O Livro reportagem e sua forma ao expressar emoção
Por: SonSolimar • 13/11/2018 • 2.041 Palavras (9 Páginas) • 322 Visualizações
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começa simplesmente da vontade de uma jornalista querer abordar de forma mais concreta, as cenas das matérias que lhe foram colocadas em sua responsabilidade.
Agregar características da literatura sobre os fatos reais é observar que poderia ser uma nova prática para o texto jornalístico. A intensão era que a pessoa pudesse adentrar nos pensamentos e então extrair toda a experiência para a imprensa. Com uma mistura depois de ficção com o real.
Isso acontecia e acontece muito. Baseado em fatos reais, são formas de alertar a pessoa sobre o que ela está prestes a ler. Mas os livros-reportagens não são bem assim. São cheio de fatos reais, de experiências vividas e de fases incríveis descritas pelo profissional. Ele que em muitas vezes está presente nas tragédias. Nos acontecimentos sujos que encontramos na nossa sociedade moderna.
O Novo jornalismo é apresentar todas as informações capturadas pelo jornalista. Descrever todos os pontos, todas as informações necessárias. Ele descreve situações, cenas, personagens e suas roupas. Cada expressão facial de um criminoso ou de uma vítima. Consegue interpretar cada movimento observado. Muitas vezes pode ser confundido como ficção pela sua riqueza de detalhes. Uma invenção de quem escreve.
Inventar citações, personagens e criar cenas não é jornalismo, é literatura! Literatura com ficção e com grandes emoções. Mas o novo jornalismo estava voltado para um gênero literário e não jornalístico. Seu maior defeito foi crer que poderia trazer essa forma de escrever poética e cheio de informações detalhadas para o jornalismo e querer que seus praticantes não se limitarem apenas à adoção de alguns recursos estéticos.
O movimento começou a perder importância por causa da força alcançada pelo jornalismo investigativo, especialmente após o Caso de Watergate e sucessivamente pelo jornalista Janet Cook, que perdeu seu prêmio Pulitzer ao descobrir que sua personagem na reportagem, usada com o estilo new jornalismo, foi forja. Isso acabou criando muita desconfiança desse estilo diferenciado.
Já não se saberia se o jornalismo apresentado nessas reportagens não se tratava de invenção ou relatos de um acontecimento.
O livro-reportagem como forma de escape
O jornalismo literário veio para furar toda a parede que construiu em ser objetivo e imparcial as notícias ali relatadas. O leitor poder ser informado de forma mais agradável e de levar os fatos noticiados, enquanto o jornalista pode escrever fora de seus padrões estabelecidos pelo lead e continuar atendendo a demanda das informações reais da sociedade.
O livro reportagem é uma viagem que começa a partir do momento em que o texto jornalístico evolui da notícia para a reportagem e vai buscar inspirações na arte literária e consegue atingir o real, que esteve presente na observação e na experiência do jornalista que vive e que descreve.
Para que o novo jornalismo continuasse presente, os livros-reportagens vieram e ganharam grandes títulos e sucessivamente prêmios pela forma que fora abordada os acontecimentos ali trabalhados de forma cuidadosa, para passar cada experiência passada.
O grande peso dos livros reportagens e a forma como o novo jornalismo fizeram fusão é a da observação, de uma intimidade com as palavras e sentimentos vividos. A apuração dos fatos a soberba em acreditar no que relatam os entrevistados que viram logo personagens da história.
A relação entre os dois veio a calhar quando o novo jornalismo se perdeu entre muitos jornalistas e escritores conservadores que se recusavam a trabalhar com tal estilo empregado aos seus jornais e veículos.
Uma forma de tornar sofisticada a narrativa jornalística que logo foi assentada pelas características do jornalismo interpretativo, como uma evolução nos aspectos da contextualização, compreensão das causas e efeitos de um acontecimento e a humanização nos relatos.
Chega até a haver uma dedicação voltando todo um refinamento da narrativa que veio no primeiro momento em publicações periódicas e migrando para os livros reportagens.
A ficção e a não ficção focam a critério do jornalista que ao escolher escrever uma reportagem já espera que seja um assunto sobre o qual ele viveu e está focado em toda a sua experiência.
Livro reportagem como forma de expressão e acúmulo de experiências
Quando um livro reportagem vai ser executado precisa-se de muito estudo, entrevistas e apuração das informações que não são evidentes. O jornalismo busca procurar a verdade a todo o custo, sua objetividade e credibilidade são seu maior bem e para que ele seja conservado o jornalista busca sempre as melhores fontes de informações.
As melhores palavras para serem escritas e cuidadosamente passar a informação ao leitor. O livro reportagem tem como objetivo ir muito mais além da apuração. Traz emoção ao leitor, vem com toda a história detalhada, com emoção, experiência e acima de tudo, muita convicção sobre as informações que são absorvidas.
Entre entrevistas e observações o jornalista consegue transformar uma simples vista ao seu personagem grande páginas de ricos detalhes, dês da roupa que o entrevistado veste a suas reações a perguntas mais intimas.
Uma reportagem quase perfeita quando o jornalista consegue em si, transferir toda a essência da sua entrevista. Imagina-se então toda a essência do acontecimento, todas as sensações e a presença dos fatos ali registrados de forma única e com a precisão de um incrível foco entre tudo o que se é verdade.
Expressão sobre tudo o que se pode absorver de informação. Um jornalista que participa de rebeliões, manifestações e guerras. Tem muito o que dizer, o que relatar em detalhes. Vemos esses temas sendo maioria em livros publicados e que fizeram sucesso inacreditável. Gerando futuramente os mais cobiçados prêmios da profissão o “Prêmio Pulitzer”.
Ganhar reconhecimento através de experiências vividas e de relatos reais é mais que gratificante para uma pessoa humanizada, que busca sentimento e essência em suas palavras transferidas para um livro. Que completas com cenas e reações tornam viva em cada leitor a memória da pessoa.
O jornalista tem como dever passar para todos, todas as informações, no livro. Não são apenas informações, dados de quantas pessoas morreram, quantas fizeram parte de uma rebelião. Mas são a emoção de cada pessoa escolhida para morrer entre muitos, entre as verdades ditas a
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