Como Integrar à comunicação aos saberes

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a escola sede regional pelo Fórum responsável e a Prefeitura Municipal. Assim, em 2014 foi criado a AEFASUL (Associação Escola Família da Região Sul) que é civil de pessoa jurídica, sem fins lucrativos, que tem apoio do Fórum de Agricultura do Estado/RS, além de parceiros como a EMATER, EMBRAPA, UFPel, IF Sul-Riograndense, Furg, Fetag, Prefeituras de Canguçu e Pelotas e Fetraf. E estes órgãos com certificação do IF Sul-Riograndense vai disponibilizar ensino médio integrado com o curso profissionalizante de agroecologia, com duração de quatro anos incluindo estágio. O método pedagógico da escola esta dividido nos chamados quatro pilares principais: Associação local, que consiste nos agentes mantenedores pelos aspectos administrativos, econômicos e jurídicos, fazendo com que haja autonomia e se busquem os parceiros à entidade, bem como orientar na realização do político-pedagógico da escola. Pedagogia da alternância, é uma metodologia pedagógica que permite aos estudantes ter formação no ambiente escolar como em sua propriedade, integrando família e escola nesse processo prático de formação. Formação integral, que permite perceber que o ser humano é um ser único, mas que possui diversas capacidades, fazendo com que os jovens tenham uma formação geral e a técnico-profissional despertando as aptidões ao longo do curso. Desenvolvimento do Meio tem como objetivo principal o fortalecimento da agricultura familiar, bem como a sustentabilidade e a inserção dos jovens as praticas rurais. Com esses quatro pilares, a EFA quer transformar

os alunos em agentes de transformação de sua realidade, e fazer com que eles compreendam a importância da atividade rural. É nesse sentido que o projeto de extensão da rádio educativa vem se inserir, de modo que reforce o pensamento e ideologia da escola e que some atividades centradas na comunicação de um para todos e de todos para todos, agregando alunos, educadores e família, todos como agentes comunicadores, que tenham autonomia de transmitir e receber informação de interesse comum. Em 1999 o Ministro da Educação Paulo Renato Souza juntamente a Ministra das Comunicações Pimenta da Veiga autorização o serviço de radiodifusão sonora, imagens e sons educativos que possibilitassem: Art. 1º Por programas educativo-culturais entendem-se aqueles que, além de atuarem conjuntamente com os sistemas de ensino de qualquer nível ou modalidade, visem à educação básica e superior, à educação permanente e formação para o trabalho, além de abranger as atividades de divulgação educacional, cultural, pedagógica e de orientação profissional, sempre de acordo com os objetivos nacionais. (ROLDÃO, 2006 p. 4). Outro fator de caráter da rádio educativa é que não possui apelo comercial, religioso ou político, é autônoma e se propõe a transmissão de informações que desenvolvam o conhecimento e o entretenimento, e como mostra as pesquisas desenvolvidas por Zuculoto (2008) as rádios não-comerciais sejam de caráter cultural, estatal, educacional ou universitário são inúmeras em todo o Brasil somando um montante de quatro centenas espalhados entre todo o país. Então, percebemos que são muitas as rádios com caráter educativo no Brasil com o objetivo principal pelo resgate da cidadania e não esquecendo no que desrespeito aos fatores culturais, que deve ter um orientador e o estudo para sua promoção com saber e que envolva novos conhecimentos. Assim, PERUZZO (2011, p. 940) diz que: “Uma rádio escolar, ao ser assumida pelas instituições de ensino, tende a ser acompanhada por professores que incentivam e coordenam as atividades.” Também, consta sobre a importância do auxilio em relação ao plano pedagógico, que deve ajudar nas inter-relação dos conteúdos e métodos didáticos, comparando com as atividades reais. Portanto, a rádio educativa na EFASUL Canguçu/RS será executada internamente com o auxilio de computadores, microfones e transmitida com altofalantes nos postes, a chamada “rádio poste” um método barato e interessante de se ter acesso aos programas executados pelos próprios alunos. É no que corresponde ao fazer rádio em comunidade, em um processo que envolve várias pessoas dentro do processo escolar que PERUZZO (2011) reforça: Os protagonistas do rádio educativo, principalmente na modalidade escolar e comunitária, poderiam, com base nos princípios da cibercultur@, desenvolver processos cada vez mais coletivizados e duradouros por meio de comunidades emergentes de conhecimento- por escolha e não de forma contingencial– interconectadas e capazes de, progressivamente, interferir na feitura de uma nova sociedade. (2011, p. 952) Entendemos, que a proposta parte dos promovedores que poderão dar as ideias, mas é complementada pelos estudantes que trarão assuntos envolvendo sua realidade pratica e a escola que participará desse processo. O objetivo final do projeto de extensão é fazer com que para além do ambiente interno o trabalho radiofônico seja reconhecido e partes dos programas possam ser veiculadas por rádios atuantes na cidade que tenham o alcance do meio rural, principalmente as famílias dos jovens agricultores.

4. CONCLUSÕES

Com a inserção da EFASUL na cidade de Canguçu/RS provendo o curso voltado a agroecologia e reforço das atividades de agricultura familiar, bem como a valorização do jovem no meio rural, os alunos residentes no município estudantes de Jornalismo da UFPel estão desenvolvendo um projeto de extensão com a implantação de uma rádio com fins educativos, sem visar lucros no sistema interno da escola, para debater assuntos de interesses dos mesmos, seja sobre movimentos sociais, atividades praticas, promovendo a cidadania, a comunicação e a desenvoltura dos mesmos, através de oficinas de texto, oralidade, pesquisa e gravação, sabendo o passo a passo do rádio para que os mesmos possam realiza os programas, que será transmitido dentro da escola pelos postes com altofalantes, contando com a participação de todos os envolvidos nos processos escolares, que serão desenvolvidos de 15 em 15 dias, conforme a estadia dos alunos na escola. A escola conta com a pedagogia da alternância o que permite aos estudantes que permaneçam uma semana no ambiente escolar podendo refletir e aprofundar seus conhecimentos, e outra semana têm atividades práticas em sua propriedade rural como modo de pesquisar, observar, experimentar e transformar, tendo a troca de experiências com sua família e a comunidade. Nesse sentido, terão oportunidade de falar sobre os trabalhos desenvolvidos