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VIDA E OBRA DE HUSSERL E HEIDEGEER

Por:   •  6/1/2018  •  1.645 Palavras (7 Páginas)  •  508 Visualizações

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Em Ser e Tempo (1927-1988) relata pela primeira vez um diálogo entre a Fenomenologia hermenêutica e as ciências ônticas, em meio a uma discussão do projeto de uma ontologia fundamental. Heidegger assume então uma atitude antinatural, sendo esta, postulada por Husserl como uma supressão ou superação da tendência, presente tanto na vertente tradicional como na moderna, de pressupor que os sentidos e as determinações são dados pelas próprias coisas. A analítica do ser-sí consiste, portanto, na descrição interpretativa das estruturas ontológicas fundamentais do existir humano, explicitando a historicidade do sentido da existência em sua dimensão mais originária.

Depois de 1930 o desapontamento de Husserl, fez com que seu relacionamento se esfriasse. Husserl achava que os filósofos estavam complicando a teoria do conhecimento, em lugar de considerarem com objetividade o fenômeno da consciência como é experimentado pelo homem. A sua teoria da fenomenologia deveria ser uma ciência puramente descritiva, para somente depois passar para uma teoria transcendental a experiência, ou seja, para além do método cientifico.

Em 1933 Heidegeer, assiste a um discurso nazista e em 1934 se demite do reitorado, acarreando o fim da política institucional de Heidegger. Husserl enfermo a partir de 1937, disse desejar morrer de modo digo de um filósofo. Heidegger morre em 1976.

Heidegger é conhecido como aquele que tentou “pensar de novo” o próprio começo da Filosofia. Na construção de sua ontologia fenomenológica, considera das posições que foram inicialmente introduzidas por Husserl: O caráter intencional da existência e a atitude antinatural como modo de investigação necessário para dar cota do fenômeno do existir. Husserl vem propor que se abandone a atitude natural, ensinando que não se deve acreditar nas coisas como sendo estruturadas naturalmente, o que se dá a falsa ideia de conhecimento da verdade para além de aparições dos fenômenos, sendo assim a fenomenologia vai se opor a visada teórica devido ao fato de esta produzir uma hipostasia do universo. Esta atitude Husserl denominou como atitude ingênua ou natural.

Husserl considera o caráter intencional dos fenômenos psíquicos, ele se refere ás relações eminentes da subjetividade ou da consciência. A intencionalidade será então tematizada a partir da superação das vertentes tradicionais e modernas, baseado no pressuposto que o psiquismo teria sentido e determinações dadas.

A proposta fenomenológica permitirá a noção do sentido de um fenômeno psíquico, modificando a postura de um investigador frente a este fenômeno. Para Husserl a psicologia desconsidera s origem do psiquismo, uma vez que busca saber logo de início o fato de ele já ser dotado de psiquismo, porém para a fenomenologia de Husserl, o psiquismo não possui determinação previa, nem substancial, sendo a consciência transcendente, não se retém a si mesma, mas se projeta por seus próprios atos para o campo dos objetos correlatos. Na medida em que a consciência transcende o campo de realização desses atos. Husserl continua sua investigação da consciência intencional, baseando-se em outros autores, como Descartes, kant e Hegel.

Husserl rompe com a ideia de que o eu, se institui como uma interioridade e de que assim se afasta a princípio do mundo de modo a posicioná-lo. Assume, então, a concepção de pessoa como síntese em fluo de vivencias.

A fenomenologia de Husserl, nos parece em última instancia inviável, pois se desvia por demais na busca de uma base transcendental para a experiência fenomenológica. Como tal, ela mesma acaba construindo a partir de uma intuição que não faz jus ao caráter mundano do existir humano. A psicologia não pode prescindir do fático, da existência, o mundo. Por esse motivo, toma-se na sua constituição a hermenêutica-fenomenológica de Heidegger como horizonte essencial de realização. Esta parece apontar para elementos que possibilitam a edificação de uma Psicologia Fenomenológica-Existencial em dois aspectos, sendo eles o eu como transcendente e a destruição do eu em meio à intencionalidade de base ser-aí/mundo. Na elaboração de propostas que não tenham pressupostos do psíquico é tratado com fundamentos de Heidegger inspirado em Husserl.

A tarefa da ontologia fundamental proposta por M.H consiste em buscar o sentido do ser, partindo do ser-aí como o lugar no qual acontece historicamente tal sentido. O pensamento de Heidegger é uma tentativa de desobjetivação da existência humana tentando mostrar que os saberes, metafísico, cientifico e tecnológico se deriva e encobre o fenômeno que se encontra na gênese do ser-aí.

Uma psicologia sem psiquismo requer que se tome a noção do ser-aí. Heidegger inicia com a exposição da expressão de sua singularidade máxima, qual seja: “o ser-aí é sempre a cada vez meu”, ou seja, aponta para o fato de o Dasein ser a cada vez sua possibilidade. Antes de realizar uma de suas possibilidades existenciais, o ser-aí não é nada. Ele não possui determinações essenciais, por isso não pode ser explicado por determinações, não pode ser generalizável e nem tão pouco universal, por conseguinte existe a necessidade de se falar de uma psicologia sem psiquismo, já que se abandona totalmente a ideia de uma sede ou estrutura psíquica. No seu fundamento estrutural ontológico o ser-aí se constitui como ser-no-mundo.

Heidegger e Aristóteles: “Ele nasceu, trabalhou e

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