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O INSTRUCIONALISMO E O CONSTRUCIONISMO SEGUNDO SUA APLICABILIDADE NO MEIO EDUCACIONAL

Por:   •  5/12/2018  •  1.234 Palavras (5 Páginas)  •  284 Visualizações

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No ambiente escolar, o instrucionismo e sua dinâmica de reprodução são observados em praticamente todas as disciplinas. Entretanto, podemos inferir que algumas se adaptam melhor a esse método do que outras. Considerando esta referida reprodução, as aulas de educação física abraçam bem o instrucionismo visando treinamento com repetições por exemplo. Outro exemplo poderia ser aulas práticas de artes, uma vez que os alunos reproduzem partindo de uma inspiração específica ou uma instrução propriamente dita. Este exemplo da aula de artes condiz com o que Papert (2008) alega sobre o instrucionismo que algumas vezes veste uma roupagem construcionista quando dá ilusão ao aluno que ele é o único autor de sua obra, que ele a cria sozinho.

O construcionismo que Papert (2008) argumenta a favor é bem diferente, mas assim como o instrucionismo, existem ambientes que se adéquam melhor a seus métodos de ensino. A principal característica que difere o construcionismo do instrucionismo é que neste primeiro existe uma vasta possibilidade de criação em suas ferramentas educacionais. Mesmo que dentro de um ponto de partida, o construcionismo abandona extremos exaltando a capacidade criativa de cada aluno em particular. Ou seja, essa vertente acaba trazendo para o ambiente educacional a veia ativa dos alunos, fazendo com que este se depare com situações de conflito, de resolução de problemas e de descobertas em geral. (RÁDIO LICIE, 2014).

Por esse motivo, Papert (2008) acredita que o construcionismo desperta mais o interesse dos alunos do que o instrucionismo. Nossa segunda charge aponta para o fato de que em uma perspectiva contrária ao construcionismo, os alunos podem se enxergar presos a uma tipologia de ensino E, mesmo que algumas críticas apontem que o construcionismo diminui o papel do docente, a charge pode inferir que no instrucionismo os docentes, assim como os alunos, estão ligados a uma linearidade predeterminada.

2 – As dificuldades de um aluno perante um conteúdo “maçante”

[pic 2]

Fonte: Google Imagens, 2017.

Mesmo que essa vertente soe bem interessante, nem todas as instituições de ensino são capazes de adotá-la de maneira integral. As dinâmicas do construcionismo muitas vezes exigem um custo financeiro e principalmente tempo, o que faz com que ele seja bem menos presente que o instrucionismo. Entretanto, observa-se que muito é feita uma mescla entre os dois modos de ensino, ainda que o instrucionismo seja bem mais visível (RÁDIO LICIE). Dentro das circunstâncias e condições para que sejam aplicados métodos construcionistas de ensino, muitos professores, de escolas públicas em especial, recorrem a eventos como feiras de ciências, feiras culturais onde alunos participam desde a criação de projetos e até mesmo na própria montagem destas feiras. Ademais, em um nível um pouco mais acima, podemos citar olimpíadas e congressos que exigem alto teor criativo dos alunos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como podemos observar ambas as correntes são úteis e aplicáveis nas múltiplas dimensões do ensino, mesmo que em determinadas situações uma seja mais adequada do que a outra e vice versa. Além disso, a fim de uma maior dinamização das técnicas de educação é possível que as duas se misturem dentro dos objetivos visados e dentro das condições das instituições de ensino e dos próprios docentes e alunos.

REFERÊNCIAS

CYSNEIROS, P. G. Análise de Papert. Revista FACED, p. 226-231, jul., 2008.

PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Editora Artes Médicas, 1994.

RÁDIO LICIE. Instrucionismo x Construcionismo (COMPLETO). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qbVhRl2Teh8. Acesso em 05 nov. 2017.

TORRES R. M. Pedagogía escolar: El cultivado hábito de no entender. Disponível em: http://otra-educacion.blogspot.com.br/2012/04/pedagogia-escolar-el-cultivado-habito.html. Acesso em 05 nov. 2017.

VASCONCELOS, P. R. Processos colaborativos e interacionais de construção do conhecimento em ambientes virtuais de aprendizagem. Disponível em: http://www.ppfh.com.br/wp-content/uploads/2014/01/D_processoscolaborativos.pdf. Acesso em 05 nov. 2017.

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