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Psicologia da Mulher

Por:   •  29/5/2018  •  9.298 Palavras (38 Páginas)  •  312 Visualizações

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A maldição do pecado original pregada pelo cristianismo que pesou sobre as mulheres por longos séculos, parece ter recebido um tratamento "moderno" do século 18 em diante, destacando o discurso psicanalítico de Freud e seus discípulos, no final do século 19 e primeira metade do século 20. O que tinha uma conotação moral passou a ser medicalizado e por último serviu de base para a formulação de conceitos sobre o psiquismo, o simbolismo e o imaginário femininos. A originalidade de Heléne Deutsch consiste em mostrar, à sua concepção, que existe prazer na dor das mulheres. Muito do que se desenvolveu da teoria freudiana no que se refere às mulheres, contrariou o próprio Freud, e sua postura um tanto pessimista de que toda educação resultaria num fracasso, o que anularia muito do que foi aconselhado por Deutsch, Mélanie Klein, Winnicott, entre outros.

Mas não impediu que o discurso psicanalítico de seus sucessores/discípulos se difundisse. Aqui podemos rever a postura comum atual, de que as mulheres sempre foram representadas por homens, nas diversas ciências. Na verdade, as mulheres também foram representadas por mulheres, como as psicanalistas discípulas de Freud, que pensaram como e a partir das representações masculinas. Muitas das que foram consagradas e saíram do anonimato foram justamente aquelas que souberam desenvolver as teorias dominantes da época sem romper com a sua base masculinizante, patriarcalista e repressiva. Na construção das teorias sobre a subjetividade da mulher-mãe a amamentação constitui um foco de destaque.

O aleitamento, antes recomendado apenas pelos médicos, passou a representar pelos discípulos de Freud, a primeira prova de amor da mãe pelo filho, o despertar de sentimentos de prazer tanto físicos quanto espirituais. Winnicott foi mais longe no sentido de despertar na mãe o sentimento de sacrifício por seu filho quando aconselhou que: enquanto o bebê não encontra um ritmo regular, o método mais rápido para evitar-lhe o sofrimento é que a mãe o alimente quando ele quiser, durante um novo período, voltando a horas regulares que lhe convenham quando o bebê se torna capaz de suportar isso. Mélanie Klein também forneceu sua contribuição para a exaltação do aleitamento natural e o devotamento materno insistindo que: a experiência mostra que as crianças que foram amamentadas no seio se desenvolveram com frequência muito bem (...) na psicanálise sempre se descobrirá, entre as pessoas que foram criadas assim, um desejo profundo do seio que nunca foi satisfeito. Para ela, de um modo ou de outro, o desenvolvimento de um ser humano teria sido diferente e melhor se tivesse sido beneficiado por um aleitamento bem sucedido.

Posteriormente Klein concluiu que as crianças cujo desenvolvimento apresenta problemas embora tenham sido amamentadas no seio, estariam ainda pior sem isso. Winnicott responsabiliza exclusivamente as mães pela saúde dos filhos afirmando que: a saúde do adulto forma-se durante toda a infância, mas as funções dessa saúde, são as mães que as estabelecem durante as primeiras semanas e os primeiros meses da existência de seu filho. Desta naturalização das funções do corpo feminino, sobraram poucas alternativas às mulheres. Se o corpo fora feito para gerar filhos, não seria então natural que uma mulher não os tivesse, não os amamentasse, não fosse inteiramente devotada a eles.

Logo, foram criados apenas dois modelos rígidos como opção para as mulheres, a que seguia a sua "natureza" e era naturalmente submissa, devotada, bondosa, comedida, discreta, boa mãe, boa filha, boa esposa, obediente, entre outros e a que não seguia a "natureza" e não era vista com bons olhos pela sociedade. Com toda a sua inegável contribuição ao campo da sexualidade, iniciada na segunda metade do século 19, a concepção de ciência de Freud estava impregnada pelo positivismo de sua época e suas teorias, construídas historicamente, estando sujeitas a reformulações. Sua teoria sobre a feminilidade apoia-se num tipo de pensamento conservador e dominante do seu tempo. Conservador e dominante porque 26 anos antes do nascimento de Freud, Charles Fourier já esboçava um certo progressismo quando escrevia em seus textos que o progresso e a felicidade de toda a humanidade se fazem em relação ao grau de liberdade das mulheres.

4 O que é a TPM?

Tensão Pré-Menstrual ou simplesmente TPM é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher.

A TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social

Sensação que o mundo vai acabar antes da menstruação...

... é isto que a maioria das mulheres que tem TPM sente.

A TPM é uma desordem hormonal e nutricional que aparece antes da menstruação. E é tão antiga que até sua tataravó tinha!

Os sintomas são os piores possíveis: inchaço, irritação momentânea, agressividade, depressão, choro fácil, aumento da vontade por doces, retenção líquida e por aí vai... São bem mais de 150 sintomas (físicos ou psicológicos) que podem ser leves, moderados ou graves.

A tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central.

O tratamento depende da severidade dos sintomas e incluem modificações alimentares, comportamentais e tratamentos medicamentosos.

TPM e os sintomas da Tensão Pré Menstrual

Porém, diversos estudos apontam que a TPM pode ser eliminada ou no mínimo amenizada de forma natural com o uso do óleo de prímula. Sim, atualmente a prímula vem sendo apontada como uma das melhores opções no combate a TPM.

Entendendo a TPM

Nem todas as mulheres sentem os sintomas e efeitos da tensão pré-menstrual da mesma forma, pois algumas podem apresentar sintomas pouco significativos, enquanto outras, os efeitos são mais severos. Estes, podem interferir nas atividades cotidianas da mulher. Os sintomas mais típicos deste período são: nervosismo, irritação sem motivos significativos, depressão e sensibilidade. Estes sintomas podem manifestar-se isoladamente ou em conjunto. Com relação aos sintomas físicos, podemos citar: dores de cabeça,

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