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FICHAMENTO GEOGRAFIA ECONÔMICA

Por:   •  25/10/2018  •  1.654 Palavras (7 Páginas)  •  254 Visualizações

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Gramsciem seus Cadernos do Cárcereobservou que o americanismo e o fordismo, equivaliam "maior esforço coletivo até para criar, com velocidade sem precedentes, e comuma consciência de propósito sem igual na história, um novo tipo de trabalhadore um novo tipo de homem". Os novos métodos de trabalho "são inseparáveis deum modo específico de viver e de pensar e sentir a vida".(p. 121)

Ford acreditava que o novo tipo de sociedade poderia ser construído simplesmentecom a aplicação adequada ao poder corporativo. [...]sua crença no poder corporativo de regulamentação da economiacomo um todo que a sua empresa aumentou os salários no começo da GrandeDepressão na expectativa de que isso aumentasse a demanda efetiva, recuperasseo mercado e restaurasse a confiança da comunidade de negócios.Mas as leis coercitivasda competição se mostraram demasiado fortes que Ford foi forçado a demitir trabalhadores e também cortar salários.(p. 122)

O quase colapso do capitalismo na década de 30 fez com que as sociedades chegassem a uma nova concepção da forma e uso dos poderes do Estado – NewDeal de Roosevelt para salvar o capitalismo. [...] A estase democrática dos anos 20(embora vinculada a classe) tinha de ser superada, muitos concordavam, por umpouco de autoritarismo e intervencionismo estatais. [...] Num contexto confuso que o autor nos faz compreenderas tentativas altamente diversificadas em diferentes nações-Estado dechegar a arranjos políticos, institucionais e sociais que pudessem acomodar a crônicaincapacidade do capitalismo de regulamentar as condições essenciais de suaprópria reprodução. (p. 124)

.O problema da configuração e uso próprios dos poderes do Estado só foiresolvido depois de 1945. Isso levou o fordismo à maturidade como regime deacumulação plenamente acabado e distintivo.O fordismo se aliou firmemente aokeynesianismo, e o capitalismo se dedicou a um surto de expansões internacionalistasde alcance mundial que atraiu para a sua rede inúmeras nações descolonizadas.[...] O equilíbrio de poder, tenso, mas mesmo assim firme, que prevaleciaentre o trabalho organizado, o grande capital corporativo e a nação-Estado, e que formou a base de poder da expansão de pós-guerraresultou de anos de luta da classe operaria. (p. 125)

Inúmeras disputas sobre a profundidade dessas novas relações de classe que ocorreram, mas, detodo modo, isso por certo variou muito de país para país e até de região pararegião. (p. 128)

[...]o fordismo do pós-guerra tem de ser visto menos como um mero sistema de produção em massa do que como um modo de vida total, também teve muito de questão internacional. (p. 131)

O acordo de BrettonWoods, de 1944, transformou o dólar na moeda-reserva. A América agia como banqueiro do mundo em troca de uma aberturados mercados de capital e de mercadorias ao poder das grandes corporações. Sob isso o fordismo desenvolveu-se desigualmente em todo o globo. [...] As desigualdades resultantes produziram sérias tensões sociais e fortesmovimentossociais por parte dos excluídos. (p. 132)

O Estado aguentava a carga de um crescente descontentamento [...], contudo, minimamente, o Estado tinhade tentar garantir alguma espécie de salário social. (p. 133)

Foi na época 1966-1967, que as políticas de substituição de importaçõesem muitos países do Terceiro Mundo, geraram uma onda deindustrialização fordista competitiva em ambientes inteiramente novos, nos quaiso contrato social com o trabalho era fracamente respeitado ou inexistente. [...] a competição internacional se intensificou à medida que a Europa Ocidentale o Japão, seguidos por toda uma gama de países recém-industrializados, desafiarama hegemonia estadunidense no âmbito do fordismo a ponto de fazer cair porterra o acordo de Bretton Woods e de produzir a desvalorização do dólar.Havia problemas com a rigidez dos investimentos de capital fixo de larga e de longo prazo em sistema de produção em massa que impediam muita flexibilidade de planejamento e presumiam crescimento estável em mercados de consumos invariantes. (p. 135)

Por trás de toda a rigidez específica de cada área estava uma configuração indomável e aparentemente fixa de poder político e relações reciprocasque unia o grandetrabalho, o grande capital e o grande governo. O mundo capitalista estava sendo afogado pelo excesso de fundos;e, com as poucas áreas produtivas reduzidas para investimento, esse excesso significavauma forte inflação. (p. 136)

Novas experiências nos domínios da organização industrial e da vida social e política começaram a tomar forma. (p. 140)

A acumulação flexível o qual o autor trata, é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Apoia-se na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo, [...] ela envolve novas mudanças dos padrões do desenvolvimento desigual, [...] os patrões tiraram proveito do enfraquecimento do podersindical e da grande quantidade de mão-de-obra excedente, com isso impondo regimes e contratos mais flexíveis.As pressões competitivas e a luta por um melhor controle do trabalho levaram quer ao surgimento de formas industriais totalmente novas ou à integração do fordismo a toda uma rede de subcontratação e de “deslocamento” para dar maior flexibilidade diante do aumento da competição e dos riscos (superar a rigidez do sistema fordista). (p. 140-148)

O acesso ao conhecimento científico e técnico sempre teve importância na lutacompetitiva; mas, também aqui, podemos ver uma renovação de interesse e deênfase, já que, num mundo de rápidas mudanças de gostos e necessidades e desistemas de produção flexíveis (em oposição ao mundo relativamente estável dofordismo padronizado), o conhecimento da última técnica, do mais novo produto,da mais recente descoberta científica, implica a possibilidade de alcançar uma importante vantagem competitiva. (p. 151)

Os novos sistemas financeiros implementados a partir

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