Programa de Licenciatura plena de História Vida e Obra de Voltaire
Por: Rodrigo.Claudino • 22/9/2018 • 1.956 Palavras (8 Páginas) • 456 Visualizações
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Esse trabalho contribui assim, para os discentes ampliar não apenas sobre os seus conhecimentos, porém, através de toda pesquisa feita para o efeito.
- Sobre a vida de Voltaire
Voltaire nasceu em Paris em 1694 e morreu em Paris em 1778. A sua vida é todo um paradoxo. Ridicularizou o clero e dedicou um de seus livros ao Papa. Escarneceu a realeza e aceitou uma pensão do Rei Frederico, o Grande. Odiava a hipocrisia e era hipócrita em sua atitude para com os judeus. Motejava da vaidade das riquezas e adquiriu grande fortuna. Não acreditava em Deus e durante toda a sua vida, buscou encontra-lo. Não tinha respeito pela religião e criou uma nova religião do riso.
Seu verdadeiro nome era François Marie Arouet. Perdera a mãe em sua primeira infância. Impôs-lhe o pai a sua doutrina de misticismo abstrato com tamanha vigor que Voltaire cresceu com uma sede rebelde de realidade concreta. Odiava cordialmente o jansenismo. Porém, cresceu com outro ódio também, ódio contra a perseguição aos jansenistas e contra qualquer gênero de perseguição.
O pai, contudo, além de jansenista, era um advogado forense. Tentou despersuadir o filho de ser um escrito. Mandou Voltaire para uma Escola de Direito, após o seu bacharelato no Colégio Jesuíta de Louis le Grand. Voltaire negligenciou os estudos jurídicos e consagrou o tempo à poesia, ao jogo e ao amor. O pai conseguiu empregá-lo a serviço do Marquês de Saint- Ange e assim, passou a conhecer toda a vida pública e privada do rei Louis XIV. Falava das indiscrições do Rei Sol.
Em 1715 morreu o rei Louis XIV e o regente, Felipe de Orleans, tornou-se seu novo alvo de denuncias. Voltaire aderindo à brincadeira escreveu um libelo difamatório contra o regente e foi recompensado com uma estadia de onze meses na Bastilha. Foi durante essa sentença de prisão que adotou o pseudônimo de Voltaire e escreveu a sua primeira obra literária, que foi um poema épico sobre a vida do Rei Henrique de Navarra.
Durante o exílio, que fora de um ano, escreveu a sua primeira tragédia, “Édipo”, peça que ficou no cartaz durante quarenta e cinco noites. Seguiu-se de “Édipo” certo número de tragédias que alcançaram êxito e lhe proporcionaram boa soma de dinheiro.
Novamente, Voltaire é preso e mandado para a Bastilha pela sua “fala aleivosa e procedimento desregrado”, por desafiar Chevalier de Rohan, portador de um dos mais nobres nomes de França.
Deixou a Bastilha em 1726, abandonando Paris e recolhendo-se à Inglaterra. Aprendeu a língua inglesa com a habitual facilidade. Escreveu o romance “Micromegas (o grande pequenininho)”, inspirado nas “Viagens de Gulliver”. Não foi “Micromegas”, o único livro que resultou da visita de Voltaire à Inglaterra. O seu livro “Cartas sobre os Ingleses”. Nessas cartas, Voltaire procurou realçar o contraste entre a liberdade dos ingleses e a escravidão dos franceses. Mostrou a sabedoria do sistema britânico “que permite ao rei todo-poderoso fazer o bem, mas que lhe ata as mãos ao tentar fazer o mal”. Elogiou a Câmara dos Comuns, “que seja embora a segunda em dignidade, é a primeira em influência”. Louvou o sistema britânico de taxação, afirmando que as pessoas pagam de acordo com a sua renda e não, a sua classe.
Entretanto, apesar de sua admiração pelos ingleses, sentiu-se feliz quando, sendo-lhe revogado o exílio, permitiram-lhe tornar a Paris. Voltou a Paris após um exílio de três anos. “As suas Cartas sobre os ingleses”, que não escrevera para serem publicadas e sim para serem distribuídas particularmente, veio à luz sem o seu conhecimento, impressas por um editor desonesto. Então, o livro acabou sendo queimado em público e depois, foi emitida uma ordem de prisão contra Voltaire. Porém, Voltaire acaba fugindo da polícia, buscando refúgio com a sua amante.
A sua amante era a Marquesa du Châtelet, casada e mãe de três filhos do marquês. Em seu castelo de Cirey acontecia vários encontros de intelectuais. Em Cirey, Voltaire começou a escrever os contos: Candide; O mundo como é; Zadig; VIngénu; A princesa da Babilônia. Em todos os seus romances, Voltaire produz enredos desconexos ligados apenas a fio da sua filosofia. Por trás do humor de Voltaire, há uma filosofia séria. Isso é principalmente em relação a essas duas obras que escreveu em Cirey: “O século de Luiz XIV” e o “Ensaio sobre os costumes”.
Em 1728, retornou à França e passou a divulgar as ideias filosóficas que eram baseadas por Newton e John Lock, que tomou conhecimento no período que viveu na Inglaterra. Em 1734, publicou uma de suas grandes obras, considerada por muitos estudiosos: “Cartas Filosóficas”, defendendo assim o fanatismo e a intolerância religiosa e a liberdade ideológica.
Voltaire foi um dos primeiros denunciadores de falsos valores do mundo moderno. O seu propósito ao escrever história, era para desentronizar os simples pretendentes à grandeza e substituí-los pelos verdadeiros grandes homens. Desprezava os tiranos, os ditadores, os conquistadores, os agressores e os opressores do mundo. Deplorava a tolice dos historiadores ao apresentarem esses homens como objetos de admiração aos seus semelhantes. Por outro lado, Voltaire considerava o Papa Alexandre III, como o maior homem da Idade Média, porque “esse Príncipe da Igreja, diversamente dos príncipes dos palácios, tentara libertar os escravos ao invés de escravizar os livres”. Acreditava, Voltaire, no princípio fundamental da democracia “vox populi vox dei”, a voz do povo é a voz de Deus.
Em 1749, morreu Madame Du Châtelet. A saúde de Voltaire começa a debilitar-se e mais uma vez é novamente exilado de França. Em 1755, um terremoto ocorre em Lisboa e muitas pessoas morreram nessa catástrofe. Voltaire principiou a encarar o mundo sob um novo aspecto e a sua obra assumiu uma temática mais sombria. Compôs assim, um poema épico no qual retratou a evolução de seu pensamento, da frivolidade para a filosofia. Compreendeu rigorosa cruzada contra o sofrimento humano. Atacou toda a casta de injustiça. Publicou uma verdadeira torrente de livros e panfletos, todos escritos com paixão incandescente. Essas obras eram dirigidas contra os males da opressão social e da intolerância religiosa dos homens. Dirigiu a luta não contra as crenças religiosas dos homens, porém, contra os seus ódios supersticiosos.
Não era um ateísta. Era deísta. Acreditava na existência de Deus. Porém, o Deus de Voltaire não é um “rei” exclusivo de uma simples ordem eclesiástica, não tem povo preferido, nem país e igreja prediletos.
Convidado a ir para a corte do Rei
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