O Grande Gatsby - Análise Sonora

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Isso se deve tanto ao que se vê na tela (as imagens são espetaculares) quanto ao que se ouve. Há quase sempre uma música tocando ao fundo, sendo às vezes instrumental de época e às vezes não, ajudando na missão (bem sucedida) de levar o público a um sonho, um “universo encantado”. Essas músicas calmas que estão quase sempre presentes vão várias vezes de encontro a uma música mais agitada - como o rap -, principalmente nas cenas de festas, e isso deixa o espectador num constante estado de excitação pois não dá tempo de se acostumar nem com a calma e nem com o frenesi das músicas - isso acontece essencialmente na primeira metade do filme. Essas mudanças de músicas - ou ainda a mudança constante de seus volumes durante as festas - conseguem manter o espectador em movimento, acalmando-o para depois animá-lo novamente.

Os outros sons do filme, como o tocar do telefone, os motores dos carros, murmúrios, passos e portas, são exagerados e não parecem obedecer à acústica dos ambientes nos quais as cenas ocorrem, mas isso está longe de ser incômodo ou até muito perceptível, já que a mesma característica é verificada em muitos outros filmes populares.

Por fim e como conclusão, posso dizer que tudo em O Grande Gatsby foi trabalhado para que esse fosse um filme grandioso. A imagem e o som se conectam lindamente e o espectador não tem outra alternativa se não se deixar envolver pelo que está assistindo. A ideia de inovar na trilha sonora foi demais e combinou muito com toda a técnica utilizada na manipulação da imagem. As canções presentes no filme conseguem com muito êxito acompanhar e intensificar as emoções trazidas pelo filme a quem assiste, e disso se faz um filme completo.