FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA NATUREZA E SOCIEDADE

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Outro fator visto no segundo artigo, além da formação complementar de educadores, refletida no primeiro; é o papel da escola no processo de socialização infantil, também importante, já que, educadores e escola num todo são indissociáveis, pois um está ligado ao outro, a escola não caminha sozinha, ela depende do engajamento de todos para que seja alcançado os objetivos nela proposto.

O processo de socialização infantil, tem a escola como parte fundamental no desenvolvimento da criança, na aquisição de valores éticos, morais, bem como a capacidade de relacionar-se e interagir, estabelecendo vínculos afetivos e de trocas com adultos e outras crianças, fortalecendo cada dia neste ambiente a autoestima, ampliando de forma gradativa suas possibilidades de comunicação, interação social, exploração e observação do ambiente. Segundo coll, 1999; Palacios 1995 apud Juliane Borsa, 2007. “Assim, o processo de socialização é uma interação entre a criança e seu meio. Esta interação e seu resultado, depende das características da própria criança e da forma de agir dos agentes sociais”.

O período escolar proporciona a criança a construção e interiorização de valores e condutas, produzindo conhecimentos sociais, compreendendo características próprias e dos outros dentro do espaço escolar, constituindo assim experiências ricas e importantes para a criança por relacionar com a diversidade humana e com diferentes conhecimentos, já que a mesma traz consigo conhecimentos prévios adquiridos através das vivências familiares dentre outros meios, a escola neste contexto trabalha pelo desenvolvimento e transmissão do saber científico, construindo uma aprendizagem formal, que de forma gradativa desenvolve a mentalidade da criança quando a mesma já tiver atingido um nível necessário.

É de suma importância entender que o papel da escola vai além de ensinar, ela é parte da formação do indivíduo, portanto a escola precisa estar preocupada em desenvolver sua função de formar cidadãos comprometidos com o meio em que se esta situado, trabalhando assim, pelo desenvolvimento e pela construção de idéias que façam a diferença. Segundo Carvalho (1992) apud professor Fábio Goulart, 2009 p. 51, “a escola assume o papel não de apenas ensinar o aluno, mas de encaminhá-lo na busca de descobertas, ou seja, um local de estímulo, de incentivo e que ofereça condições materiais e humanas para isso”.

Em nossa realidade, muitas vezes, depara-se com escolas que faz uma certa distância dessas condições acima citada pelo autores, o que é desfavorável ao incentivo e estímulo que ora tenta-se trazer para o ambiente escolar, visto que, muito se tem feito, mas ainda tem muito a buscar.

Segundo o professor Fábio Goulart, 2009 p.43.

[..] vivemos um período de incertezas, marcado pelo desperdício e pelo consumismo exagerado, aliado a uma geração de riquezas para poucos e, em contrapartida, a miséria e a pobreza para muitos. Acreditamos na necessidade urgente de se valorizar a educação, preparando o ser humano para o exercício da cidadania plena e que esse processo deve ser considerado desde a primeira infância. Dessa forma, para a construção de um mundo, socialmente justo e, ecologicamente equilibrado, necessitamos de gr responsabilidade individual e coletiva, do nível local ao global. A escola é um dos territórios privilegiados para a vivência prática e simbólica de valores voltados para o equilíbrio na relação homem-homem e homem-natureza [...] ( ANDRADE, Fábio Goulart, 2009, p.43)

Portanto é preciso voltar sempre o olhar para a importância da escola, não deixando que os princípios e funções sejam apagados pelas dificuldades enfrentadas no cotidiano, que muitas vezes, faz com que o aluno afaste da instituição, o que vem a acarretar problemas, cuja citação acima destaca, o que é desfavorável ao desenvolvimento digno da sociedade em que estamos situados. Contudo, é preciso levar em conta que as escolas não têm condições de proporcionar à sociedade todas as informações científicas que os alunos necessitam compreender em seu mundo e suas mudanças, precisa haver também contribuição dos diversos segmentos da sociedade. Segundo Lucas apud Cazelli, 1992:55

os cursos escolares de ciência não podem proporcionar aos cidadãos todas as informações científicas que eles necessitarão ao longo de suas vidas , para compreender o seu mundo em mudanças, ou para participar das decisões sobre questões políticas influenciadas pela ciência e tecnologia.

Tudo porque, a escola as vezes é entendida como detentora do saber, apesar de ter papel fundamental na formação do ser humano, ela sozinha, isolada, não consegue alfabetizar cientificamente os alunos a ela pertencente, o trabalho conjunto na sociedade reforça o papel da escola na vida do ser humano, no momento em que todos se envolvem na busca constante pelo conhecimento científico, através da interação das diversas areas do conhecimento.

Outro assunto abordado em um dos artigos apresentados, em que diz respeito a construção do conhecimento científico na sala de aula, foi de suma importância pois vemos este conhecimento em nosso cotidiano de forma bastante simplificada, onde deveria ser notado uma maior ampliação das experiências das crianças e para a construção de conhecimentos diversificados sobre meio social e natural.

O contato que a criança exerce sobre diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos são de grande importância, para que seja motivada a observação, a reflexão, e a explicação, para assim, compreendê-los e representá-los, marcando uma relação entre o ser e o mundo, trazendo novas possibilidades, idéias e novas teorias.A discussão de resultados de pesquisas sobre idéias, mais precisamente aquelas informais e sugestões dos alunos tornam-se neste processo importantes e são levadas em consideração no ensino-aprendizagem dos conceitos científicos, valorizando e incentivando o aluno em meio o espaço escolar e até mesmo a sociedade, já que a escola é um espaço propício para discursão e formulação de idéias, enfatizando também a importante mediação do professor neste processo de construção do conhecimento, tendo em vista, que o conhecimento científico é por natureza discursivo importantissimo para que os alunos através do cotidiano tenha uma explicação da ciência sobre os fenômenos pelo qual estão submetidos, mostrando aos alunos as diferenças epistemológicas e ontológicas entre racíocinio cotidiano e o racíocinio científico. Este é um ponto importante por defender a posição de que os individuos precisam entender de forma pessoal as maneiras

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