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A Situação Agrícola da Coreia do Norte

Por:   •  4/3/2018  •  5.210 Palavras (21 Páginas)  •  341 Visualizações

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As estratégias de desenvolvimento da agricultura nos anos 1970s e 1980s tinham o amplo objetivo do desenvolvimento equilibrado da agricultura e da indústria. Algumas características do Plano de Seis-Anos (1971-76) e o segundo Plano de Sete-Anos (1978-84) eram:

- Melhoria das condições de vida rural e da infraestrutura;

- Expansão da produção de grãos de alimento para atingir a auto-suficiência;

- Desenvolvimento de recursos para a água e a terra para proteger os fazendeiros de mudanças climáticas desfavoráveis;

- Aceleração da mecanização das fazendas para liberar os trabalhadores de trabalhos manuais pesados.

Os objetivos específicos eram:

- Produção annual de 10 milhões de toneladas de grãos;

- 100% de irrigação de plantações não-arroz nos planaltos;

- Recuperação de 150.000 ha de terras em declive por assentamento;

- Distribuição de tratores para

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atingir 10 tratores para cada 100 ha;

- Aplicação de 2 toneladas de fertilizante por ha;

- Produção de 900.000 toneladas de carne por ano;

- Produção de 1.5 milhões de toneladas de frutas.

Para impulsionar a produção agrícola, a Coréia do Norte desenvolveu as “áreas de produção especializada” para milho, pecuária, frutas e alguns cultivos industriais selecionados. Forneceram apoio intensivo, tanto financeiro quanto técnico, para as fazendas estatais e coletivas localizadas nessas regiões designadas. A pesquisa tinha ênfase em em variedades melhoradas de milho e soja, como parte de um esforço para encorajar o cultivo duplo. Apesr de todos esses esforços para aumentar a produção agrícola, a taxa de crescimento não foi tão grande quanto esperada. A fim de resolver esse problema, a Coréia do Norte tem se empenhado em aumentar a área de terra arável desde os anos 1980s.

Entretanto, os danos de desastres naturais recentes foram exacerbados pelo sobreuso da terra. As enchentes de 1995 causaram deslizamentos de terra largamente difundidos sobre os terrenos construidos por esses programas em todo o país. Naquele ano 300.000 ha foram inundados.

Mesmo depois que as enchentes retrocederam, 100.000 ha foram deixados cobertos por areia e cascalho. Isso explica o por que da terra arável diminuiu bruscamente nos últimos anos. As políticas agrícolas atuais na Coréia do Norte enfatizam a melhoria da infraestrutura agrícola, aumentoda produção de batata, expansão do sistema de plantio duplo, melhorias nas sementes e ajustes na posse da terra. Sob a nova liderança de Kim Jong-Il, houveram expectativas de mudanças na política agrícola. Entretanto, a Coréia do Norte decidiu que não haveriam mudanças, mas ao invés um fortalecimento do sistema econômico socialista centralizado. Foi declarado que o gerenciamento cooperativo seria gradualmente transformado em um sistema de gestão estatal. Extensão e administração nas áreas rurais iriam ajustar-se aos princípios e métodos da Tése sobre Agricultura de 1964 por Kim Il-Sung. A Coréia do Norte está agora melhorando sua produção agricular ao promover a diversificação de cultura, e suplementar os químicos agrícolas com métodos de cultivo orgânico. Sob Kim Il-Sung, o milho se tornou o mais importante cultivo de planalto em toda a Coréia do Norte. Essa política não levou inteiramente em consideração as amplas variações em solo e clima em áreas montanhosas, onde antes de 1945 muitas espécies e variedades de plantas tinham sido cultivadas.

Em alguns casos, administradores agrícolas e especialistas superzelosos tentaram agradar Kim Il-Sung ao recomendar plantio de extremamente alta-densidade e aplicações pesadas de fertilizantes químicos para um número bem limitado de variedades e híbridos das duas plantas principais, arroz e milho. O programa atual de diversificação é uma grande melhoria em relação ao sistema de cultura uniforme baseado em milho que prevalecia sobre a maior parte da Coréia do Norte. O programa atual de diversificação do cultura, que começou em 1999, tem como objetivo aumentar a produção de batata ou por plantio duplo ou pela substituição de segundas colheitas de milho por batata após a colheita de pequenos grãos (especialmente cevada e trigo). Essa ênfase na produção de batata para maior segurança alimentícia é uma mudança significativa na política. A diversificação não significa que a batata foi escolhida como a principal plantação de planalto. O milho ainda é a principal, junto com o arroz. Entretanto, essa mudança de política reflete a boa vontade dos líderes de adicionar uma terceira planta principal para o já inteiramente implementado sistema de cultivo duplo de pequenos grãos. Além disso, isso demonstra maior autonomia para as fazendas cooperativas, que são agora permitidos escolher o que vão plantar. Outra coisa é a transformação da agricultura química em agricultura orgânica. A Coréia do Norte acentua que é essencial evitar mais acidificação do solo causado pela aplicação excessiva de fertilizantes químicos.

Terra disponível

A area total da Coréia do Norte é de 12 milhões de ha. Disso, 75% é acidentado ou montanhoso. O restante 1.96 milhões de ha (16.3%) é arável, com 320 mil ha sendo para culturas perenes como amora e frutas. A área de terra arável por pessoa em 1999 era apenas 0.091 ha. Dois terços da terra arávelem encontrada nas províncias ocidentais (Pyongan Norte, Pyongan Sul, Hwanghae Norte e Hwanghae Sul) enquanto as três províncias defronte ao Mar Amarelo contém 60% dos arrozais da nação. Um quarto da terra arável está contida nas três províncias da região oriental (Hamgyong Norte, Hamgyong Sul, e Kangwon). A região interior (as províncias de Chagang e Ryanggang) é montanhosa, seca e fria, mas rica em recursos florestais.

População fazendeira

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura, a população total da Coréia do Norte em 1997 era 22.8 milhões, dos quais 29.6% estão envolvidos na produção agrícola. Essa porcentagem é muito menor do que em 1965, quando 40.8% da população era agrária. O trabalho agrícola conta como 40% da força de trabalho na Coréia do Norte, o que é maior que os 11% da Coréia

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