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AS IMAGENS ARTIFICIAIS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E NO ENSINO DE GEOGRAFIA

Por:   •  19/2/2018  •  Resenha  •  737 Palavras (3 Páginas)  •  487 Visualizações

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RESENHA

Com uma linguagem de fácil entendimento e bastante rica em seus argumentos e citações, o autor aborda aspectos relevantes no trato da prática do ensino da geografia quando do uso de imagens. Afirma que a análise dos conteúdos imagéticos através de outras vias de percepção torna-se ação indispensável à cognição da aprendizagem, visto que incute olhares críticos antes nunca percebidos ao transcender o estratificado e ultrapassado ensino geográfico tradicional arraigado em conteúdos impressos, sistematizados e ordenados que, de certa forma, ainda mutilam quaisquer tentativas de amostragens diferenciadas.

O artigo mostra o relevante papel que as tecnologias atuais desempenham na facilidade de obtenção e absorção de informações iconográficas, cartográficas, filmográficas, sonoras e informáticas para o estudo das imagens na Geografia, personificando-os como subsídios enriquecedores para todo o processo. Critica a acomodação e descaso com que as escolas encaram a produção e utilização destes apetrechos na combinação do ensino e a posição de certos autores renomados ao privilegiarem formas “estáticas” para a representação do espaço. Alerta também para que os cuidados nos usos de tais ferramentas sejam redobrados, visto que a variedade, velocidade e facilidade podem poluir a didática do ensino, já que estes diferentes recursos e linguagens podem proporcionar vantagens e desvantagens, possibilidades de expansão e limitações.

Com base no que percebe, Sergio Luiz Miranda afirma que há diversas pedagogias de imagens, cada qual com suas diferenças entre os processos descritivos e interpretativos que permitem, durante os processos ordenados da observação, compreensão e interpretação, identificar características individuais, as quais possibilitam melhores conclusões do que se quer mostrar nos contextos abordados.

O uso polissêmico das imagens tem um capítulo próprio no artigo do autor. Ela dá forte embasamento teórico à forma adequada de como trabalhar as imagens no interior das salas de aula e, também, fora delas, tomando como referências categoriais centrais da Geografia e algumas implicações e derivações conceituais.

Com base nessas experiências, demonstra o dinamismo da representação e o uso, quase que infinito das possibilidades interpretativas que o estudo da Geografia permite. Escolhe, dentre tantas, as facetas de interpretação estética e estática, as quais têm, nos cartões postais, o objeto para uma análise única e particularmente visual (aspectos formais) e a ideológica, em que, por meio dos mecanismos psicológicos de identificação e de projeção, incutem outro viés no processo analítico.

A partir daí o autor faz um excelente trabalho ao concluir que a as imagens quando artificializadas em suas cores, tons, formas, ângulos e na utilização dos recursos técnicos hoje disponíveis que podem ser utilizados para se manipular as imagens, despertam interpretações diferenciadas sob diferentes perspectivas.

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