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A Superação da Metafisica pela Analise da Logica da Linguagem

Por:   •  25/12/2018  •  1.776 Palavras (8 Páginas)  •  475 Visualizações

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4. O significado de uma sentença

Consideramos aqui apenas aqueles pseudoenunciados que contem uma palavra sem significado. Mas existe uma segunda espécie de enunciados. Estes consistem de palavras com significados, mas as palavras são ordenadas de tal madeira a gerar um resultado não significativo. Abaixo exemplos de seguintes sequenciam de palavras

1. “César é e”

2. “César é um numero primo”

A sequência de palavras (1) é formado ferindo-se a sintaxe, as regras da sintaxe requerem que a terceira posição seja ocupada não por uma conjunção, mas por um predicado, um substantivo (acompanhado de um artigo) ou então por um adjetivo. A sequência de palavras “César é um general”, por exemplo, é formada de acordo om as regras da sintaxe. É uma sequencia de palavra significativa, uma sentença genuína. A sequência de palavras (2) também é sintaticamente correto, pois ela tem a mesma forma gramatical da sentença mencionada acima não obstante, (2) carece de significado. “Número primo” é um predicado de números, nunca pode ser afirmado ou negado a uma pessoa. Já que (2) se comporta como enunciado, mesmo não o sendo, ou seja, não podendo asseverar algo, não expressando uma proposição verdadeira nem falsa, chamamos essa sequência de palavras de um “pseudoenunciado”. O fato de as regras de sintaxe gramatical não serem violadas facilmente pode, num primeiro momento, levar alguém a opinião errônea de que, de fato, trata-se de um enunciado, mesmo falso. Todavia, “ a é um numero primo” é falso se, e somente se, a é divisível por um numero natural diferente de a e de 1.; evidentemente, é ilícito dizermos que a é “César”. Nesse exemplo a falta de exemplo pode ser detectada. Muitos dos enunciados da metafisica não são facilmente detectados como pseudoenunciados.

5. Pseudoenunciados metafísicos

Para mostrar que a possibilidade de formar pseudoenunciados tem como base um defeito logico da linguagem, estabeleceremos o esquema abaixo. As sentenças sob a coluna i São gramatica e logicamente impecáveis, portanto, significativas. As sentenças sob coluna II, são, do ponto de vista gramatical, perfeitamente análogas aquelas sob I. As sentenças da forma IIA, de fato, não satisfazem os requisitos impostos por um à linguagem logicamente correto. Não obstante, ela é significativa, pois é traduzível em uma linguagem correta. Isso é mostrado por sentenças da forma IIIA, que tem o mesmo significado das sentenças de IIA. Sentenças da forma IIA mostram-se então indesejáveis, já que podemos transforma-las, por meio de operações gramaticais livres de feitor e erros, em sentenças significativas da forma IIB que formam retiradas da citação acima. Essas formas não podem ser construídas na linguagem correta da coluna III. Sua falta de sentido, porém não é obvia, a principio pois alguém facilmente é convencido por meio de sentenças significativas. A falha de nossa linguagem aqui identificada esta, portanto, na circunstancia de que, em contraste com uma linguagem logicamente correta, são admitidas pela mesma forma gramatical sequencias de palavras significativas e não significativas.

I.

Sentenças significativas da linguagem comum

II.

Transição de palavras com sentido para palavras sem sentido na linguagem com

III.

Linguagem logicamente correta

A. O que há lá fora ?

F (?)

Há chuva lá fora.

F (c)

A. O que há lá fora?

F (?)

O Nada esta lá fora.

F (n)

A. Não existe nada (não existe algo) que esta lá fora.

£x(F(x))

B. O que dizer sobre essa chuva? (Isto é, o que faz chover? Ou: o que mais pode se dizer sobre essa chuva?)

? (c)

B. “O que dizer do Nada?”

? (n)

B. Nenhuma dessas formas podem ser constituídas.

1. Conhecemos a chuva.

Co (c)

1. “Procuramos o Nada”

“Descobrimos o Nada”

“Conhecemos o Nada.”

Co (n)

2. A chuva chuvifica.

Ch (c)

Essa sentença esta errada, ou seja, contraditória, mesmo que ela não tivesse significado.

6. A falta de significado de toda a metafisica

Os exemplos de enunciados metafísicos que temos analisado foram todos retirados de um único tratado. Mas os nossos resultados se aplicam com igual validade, ate mesmo de maneira verbalmente idêntica, a outros sistemas metafísicos. Esse tratado aparentemente cita com prioridade um enunciado de Hegel (“o puro Ser e o puro Nada são, portanto, um e o mesmo”). A metafisica de Hegel tem exatamente o mesmo caráter logico que esse moderno sistema de metafisica ( o sistema de Heiddegger). E o mesmo pode ser dito do resto dos sistemas metafísicos, embora a espécie de fraseologia, e com isso a espécie de erros lógicos que ocorrem neles, desviem ligeiramente da espécie que ocorre nos exemplos que discutimos.

Talvez a maioria dos erros lógicos que são cometidos quando pseudoenunciados são feitos esteja baseada nas deficiências logicas que contaminam o uso do verbo “ser” em nossa linguagem. A primeira falha esta na ambiguidade do verbo “ser”. Às vezes ele é usado como copula prefixa a um predicado (“estou faminto”), às vezes para designar existência (“eu sou”). Esse erro é agravado pelo fato de os metafísicos quase sempre não estarem atentos a essa ambiguidade.

7. A metafisica como expressão de uma atitude perante a vida

Os

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