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Resenha - Geografia Pequena História Critica

Por:   •  12/10/2017  •  2.253 Palavras (10 Páginas)  •  635 Visualizações

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Capítulo II “O Positivismo como fundamento da Geografia Tradicional”

Retoma a diversidade de definições do objeto da reflexão geográfica tradicional, dando unidade à elas a partir do embasamento no Positivismo, fundando-se filosófica e metodologicamente a essa visão não dialética na prática ciêntifca.

Essa unidade positivista nas múltiplas definições da Geografia e seu campo de estudo, é expressa pela redução da realidade ao mundo dos sentidos e pela aparência do fenômeno, assim, pautado no estudo do que é mensurável, do que é visível.

Dessa forma, a Geografia é posta como uma ciência classificadora de fenômenos, de certa forma à reboque das Ciências Naturais sob a ótica de ciência de contato, vide que nesse momento a Geografia na fala de Sociedade mas sim de População, posta de certa forma em interpretações de que a Geografia seria uma ciência natural dos fenômenos humanos.

Essa visão naturaliza a ação humana e o coloca como mais um dado na paisagem, o que traz certa vaguidade ao objeto da geografia ao passo que a visão e discurso de ciência de contato tenta encobrir tal vaguidade que acaba por ser uma contradição à razão positivista, no sentido de que princípios imprecisos não respondem claramente a realidade.

Nesse sentido a diversidade, até antagonismo, metodológico e a não definição consensual do objeto teórico da Geografia gera inúmeras dificuldades na pesquisa de campo, ao passo que o exercício da própria pesquisa de campo utilizando um conjunto pré-estabelecido de princípios geográficos promove certa unidade ao pensar e fazer geográfico.

A fixação e a aceitação do temário geral da Geografia, ao longo de dois séculos e por sua generalidade e vaguidade, a proporciona a essa ciência a possibilidade de renovar-se, pois a amplitude de seu alcance permite a renovação de perspectivas ao passo das transformações de definições de seu objeto.

Essa possibilidade de renovação dá-se também, segundo frisa o autor, no sentido de que a transformação do objeto da Geografia, sendo a Geografia uma ciência que tende a refletir a realidade, ocorre por que a Geografia se desenvolve dentro de uma sociedade de classes em constante disputa, nesse sentido, sua natureza aparentemente conflituosa no que tange a estreita definição de seu objeto e de um método, é reflexo dessa disputa entre as classes ao fazer sua própria geografia, ou seja, uma Geografia que atenda seus próprios interesses.

Capítulo III “Origens e Pressupostos da Geografia”

Remetendo-se a Antiguidade, onde claramente o pensar geográfico já estava presente nas reflexões dos pensadores em diferentes dimensões e direções, nesse sentido o saber geográfico estava disperso, muitas vezes ligados a outros saberes e conhecimentos à priori; Pode visualizar esse quadro de pulverização dos saberes, hoje no bojo da Geografia, até o final do século XVIII.

A sistematização desses saberes ocorreu no início do século XIX, organizados sob os mesmos pressupostos, fundadores de uma chamada Geografia Renovada ou Geografia Moderna, em consonância com o desenvolvimento das relações capitalistas; De forma objetiva os pressupostos dessa nova geografia passam pelo conhecimento efetivo da extensão real da terra, sobre a diversidade de locais como base empirica para comparações, a cartografia no estabelecimento de rotas comerciais, reafirmação a valorização do temário geral da Geografia.

Nesse momento a expansão dos domínios sobre as mais diferentes regiões da terra, a Geografia, para atender a ampliação do seu objeto de estudo precisar inaugurar uma forma diferenciada de fundamentação e orientação filosófica e metodológica para atender esses novos dados; Nesse sentido a Geografia se renova, lança mãos de uma visão ligada ao mundo feudal, restrita por dogmas para filiar-se à perspectiva de pensadores iluministas, respondendo a questões de determinadas relações sociais como Economia, População e Produtividade ou ligadas as condições ambientais, como adaptação e/ou transformação do meio, fruto sobretudo do avanço capitalista e da transformação das formas de produção e comércio de produtos e serviços.

Nesse período histórico pode-se observar um certo início de utilitarismo, alinhado as necessidades capitalista, da Geografia no sentido de uma nova ciência responder a novos fenômenos frente a uma nova organização social, que impactava na em diferentes esferas tanto na Natureza quanto na Sociedade.

Capítulo IV “A Sistematização da Geografia: Humboldt e Ritter”

No presente capítulo o autor apresenta as particularidades históricas que promoveram o largo desenvolvimento e difusão da Geografia na Alemanha no início do século XIX.

O contexto da Alemanha nesse período é especial por que diz respeito a uma nação, no que diz a união da língua e traços culturais, mas sem unificação de um estado nacional, o que também, atrasa sua industrialização frente a outros países europeus; Quando de sua unificação a Alemanha se vê sem centralização de poderes, o que fortalece os poderes da aristocracia agrária em suas localidades dando início a uma produção também voltada para o mercado porém sem alterar as formas de produção.

Ao surgimento do século XIX, a esperada revolução burguesa, o desenvolvimento das formas capitalistas de produção, comércio e consumo não estão nada perto de ocorrem em função de uma burguesia que se acomodou com a conciliação de classes ao longo da unificação alemã e do laço forte da aristocracia agrária, foi adiada pelo expansionismo napoleonico e seu bloqueio continental que favoreceu o fortalecimento interno da Alemanha, de sua produção e comércio, a partir da “confederação germânica” de 1815.

A questão da geografia ser sistematizada inicialmente na Alemanha se deve as caracteristicas particulares do contexto histórico, desde a não constituição de Estado nacional, a diversidades e afastamento entre os membros e as culturas aproximadas na confederação germânica e a inexistência de uma ponto de convergência economica, entre outros elementos conferem a Geografia uma importância grandiosa nesse período na Alemanha pois o domínio e a organização do espaço eram fundamentais para a existência do Estado e das pessoas que lá habitavam.

Os primeiros formuladores de uma Geografia Alemã, são Humboldt e Ritter.

O primeiro, conselheiro do rei da prussia, de formação naturalista e ampla experiências em

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