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Resumo "Política Como Vocação" de Max Weber

Por:   •  14/3/2018  •  1.256 Palavras (6 Páginas)  •  458 Visualizações

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do político profissional moderno.

A dinâmica que separa os funcionários do Estado e os meios de gestão estabelece uma luta por objetivos práticos e de cunho ideológico assim como intensifica a disputa pelo controle da distribuição do poder e, ou portanto, de empregos. Neste ponto, Weber coloca a corrupção enquanto tendência inerente. No entento, em paralelo ao surgimento do político profissional aparece um agrupamento com propensões opostas, legitimados pela competência e preparados para o ofício, sendo incentivados por uma espécie de honra corporativa e integridade - são estes os funcionários de carreira, em contrapartida com os funcionários políticos. O funcionário político deve administrar de forma não partidária, e deixar o fazer político, a luta e a paixão, para o chefe político.

Assinalando essa diferença, Weber dá bases históricas para o desenvolvimento destes funcionários políticos. Literatos, juristas, jornalistas são funcionários que também trabalham para o Estado, subordinados a estratégias delimitadas por seu dirigente. Com a virada democrática, houveram certas mudanças nesses funcionários, ao passo que de conselheiros do príncipe são agora substituídos por empregados especializados que se voltam à política de massas. Jornalistas e advogados têm uma relevância maior no arranjo do partido moderno conforme amparam e embasam o recorrente político demagogo.

Na análise do partido político moderno, o autor o interpreta como empresa de interesses, com seus políticos profissionais. O argumento seria que um dos alicerces dessa organização é a distinção entre uma camada de políticos ativos, militantes, conscritos dentre a massa eleitoral, esta que seria passiva. E é pelos poucos ativos em oposição aos muitos passivos que dá suporte para que partidos que se organizam em suas disputas como uma empresa.

Pois é entre os políticos profissionais que o sociólogo destaca o político carismático. Os líderes carismáticos conferem ao partido a devoção de seus eleitores não por uma ideia abstrata, mas pela lealdade a um homem por seus dons, esses que convencem e mobilizam uma maioria, sobrepondo as noções pragmáticas propostas pelo partido, fazendo existir desta forma os partidos sem princípios, nos quais o emprego, captção financeira e poder são o foco.

Então vem a pergunta: quais as características necessárias ao político? São postas três qualidades determinantes: paixão, sentimento de responsabilidade e senso de proporção. A paixão deve se ater à vontade de trabalhar por uma causa com consciência, frieza e responsabilidade e precisão da proporção. O político não deve tornar-se vaidoso para não colocar-se acima de sua causa, retirando, então, o sentimento de responsabilidade ou objetividade.

Por fim, Weber entra na questão ética, assinalando duas formas: a ética da convicção (das últimas finalidades) e a ética da responsabilidade. A primeira advém do fato que o indivídou toma atitudes baseando-se no fim, abstendo-se das responsabilidades de seus atos, tal qual proposta pela ética cristã, em que Deus seria a vontade e o responsável último; e a seguda, da responsabilidade, põe no agente a responsabilidade previsíveis aos seus atos. A primeira visa, portanto, atitudes coerente com seus fins, já a segunda calcula os meios para se chegar ais fins, abrindo conceções para evitar desastres e, caso esses aconteçam, se responsabilisando pelos resultados. E, como ele defende, um bom político, político por vocação, deve encontrar entre essas éticas, junto com um senso de justiça que não se desvai em mesquinhez, um modo heróico e sóbrio de fazer política.

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