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O Mágico Mundo da Disney

Por:   •  22/10/2017  •  6.265 Palavras (26 Páginas)  •  488 Visualizações

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Após se mudar para a casa de seu tio Herbert, passava os dias tentando a sorte em alguns estúdios de cinema. Suas oportunidades para obter o emprego diminuíam ao perguntarem sobre experiências anteriores.

Sem dinheiro e sem trabalho, Walt Disney não poderia continuar morando na casa de seu tio. E apesar de sua escolha inicial, ficou eufórico quando Margaret Winkler, uma distribuidora de Nova York, entrou em contato pedindo-lhe doze filmes da sua série Alice. E estava disposta a pagar US$1,5 mil por película.

Com sua empolgação característica, Walt Disney foi visitar seu irmão Roy – que foi transferido para um hospital em Los Angeles – contar a novidade e convencê-lo a se juntar a ele em uma nova empreitada. Com US$500 emprestados de seu tio e mais US$250 do irmão compraram o necessário para a produção de seis filmes. A pequena atriz Virginia Davis, que já havia participado das primeiras filmagens, foi chamada para interpretar novamente a personagem Alice. Assim que finalizaram os filmes, a Disney Brothers Productions (como havia sido batizada a nova firma) conseguiu novos contratos. Com novas expectativas Walt Disney chamou seu velho amigo Ubbe para se juntar a empresa.

Apesar dos filmes da série Alice receber elogios, Walt Disney sempre se preocupava em alcançar a perfeição. Neste período, Margaret Winkler se casou com Charles B. Mintz, que assumiu a direção de seus negócios. Mintz não estava preocupado com qualidade, queria apenas que os desenhos fossem entregues no prazo. Por experimentar novas técnicas nunca entregava no prazo certo.

No total foram produzidos 57 filmes da série, depois do décimo sexto não deram mais lucro. Outros amigos e um organista do Kansas City se juntaram para ajudar financeiramente os irmãos, porém a situação continuava péssima.

Em 1925, conheceu sua futura esposa Lillian Bounds, uma funcionária responsável de colorir os desenhos. E então se hospedou na casa dos pais dela, em Idaho.

1.4 – O coelho Oswald

Em 1926, a Universal Pictures – um dos maiores estúdios de Hollywood – procurava por uma série, no qual o protagonista fosse um coelho. Walt Disney e Ubbe Iwerks criaram um coelho de personalidade forte, e deram o nome de Oswald. Os críticos e a Universal Pictures adoraram o personagem. E pela primeira vez fora pago no prazo combinado.

O novo personagem tornou-se um grande sucesso. Com isso, os irmãos Disney produziam dois ou três desenhos por mês. A Universal ofereceu um contrato de associação, que se fosse negado eles receberiam os direitos da personagem e continuariam com as animações por conta própria.

Walt Disney recusa proposta e sai prejudicado, perdendo todo o seu dinheiro e seus personagens.

2 – Onde tudo começou

[pic 1]

Fonte:retirou a foto da onde? Walt Disney com pelúcias do Mickey Mouse.

“E pensar que tudo começou com um rato”

(DISNEY, 1928)

A caminho de sua casa com seus sentimentos abalados Walt Disney relembra os momentos em que os seus únicos amigos eram ratos, imediatamente ele começa a desenhar um rato com formas humanas. Ao terminar, e apresentou-o à sua esposa o rato Mortimer, Lilly não gostou do nome e sugeriu que o chamasse de Mickey. Animado com a nova criação, manda um telegrama para seu irmão: “Não temos mais o coelho Oswald, mas eu trouxe o Mickey Mouse”.

A nova criação foi apresentada a Roy, fazendo-o se recuperar do choque por ter perdido Oswald. Por sua vez, Walt Disney e Ubbe trabalhavam horas tentando arranjar uma personalidade ao rato. O irmão mais velho achava que o camundongo deveria refletir o temperamento de seu criador, ou seja, Mickey seria ingênuo, puro, honesto, travesso e sagaz.

Havia um único problema, teriam que começar do zero. Os amigos tiveram de executar sozinhos grande parte do trabalho.

No ano de 1930, a personagem conquistou popularidade no mundo todo, sendo conhecido internacionalmente, evoluindo nas técnicas trazidas ao camundongo, como exemplo, em 1935, Mickey apareceu na animação O concerto da banda, pela primeira vez colorido. Desde todo esse sucesso atribuído, se tornou o ícone do século XX, até mesmo o museu de Nova York concordou ser o maior camundongo de figura artística dos EUA.

Logo, na série Sinfonia ingênua, no filme The Wise Little Hen, surgiu o encrenqueiro Pato Donald. Como os patos vivem na água, Walt Disney achou apropriado vesti-lo com uma roupa de marinheiro. Virou revista em quadrinhos em 1938, alcançando fama mundial. Logo, foram criados outras personagens: sua namorada, Margarida; o Tio Patinhas; e seus três sobrinhos, Huguinho, Zezinho e Luisinho.

2.1 – O som

Roy ficou incomodado com a disposição do irmão, pois vivia dizendo que ninguém poderia conhecer o Mickey sem som.

Os distribuidores de Nova York não sabiam o que pensar em relação ao cinema sonoro. Não queriam arriscar em algo desconhecido.

Como Walt Disney não inventou a animação, ele também não inventou a sonorização. De modo precário, criou um sistema com ajuda de Roy, Ubbe e mais dois colaboradores. Um rapaz que tocava guitarra, e a mãe era professora de piano. Com vários materiais “exóticos” – panelas, chocalhos, apitos, entre outros – eles mesmos iam produzindo os sons necessários no longa-metragem.

Após mostrarem o projeto para suas esposas na garagem, os irmãos Disney acreditaram no potencial de seu trabalho. Logo, Walt viajou para Nova York com as películas e suas partituras para que alguém fizesse a sonorização.

Após muito tempo de trabalho, foi concluído o desenho Mickey, o navegador. Já contava com a participação de Minnie Mouse. Estreou no dia 28 de novembro de 1928.

Esta produção mudou o modo de ver o cinema de animação. A música e os efeitos sonoros se uniram e se transformaram em algo nunca visto antes.

2.2 – Cores

Os desenhos iam ficando melhores, e a fama de Mickey crescia cada vez mais, porém, o dinheiro continuava sendo um problema.

Após ganhar a batalha do som, Walt Disney queria vencer a da cor. Era algo que o intrigava. Árvores e flores tinham cores e rosto, era como o desenhista

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