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Uma Analise da familia Contemporanea

Por:   •  11/11/2017  •  2.040 Palavras (9 Páginas)  •  262 Visualizações

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2.2 OS NOVOS ARRANJOS FAMILIARES

Os tipos de família que encontramos ao redor do mundo são bastante variados. Algumas delas são poligâmicas, outras poliândricas. No entanto, o tipo mais comum de arranjo familiar é a família composta de mãe, pai e filhos. Seguem-se abaixo oito configurações de família:

Famílias nucleares- O termo “conjugal” faz referência ao vínculo matrimonial e “nuclear” significa que a família não inclui outros parentes. A família nuclear é composta de homem,mulher e seus filhos..

Famílias reconstituídas ou famílias-mosaico- compostas por casais que trazem filhos do primeiro casamento. A partir dessas uniões vemos a existência dos seguintes papéis sociais: madrastas, padrastos, enteados...

União Consensual- Casais que preferem morar juntos, sem formalizar sua união. São principalmente pessoas divorciadas, separadas ou viúvas, que desta forma procuram evitar confrontos existentes nas famílias reconstituídas.

Casais sem filhos- São casais que priorizam sua vontade de satisfação pessoal, como por exemplo, seguir uma carreira profissional. Por preferência, optam por não ter filhos.

Famílias Unipessoais- São aquelas pessoas que optam por ter um espaço físico individual, onde não precisam necessariamente fazer trocas emocionais vindas de um convívio mais íntimo.

Famílias por Associação- São compostas por amigos que formam uma rede de parentesco baseado na amizade.

Casais homossexuais com união estável- casais do mesmo sexo que contraem uma união estável. Têm o direito também de adotarem crianças para completarem sua família.

Famílias Monoparentais- São famílias decorrentes de divórcio ou separações, onde um dos pais assume o cuidado dos filhos e o outro não cumpre com suas devidas responsabilidades. Há também casos onde um dos pais é viúvo ou solteiro.

É sobre esta última configuração de família que focalizaremos nossa atenção e nosso debate.

2.3 FAMÍLIAS MONOPARENTAIS E A MONOPARENTALIDADE FEMININA

O conceito de família monoparental refere-se a uma mãe ou um pai que vive sem cônjuge e com filhos dependentes. A família monoparental foi reconhecida como um tipo de família, pelo Direito brasileiro através da Constituição Federal em 1988. As famílias monoparentais de mães sozinhas com filhos são mais “vulneráveis” no plano econômico, no provimento de víveres e dos cuidados prestados aos filhos.

Cresce o número de famílias cujo principal provedor é a mulher. O censo demográfico brasileiro de 2010 constatou que o número de famílias sob responsabilidade exclusiva da mulher aumentou de 22,2% em 2000 para 37,3% em 2010. No mundo, uma em cada quatro famílias é chefiada por mulheres.

A mulher chefe de família exerce diversos papéis sociais, como: mãe, dona de casa e profissional. Essa mulher enfrenta uma jornada árdua de trabalho, tanto no seu emprego como em casa. É também um desafio muito grande para elas conciliar o trabalho com a participação na vida dos filhos. Essa dupla jornada de trabalho geralmente vem acompanhada com uma dupla carga de culpa por suas insuficiências, tanto no cuidado das crianças como em prover a família o necessário em sentido econômico. Visto que as mulheres ganham menos que os homens, as famílias monoparentais femininas estão intimamente associadas com a vulnerabilidade financeira.

Assim, tais mulheres provedoras e mães, muitas vezes, suplantam seus desejos e sua autorrealização para cuidar somente da família. Perdem a expectativa de reconstituir suas vidas, mutilando seus sonhos, tornando-se, no decorrer de suas vidas, o arrimo e o porto seguro dos familiares.

No nosso país, o aumento do percentual da monoparentalidade feminina ocorreu entre as famílias mais pobres. É um fenômeno associado à “feminização da pobreza”, ou o crescimento da pobreza entre as mulheres.

Essa condição de vulnerabilidade econômica se deve à condição de gênero, a responsabilidade pela esfera doméstica, pelo cuidado dos filhos sem uma rede de proteção social, sem acesso a um trabalho e salário dignos. Nessas condições, a mulher chefe de família se vê obrigada a depender de benefícios providos pelo governo, que são quantitativamente baixos, seletivos, focalizados e temporários.

Dessa forma, devemos olhar atentamente à realidade dessas mulheres chefes de família, que entre limites e possibilidades buscam superar a condição de vulnerabilidade social, tanto pelo próprio esforço quanto pela via de políticas sociais públicas, numa sociedade que estabelece direitos e deveres a todos.

2.4 COMO VENCER OS DESAFIOS DA MONAPARENTALIDADE

Já consideramos que é realmente um desafio o fenômeno da monoparentalidade feminina. Mas o que a mãe chefe de família pode fazer para ser bem-sucedida em cumprir essa difícil missão?Algumas dicas são:

Evitar conceitos negativos- Não ajuda nada achar que seus filhos são um caso perdido ou que seu lar está desfeito e não tem conserto. Pensar assim só resulta em desânimo e fica mais difícil você cumprir suas obrigações de mãe.

Administre bem seu dinheiro. Dinheiro é o maior problema para muitas mães que criam os filhos sozinhas. Mesmo assim, em alguns casos, saber administrá-lo bem pode amenizar o estresse. Para evitar a “calamidade” financeira, é essencial um bom planejamento. Faça um orçamento por escrito. Mantenha um registro de suas despesas por um mês e descubra para onde seu dinheiro está indo. Analise a fundo seus hábitos de consumo. Está fazendo muitas compras a crédito? Compra coisas para seus filhos a fim de compensar a falta do pai? Se seus filhos tiverem idade suficiente, converse com eles e pensem juntos sobre como economizar. Isso será um bom treinamento. E eles podem até ter boas ideias!

Tenha uma relação amigável com seu ex-marido. Caso divida a guarda de seus filhos, saiba que não é saudável falar mal de seu ex-marido para eles — ou usá-los como espiões para descobrir o que se passa na vida dele. É muito melhor cooperar com ele no que diz respeito a disciplinar os filhos ou qualquer outro assunto que afete o bem-estar deles.

Seja um bom exemplo. Pergunte-se: ‘Que valores e atitudes eu quero que meus filhos tenham? Será que reflito esses valores e essas atitudes em minha vida?’ Por exemplo, você costuma estar feliz, apesar de sua situação? Ou deixa que as circunstâncias a tornem pessimista,

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