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METRÓPOLE CORPORATIVA E FRAGMENTADA O CASO DE SÃO PAULO MILTON SANTOS

Por:   •  3/10/2018  •  1.542 Palavras (7 Páginas)  •  350 Visualizações

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Ocupação Periférica e Reprodução do Centro

Nesse segundo capitulo o autor aborda o problema habitacional na grande São Paulo, revelador da profunda crise em que vive a sociedade urbana, cuja paisagem reflete “uma estrutura socioeconômica flagrantemente inigualitária” (SANTOS, p. 43).

Portanto os dados referentes à região metropolitana, muito aquém da importância do problema, levam os autores, de acordo com Milton Santos, a privilegiarem o município e, desta forma, são analisados na obra: a distribuição e localização de domicílios; distribuição de favelas e números de favelados; número de unidades habitacionais construídas; relação entre renda familiar e distância a partir do centro da cidade de São Paulo; distribuição de hospitais e leitos segundo zonas; entre outros indicadores sociais.

Conclui-se que segundo o autor os dados refletem: o número crescente de famílias que vivem em casa própria, mas entre essas se incluem as favelas e as autoconstruções de população que vive em domicílios em situação de amontoamento com os déficits habitacionais nas periferias.

No entender de (SANTOS,p49), a problemática da habitação popular foi a disseminação dos chamados loteamentos “clandestinos”, irregulares ou ilegais, sem a menor condição de habitabilidade; a aglomeração dos pobres na periferia e os contrastes com o centro, onde os recursos sociais e em infraestrutura são evidentemente concentrados a dependência dos pobres da periferia com as áreas centrais, para o trabalho e serviços especializados; e os cortiços, antiga presença na paisagem paulistana, demonstrando condições subumanas de moradia da população, aumentando assim os contingentes forçados a morar em favelas e cortiços.

Imobilidade Relativa e Fragmentação da Metrópole

Já no terceiro capítulo, o autor descreve a problemática dos transportes e o princípio da fragmentação do espaço na Grande São Paulo, evidenciado pela capacidade de mobilidade da população nas questões de transportes e de moradia.

Segundo o autor constatou-se que, de 1970 a 1985, o número de carros da Grande São Paulo multiplicou o que respalda sua tese de que “o automóvel é o dados sobre o sistema metropolitano de transportes públicos e particulares e o número conforme pesquisa de trabalhadores na distribuição do solo, limitadas ao setor fabril, ou seja um grande número de pessoas na aglomeração ligados ao trabalho, evidenciando a preferência (forçada) dos usuários pelo transporte coletivo sobre pneus e a importância considerável do transporte individual que tende a crescer em países subdesenvolvidos, com isso agravando a carga do tráfego sobre as vias urbanas, exigindo mais vias e consumindo mais combustível que os ônibus ou trens e metrôs.

Ainda segundo Santos, a relação é inequívoca entre nível de renda e meios de transporte, ou seja, quanto mais pobre o indivíduo, mais dependente ele é dos transportes coletivos, frequentemente precários e pelos quais paga uma parcela significativa dos seus ganhos, haja vista que o aumento do custo dos transportes é maior. Os dados indicam como são numerosos os movimentos diários de pessoas na aglomeração paulistana.

Crise Fiscal ou da Metrópole Corporativa

A Realidade como Tendência

O Que Aponta o Futuro

Nesse último capitulo Milton Santos aborda sobre a tendência futura dos grandes problemas que afligem a Grande São Paulo, o autor busca compreender a situação da época, analisando os dados com o objetivo de encontrar as tendências e onde estas se encontram, para chegar às raízes dos problemas.

A partir daí, numa visão socioeconômica global, aponta: zonas favorecidas onde moram os ricos e os de classe média; áreas de residência de operários, as quais apresentam índices positivos; disparidades intramunicipais, municipais e sub-regionais no tocante aos gastos por habitante; o papel de São Paulo como lugar central de trabalho dos moradores das periferias e lugar de importância das relações mantidas entre os núcleos periféricos; o isolamento dos lugares periféricos e seus habitantes, quanto à distribuição das linhas de ônibus; e a evolução favorável da região do ABC e em outros municípios do sudeste, onde o investimento social é mais elevado do que na Região Metropolitana. Dando seguimento à sua análise, Santos aponta três tendências. A primeira indica certo influxo dos transportes coletivos, favorecido por programas de ampliação da frota de ônibus e melhoria de corredores de tráfego. Nesse âmbito, observa Santos a displicência das metrópoles diante de graves problemas emergentes, tarefa assumida por instituições extra-regionais ou internacionais, como o Banco Mundial; a segunda tendência assinala a “fortificação” - também chamada pelo autor de guetos às avessas - dos bairros de classes médias e dos segmentos mais afastados da população, motivada, principalmente, pela violência urbana; como última tendência, a criação de uma vida local regional em certos setores da periferia, ressaltando o autor a importância do fato, pois que “[...] a densidade da população e dos trabalhadores junto a organizações sociais oferece a possibilidade de transformar

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