A Temática do papel econômico do idoso na família contemporânea
Por: Carolina234 • 4/12/2018 • 7.554 Palavras (31 Páginas) • 346 Visualizações
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4.2 Contexto familiar dos sujeitos 40
4.2.1 As responsabilidades econômicas dos idosos na família 43
4.2.2 Percepções e sentimentos dos idosos 47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54
ANEXOS 58
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho propõe-se conhecer o novo papel do idoso diante das famílias contemporâneas, com o objetivo de refletir sobre as modificações pelas quais a família vem passando, no intuito de compreender quais as repercussões dessas mudanças no papel idoso para a família e a sociedade.
O interesse pelo tema surgiu a partir das demandas recebidas na instituição de saúde onde fiz estágio, através do relatório sócio- econômico utilizado pelo serviço social no ato do internamento percebeu-se que muitos idosos são provedores ou colaboradores na renda familiar. Então, surgiu à inquietação de estudar o tema para analisar quais são os fatores e sua relevância diante das mudanças ocorridas na sociedade para essas categorias: família e idoso.
Percebendo que a população está envelhecendo, e no Brasil os velhos são colocados de lado, devido a nossa cultura consumista. Na qual só os jovens produzem e o novo que importar. O idoso vem quebrando barreiras, e mostrando o quanto ainda pode produzir e contribuir para a sociedade.
Dada à complexidade das mudanças ocorridas para o idoso e a família, temos que propor medidas para a efetivação das políticas existentes no sentido de garantir a essas pessoas que um dia já foram jovens, uma qualidade de vida enquanto sujeito protegido por nossas leis.
No Brasil pensar em envelhecimento e velhice é algo recente datado do século XX, ou seja, é algo que ainda está em fase de afirmação. Em face desta situação existem problemas antigos e não solucionados tais como: a desigualdade social, o desemprego estrutural, a ausência de medidas que garantam que as políticas públicas sejam efetivadas.
No Estado da Bahia essas proporções quanto à expectativa de vida dos idosos não são diferentes do resto do mundo, onde no ano de 2008, a Bahia ocupava a 1º posição de número de idosos em relação aos outros Estados nordestinos, isso nos leva a observar que a população Baiana também se encontra dentro desse contexto do aumento da população dessa faixa etária, e o mais interessante em relação ao referido estado é que por mais que existam situações gritantes da desigualdade social, o idoso é considerado alguém de referência e de grande importância. (IPECE, 2012)
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Antes da Constituição de 1988, não existiam qualquer previsão legal que responsabilizassem o Estado, bem como toda sociedade de uma forma geral, no dever de assistir as pessoas idosas, onde anteriormente à promulgação da carta magna o idoso se tornava um peso economicamente para a família. Assim diante das alterações ocorridas na sociedade, além da criação de políticas para o surgimento da responsabilidade como forma de inserção do idoso na comunidade através da Constituição de 1988 e do Estatuto do idoso que afirmam: a família, a sociedade e o Estado são responsáveis pelos idosos quando necessário.
O idoso está independente economicamente, mas com fragilidades para ganhar espaço dentro da família, pois a mesma não está preparada para receber esses idosos dentro do contexto atual, em que o geronte tem autonomia e capacidade para decide como deseja viver e o do outro lado, a família muitas vezes tem que viver sobre os cuidados desse idoso devido à falta de emprego gerada pelo capitalismo.
Pesquisas recentes revelam que os idosos são apontados como apoio familiar de grande importância, não só pela renda, mas também por está contribuindo para organização familiar.
Essas mudanças também se dão pelo fato das condições de saúde ter melhorado, contribuindo para um prolongamento da vida social. Se antigamente ele era visto como peso social, hoje se convive com idosos ativos e participantes dentro e fora da família. Frente a essas transformações.
Diante desses fatos acima relacionados percebe-se uma nova configuração familiar onde o idoso está inserido, o estudo tem o intuito de conhecer esse novo papel, qual a sua função e importância e o fatores que levaram a essa nova configuração e saber qual o perfil desse idoso, seja ele aposentando, ativo ou beneficiário de algum programa de transferência de renda do governo.
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2 O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
O envelhecimento é um processo em que se encontra na vida de qualquer ser humano, presente desde quando há o nascimento chegando até finitude. Tal processo pode ser conceituado ou mesmo estudado sobre várias vertentes, tais como: biologia, sociologia, psicologia e entre outras.
Explica à psicóloga e gerontóloga Elza C. Abreu, esses conceitos são utilizados através da idade cronológica, biológica, social e psicológica.
A idade cronológica é aquela marcada da data do nascimento e a cada ano de vida é comemorado aniversário e nem sempre ela anda junto com as demais idades.
A idade biológica esta ligada às funções do corpo e ao ambiente. A idade social é aquela marcada pelas normas da sociedade que controlam os eventos sociais que se passam durante a vida, ou seja, a idade certa de ir à escola, de casa, ter filhos. Já a idade psicológica está ligada a biológica, como também a social, pois envolve as mudanças de comportamentos decorrentes de transformações do envelhecimento influenciadas pelas normas sociais. (Mascaro, 2004)
A visão que se tinha da pessoa idosa mudou rapidamente, pois há quarenta anos, completar sessenta anos, ou se aposentar, significava esperar a morte em casa, sem ter mais uma vida social como antes.
Aposentar-se e completar uma determinada idade estava associado a imagens negativas e estigmatizadas, como se o velho não tivesse valor. Havia pouca preocupação com essa faixa etária, pois o Brasil era um país de jovens. Porém a população brasileira foi envelhecendo. Como a população mundial
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