Ensino de Geografia
Por: Juliana2017 • 26/3/2018 • 2.565 Palavras (11 Páginas) • 427 Visualizações
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O processo de ensino-aprendizagem é dinâmico, inseparável de uma ação ou reação. Tal processo ocorre de acordo com a relação que o individuo tem com o mundo, expondo seu ponto de vista mediante os conhecimentos adquiridos desde a face inicial de sua formação. Assim, é importante que o docente compreenda as diferenças e necessidades do aprendiz, em que vise seu crescimento intelectual, social e atuante.
Portanto, é preciso analisar o que leva os discentes a não terem interesses no ensino de Geografia, de não buscar compreender o seu espaço. Esse trabalho visa estudos que verificará se o problema do desinteresse dos discentes no ensino de Geografia é ou não, da prática realizada pelo docente em sala de aula, salientado que o processo de ensino-aprendizagem não é somente de responsabilidade do professor, é algum que envolve a todos, por ser um instrumento que favorecerá a formação de futuros cidadãos que poderão contribuir à construção de uma sociedade com novos fundamentos e percepções.
2 QUESTÃO DE PESQUISA
Como vem ocorrendo à prática pedagógica do/a professor/a de Geografia nos Anos Finais do Ensino Fundamental no Grupo Escolar Senador Ovídio Teixeira, em Caetité/BA?
3 OBJETIVOS DA PESQUISA
3.1 Objetivo Geral
- Analisar a prática pedagógica do/a professor/a de Geografia dos Anos Finais do Ensino Fundamental no Grupo Escolar Senador Ovídio Teixeira, em Caetité/BA.
3.2 Objetivos Específicos
- Identificar as dificuldades teóricas e metodológicas enfrentadas pelo professor de Geografia;
- Identificar os impactos da prática docente no processo de aprendizagem;
- Verificar fatores que dificultam a reflexão do ensino de Geografia de uma forma crítica.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
O processo de ensino e aprendizagem conduz o discente à busca incessante de caminhos que o leve a compreender e entender a dinâmica do mundo ao seu redor, tendo como ponto de partida o seu cotidiano, que o possibilita a uma visão crítica da construção e reconstrução do seu próprio espaço. Nesse sentido, o docente atua como mediador entre o discente e o conhecimento, no qual envolve a formação e do seu significado social. Neste sentido, o professor contemporâneo em constantes atividades vive novos desafios, que o leva a resignificar a sua prática pedagógica. Segundo Rosa (2006, p. 20):
Os programas de formação de professores comprem papel social, podendo contribuir para a inserção dos futuros professores na lógica da ordem social ou para promover a análise crítica da realidade com o objetivo de torná-la melhor.
O ensino de Geografia é produzido pelas questões dos fenômenos sociais, naturais, políticos e/ou geopolíticos possibilitando um conjunto de reflexões, permitindo ao educando desenvolver várias observações relativas à sua própria realidade fazendo uma interação com os conteúdos didáticos da Geografia. Esse estudo visa o entendimento lógico de todo processo de construção do conhecimento, porém, o que está visível é que o ensino de geografia não corresponde a essa realidade em meio à persistência em conteúdos ultrapassados, que não despertam a atenção do discente.
O sistema de ensino público ou particular tem uma função com um grau de importância e responsabilidade elevada referente à formação de futuros atores que irão compor de forma ativa e participativa a sociedade. Oliveira (2002, p. 217) afirma que “ensina-se aprendendo e aprende-se ensinando”. A autora vem dizer que o ensino-aprendizagem apresenta duas faces, uma depende da outra, por ser um processo de movimento, é dinâmico, conduz o aluno à construção de seus próprios conceitos.
ARENDT (1992, p. 239) relata que, “a qualificação do professor consiste em conhecer o mundo e ser capaz de instruir os outros acerca deste, porém, sua autoridade se assenta na responsabilidade que ele assume por este mundo”. A autora vem dizer que o processo de aprendizagem visa um novo olhar, a novas perspectivas, que podem surgir do entendimento, do ponto de vista e da percepção do aluno.
Diante desse contexto, são muitos os autores que têm se preocupado com a questão pedagógica no ensino de Geografia, sendo esse, um fator importante que viabiliza a forma de raciocínios mais amplos da didática crítico-social, em que favorece o discente perante o processo de desenvolvimento de seus conceitos acerca do espaço geográfico, com a intervenção do professor. Oliveira aborda que:
Precisamos compreender a sala de aula como um espaço de reflexões e reivindicações permanente do direito civil e político, da autonomia e da justiça social, para tanto, se faz necessário que assumamos o compromisso de tornar a geografia escolar em um verdadeiro caminho para a construção da cidadania, atribuindo a ela sua verdadeira identidade que não foge de uma dimensão ideológica e política (2009, p. 4).
A Geografia traz em seu cerne a interdisciplinaridade, o que a coloca em uma posição delicada e de importância mútua quanto aos seus objetivos, considerando o seu objeto de estudo: o espaço. Também se compromete em analisar sistematicamente os fenômenos que regem a natureza e à sociedade, além da interação entre ambas.
Assim, no intuito de garantir a formação cognitiva dos discentes à escola abarca profissionais da área de ensino capacitado, sendo a instituição pautada em uma proposta curricular que garanta “[...] a qualidade cognitiva e operativa dos processos de aprendizagem, numa escola que inclua a todos [...]” (LIBÂNEO, 2004, p. 15-20). Dessa forma, conhecer a realidade da escola e se agregar a ela, da um sentido significativo ao professor.
O processo educacional brasileiro tem sido preocupante, devido às condições de trabalho oferecidas ao docente, no qual não contribuem para o desenvolvimento de uma prática satisfatória, neste caso, repensar um novo sistema de ensino para a disciplina de geografia, que rompa com as práticas trabalhadas com conteúdo fragmentadas, que dificultam a compreensão da realidade dos tempos atuais, seria uma das questões necessárias a promover constate reflexões em espaços coletivos para repensar a prática desenvolvida no cotidiano em sala de aula.
Conforme Cavalcanti (2010) o mundo atual, devido ao processo da Globalização, tornou-se mais dinâmico e articulado, decorrente do surgimento das chamadas tecnologias
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