntes atualmente no mundo, mantendo paridade e correlações entre classes definidas nos principais sistemas existentes.

O sistema de classificação é apoiado no conhecimento das características e propriedades dos solos, que definem os atributos diagnósticos, levando em conta a natureza e a constituição dos diversos solos, identificando classes distintas, diferenciadas por um conjunto mais ou menos homogêneo de propriedades.

O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos é estruturado em 6 níveis categóricos, do 1º nível (correspondente à Ordem), ao 6º nível (correspondente à unidade classificatória mais homogênea, denominada “série”). A seqüência, da Ordem até a Série, caracteriza um sistema hierárquico, multicategórico, em níveis de abstração gradualmente descendentes, do mais genérico ao mais específico. Nesta estrutura, todos os solos brasileiros são classificados em 14 classes no 1º nível (Ordem), de acordo com os grandes processos de formação que lhes deram origem, que por sua vez se subdividem em 44 classes no 2º nível (Subordem), conforme a intensidade de atuação destes processos, em 150 classes no 3º nível categórico (Grande Grupo) com base nas propriedades resultantes de processos pedogenéticos, como tipo e arranjamento de horizontes, atividade da fração argila, saturação por bases, por alumínio ou por sódio e teores de sais solúveis e 580 classes no 4º nível (Subgrupo) diferenciadas por critérios de conceito central de classe (solo típico) e características intermediárias ou extraordinárias (solos transicionais). Nos 5º e 6º níveis categóricos (Famílias e Séries, respectivamente), definidas com base em características e propriedades relacionadas com o uso e o manejo dos solos, o número de classes é imprevisível, pois, somente com o uso do sistema, novas classes serão identificadas, descritas e relatadas em todo o país.

Como Classificar

A classificação de um solo é obtida a partir dos dados morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos do(s) perfil(is) que o(s) representa. Vale ressaltar que descrições morfológicas criteriosas e dados analíticos de qualidade são fundamentais para a definição de atributos e horizontes diagnósticos utilizados na classificação de solos.

Recomendam-se os métodos analíticos adotados pela Embrapa Solos, descritos no Apêndice E do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, ou de outras instituições que adotam os mesmos métodos ou com eles se correlacionem.

Um solo pode ser facilmente classificado, utilizando-se a chave de classificação. Para entrar e prosseguir na chave existem regras e pressupõe-se que os usuários do sistema tenham o conhecimento mínimo necessário sobre as conceituações e definições básicas que constituem os alicerces do sistema.

Antes de entrar na chave é necessário identificar no perfil, em primeiro lugar, os horizontes diagnósticos superficial e subsuperficial, o tipo de atividade da argila, o valor da saturação por bases ou por alumínio, o gradiente textural (medida do acréscimo de argila da superfície para a camada imediatamente abaixo), além de características de cor, estrutura, cerosidade, teores de óxidos e propriedades químicas e mineralógicas à medida que estes dados vão sendo solicitados na chave.

A chave de classificação é organizada de tal maneira que cada classe tem precedência sobre a que se segue, isto é, a classificação de um solo é concluída quando é encontrada, na seqüência da chave, a primeira classe cuja definição e cujos requisitos incluam o solo que está sendo classificado.

Assim, deve-se proceder passo a passo, ou seja, uma vez encontrada a classe de 1º nível categórico, passa-se ao 2º nível e assim sucessivamente.

Enfatiza-se que o processo de classificação até o nível categórico desejado deve obedecer à seqüência da chave, passo a passo, procurando-se evitar conclusões subjetivas e atendo-se estritamente aos requisitos que definem as classes em qualquer nível categórico. A classificação correta do perfil de solo é obtida por eliminação, optando-se pela primeira classe, na seqüência, na qual se enquadre o solo em questão.

Caso o perfil em questão não se enquadre em nenhuma classe definida na chave, enviar ao Comitê de Classificação de Solos da Embrapa a descrição morfológica completa, as análises físicas, químicas, mineralógicas e a descrição do ambiente do perfil (relevo, situação, declividade, geologia, vegetação).

A classificação dos solos pode ser feita nos diferentes níveis categóricos, de acordo com o nível de detalhe do estudo ou do levantamento de solos. Deste modo, recomenda-se o 6º nível categórico somente para levantamentos cartograficamente detalhados ou ultradetalhados, o 5º nível para semidetalhados ou alguns tipos de detalhados de baixa intensidade e o 4º nível categórico para levantamentos de reconhecimento de média e alta intensidades. O 3O nível categórico é mais apropriado para levantamentos exploratórios e reconhecimentos de baixa intensidade em escalas pequenas.

O 1º e o 2º níveis categóricos, são apropriados para os levantamentos generalizados, do tipo mapas esquemáticos, compilações e generalizações de levantamentos mais detalhados.

São apresentadas nas páginas 109 a 114 do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, algumas orientações básicas para classificar corretamente os solos.

Para Que e a Quem Serve

Segundo Camargo e Klinger, em considerações recentes, a “classificação

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