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Os pessadores a educacao: Russeau

Por:   •  8/11/2018  •  3.812 Palavras (16 Páginas)  •  229 Visualizações

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Na verdade, o pensamento desconstrutivo em relação à produção teórica da modernidade começa a se instaurar a partir da reflexão crítica dos pensadores da Escola de Frankfurt que, inspirados por Marx, Freud e Nietzsche, lançam as matrizes do questionamento da hegemonia da racionalidade que dominou a era moderna, configurando o seu perfil. Assim, a Teoria Crítica está na raiz das vertentes filosófico-educacionais que designei como arqueogenealógicas, representativas do pensamento pós-moderno ou pós-estruturalista (SEVERINO, 1999, p. 315).

2.Vida e obra de Jean -Jacques Rosseau (1712 - 1778)

Nasce a 28 de Junho de 1712, em Genebra. Tendo perdido a sua mãe no memento do parto. Passou a infância com seu tio Isaac relojoeiro e homem de paiser. Rousseau ficou confiado primeiro a um pastor calvinista e depois a um tio. Recebeu uma educação bastante desordena. Em 1728 abandonou Genebra como camareiro junto a família de Turim. Tendo encontrado refúgio em Les Charmettes com a madame de Warens, amiga e amante tendo lhe proporcionado estudos e inscrições sem distracções fora da cidade em 1741, deste com os enciclopedistas. Rousseau morreu a 02 de Julho de 1778, vítima de insolação durante um passeio da tarde.

Jean-Jacques Rosseau, colocou pela primeira vez as questões de infância de Educação, defendeu na sua obra que “o mundo das crianças era diferente do mundo dos adultos e por isso os conteúdos da Educação da criança tinham que ser diferente aos dos adultos”. Afirma ainda que “ a criança não devia ser forcada a entender fenómenos que não entende”.

Ele, considerou a Educação como sendo “um processo natural e não artificial; sendo natural havia toda necessidade de se ter em conta o desenvolvimento do individuo desde a nascença ate toda sua vida ou processo continuo para toda a vida”. Defendeu a simplificação do processo educativo, a educação devia ser simples privilegiando a demonstração dos objectos.

Nascemos fracos, precisamos de forca; nascemos desprovidos de tudo, temos necessidade de assistência; nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo o que não temos ao nascer, e de que precisamos adultos, é-nos dado pela educação. (ROUSSEAU, 1995:10)

Rosseau deu importância a criança, dizendo que “não podemos considerar a criança como um pequeno adulto em miniatura”.

Devido a sua inclinação em psicologia, foi o primeiro a introduzir o princípio de idades na aprendizagem.

2.1.O contrato social e o indivíduo na sociedade

Um dos pontos centrais do pensamento de Rousseau refere-se ao estabelecimento de uma vontade geral que deveria respeitar a autonomia dos indivíduos sem, contudo, esquecer as condições humanas originais dos homens. Destarte, “o homem, voltado para a sua própria conservação, é capaz de considerar a espécie em geral, impondo-se deveres que o levam a sair de si mesmo, uma vez que não percebe directamente sua ligação com a espécie” (ROUSSEAU, 1999c).

Os deveres são originários da própria conservação e, no momento oportuno, manifestam-se nas acções exteriores a si mesmo. O homem passa ser uma fracção do todo, idéia já defendida em Emílio. O problema, que, eventualmente, problematiza as relações sociais e, mais especificamente, os fatos relacionados ao cumprimento do contrato social, é que o processo de socialização apresenta-se mal direccionado. São pouco valorizados aqueles que, de todas as formas, lutam pela manutenção de uma sociedade baseada na igualdade de oportunidades e liberdades. Um dos passos fundamentais dos homens é garantir participação política para seus cidadãos. O primeiro ato para isso é criar a luta contra as diferenças, porque “a sociedade política deve nascer como uma negação das desigualdades, responsável pelos problemas da vida social” (VIEIRA, 1997, p. 95). Assim, no Contrato Social, o que é vislumbrado não é um retorno à natureza originária, mas a construção de um modelo social, cujos instintos e impulsos passionais, assim como a pura razão contraposta aos sentimentos, não ditam a ordem existente. Ascende uma consciência global no homem aberto para a comunidade, que passa a ter a individualidade preservada a partir do momento em que a vontade geral se consolida. É a lógica da realização do indivíduo na realização dos projectos colectivos.

2.2.Contribuição de Rousseau a filosofia de educação

Por meio do pensamento de Rousseau, é possível apresentar algumas categorias analíticas, decorrentes das reflexões feitas de algumas passagens de suas obras, que, de forma alguma, pretendem ser definitivas ou apresentadas como verdades absolutas. São categorias apresentadas como princípios, que procuram sistematizar algumas reflexões possíveis de serem feitas nos horizontes da educação. Todas estão fundadas no questionamento de concepções políticas, baseadas na consolidação moral vigente, que norteiam a construção de uma educação voltada para a emancipação e para a igualdade social, tais categorias:

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- Princípio da vontade geral ou da democracia é a participação efectiva dos indivíduos no projecto social maior. Os interesses colectivos prevalecem e são assegurados de forma a garantir a ordem social, incorporando e realizando os projectos individuais por meio do seu projecto e promovendo a transição da centralidade dos interesses individuais e particulares para o do colectivo.

- Princípio da individualidade: é o respeito à identificação individual e das diferenças dos seres humanos como únicos, intimamente ligado ao processo de identificação pela piedade natural. Pelo seu exercício, efectiva-se a passagem do amor de si para o amor-próprio. A consolidação da identidade colectiva não pormenoriza, minimiza o instinto e os sentimentos necessários para a preservação da condição humana.

- Princípio da crítica à razão vigente: são os questionamentos necessários e constantes que visam evitar forma única de conceber a realidade. É o fim dos dogmas e da aceitação, da passividade dos indivíduos frente às imposições morais e racionalizadas do mundo. É o não conformismo das instâncias de poder instauradas, que engessam as relações de poder.

- Princípio da igualdade e da supressão da opressão: É a recusa à origem das desigualdades sociais; o questionamento do domínio de poucos sobre a vontade geral; a recusa por qualquer forma de violência; a constante construção da participação social na divisão dos ganhos materiais

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