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Beira Interior Norte

Por:   •  23/8/2017  •  4.226 Palavras (17 Páginas)  •  462 Visualizações

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O método utilizado subdivide-se em diferentes processos metodológicos que no conjunto de análise, tem como principal característica manter as variáveis mais importantes a partir da matriz inicial de dados.

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- Turismo e Território

O turismo é atualmente um setor que está cada vez mais em crescimento, sendo que necessita de “território” para se ir espalhando. Atualmente, em qualquer lugar podemos exercer a atividade turística, pois é um dos principais meios para o desenvolvimento.

Tal como se define o turismo é “conjunto de atividades ou técnicas preparadas para viagens e estadas de recreio ou lazer” com o “ato de viajar, visitar um lugar por prazer”. O turismo é um meio inesgotável, pela qual os centros urbanos podem adquirir as dinâmicas demográficas e económicas e assim as áreas industriais encontrarem, no turismo, novas maneiras de se integrarem na economia através do património.

A indubitável importância económica que a atividade turística assume, local ou globalmente, cria expectativas que são registadas no discurso político, planos estratégicos de desenvolvimento, agentes económicos, comunicação social e nas populações.

O território é um recurso limitado, pois o respeito pelas populações locais é um dever. As entidades culturais constituem um património coletivo, sendo que a atividade turística deve regular-se por um caminho onde a sustentabilidade é uma preocupação permanente.

A atividade turística é um domínio onde existem conflitos permanente sendo estes entre turismo e território, operadores turísticos e populações locais, áreas protegidas e o desenvolvimento turístico e culturas.

Durante anos sem acessibilidades, áreas de intensos e permanentes fluxos migratórios, para o estrangeiro e no território nacional, com índices de escolaridade reduzidos, forte envelhecimento demográfico. Quando o “turismo as descobre” ou quando as populações locais descobrem que o turismo pode melhorar a sua qualidade de vida, é considerada uma área protegida, onde a legislação determina o que se deve ou não fazer.

O turismo consegue relacionar-se fortemente com o território, denominando-se por “uma prática social genuinamente territorial” (Nicolas, 1996). A partir do momento em que a atividade turística se desenvolve num determinado território, esta passa a promover a sua função e derivado à inserção de um novo sistema de objetivos, coerente com a nova funcionalidade. O território está a ser turistificado, que é o momento em que as dinâmicas do território passa a ser influenciadas pelo desenvolvimento da atividade económica e pratica social, denominando-se por território turístico.

- Considerações sobre o processo de turistificação

O entendimento do turismo como um importante prolífico e consumidor do espaço geográfico, prevê primeiramente identificar e compreender algumas particularidades inerentes à atividades turística.

“São várias as características intrínsecas ao produto turístico” (Beni, 2002), pelo contrário de qualquer outro bem gerado, ou seja, o produto turístico deve ser consumido no momento em que é produzido, estando este baseado no fator tempo, tornando-se irreparável caso não seja usado. Não se torna acumulável, é dinâmico e instável, pelos gostos, preferências e modas, opcional na escala de necessidades do consumidor, tornando assim a sua demanda elástica. Estas são duas características que desempenham uma particular e especial relação com o território.

Começando pela fixidez dos atrativos turísticos no espaço (BERTONCELLO, 1995; URRY, 1996; BENI, 2002; FONSECA, 2005) podemos presumir que “da fixidez do produto turístico decorre a necessidade de seu consumo in situ e consequentemente dos deslocamentos espaciais de consumidores turistas (CRUZ, 2002). Ao contrário do que ocorre com os bens de consumo que se deslocam até ao consumidor, no turismo é o consumidor que se desloca até ao produto turístico.

Em segundo, o consumo e produção realizados ao mesmo tempo, uma característica intrínseca ao setor de serviços. Segundo Marx (apud HARVEY, 2005) “o produto está realmente acabado apenas quando está no mercado”. Esta chegada ao mercado leva ao deslocamento do mesmo desde a fábrica até ao consumidor final, pela qual demora o seu tempo. Entre a produção de um bem na fábrica até ao consumo do mesmo na residência, existe um tempo de deslocamento. Assim, o consumidor-turista, para usufruir do “produto” desejado necessita de se deslocar ate ao local de consumo, que é concomitantemente, o local de produção.

Das duas particularidades da atividade turística, conclui-se que a influência do turismo sobre o território não se dá apenas pela vertente da produção, mas também pelo consumo, “ambos fechados sobre a mesma área” (CASANOVA, 1991, p.35), o que implica consequência dinâmicas locais dos territórios turísticos. Considera-se então que o deslocamento do turista até ao local de produção e consumo causa transformações na dinâmica local, sendo através das transformações colocadas no território (dotação de infraestruturas) ou através das relações travadas entre turistas residentes.

Além disso, apesar dos espaços recetores, tais deslocamentos implicam a existência de uma série de efeitos territoriais de diversa natureza, tanto nas áreas geográficas de trânsito como nas de emissão (IVARS apud SILVA, 2006; CRUZ, 2002; RODRIGUES, 1996,1997).

Assim sendo, embora turismo possua incidências territoriais nas áreas de dispersão de turistas (zonas emissoras), áreas de deslocamento (zonas de trânsito) e nas de atração (zonas recetoras) são estas que compõem o território turístico por excelência (RODRIGUES, 1996). Isto porque é na zona recetora que se torna mais clara e evidente a incidência territorial da atividade, sendo uma área onde o fenómeno turístico se manifesta territorialmente (RODRIGUES, 1997).

Resumidamente, “o consumo dos territórios pelo turismo envolve o consumo de um conjunto inseparável, de bens e serviços que compõem o fazer turístico”, ou seja, “a prática do turismo e tudo o que a prática envolve, em termo de objetos e ações” (CRUZ, 2002, p.09). É neste objetivo que que se deve ter claro que um novo sistema de objetos implantados pelo turismo não vêm isolado, pois estes têm novas funções que influenciam de forma capital todo o território.

Através da vertente geográfica,

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